Aprovado em 12° lugar para Contabilidade no concurso do TRT 15
Concursos Públicos“Como escrevi na entrevista anterior, é um processo que não é agradável. Estudar exige foco e persistência tal como Clóvis de Barros diz em suas palestras “Exige Empenho” […]”
Confira nossa entrevista com Junki Rodrigo Yogui, aprovado em 12° lugar no concurso do TRT 15 para o cargo de Analista Judiciário – Área: Administrativo – Especialidade: Contabilidade:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Junki Rodrigo Yogui: Olá, meu nome é Junki, tenho 26 anos, sou natural do Município de São Paulo, formado em contabilidade e atualmente cursando Direito, moro na região de Sorocaba-SP.
Já escrevi um pouco sobre a aprovação em 4 lugar no APDO – Ciências Contábeis da Prefeitura de São Paulo.
Concurseiro raiz, sempre estudando e à procura de algo melhor, acredito que consegui.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Junki: Necessidade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Junki: Trabalhando e cursando a faculdade de Direito à noite, sem muito tempo para estudar, restando apenas os finais de semana e intervalos diários do dia a dia.
Essa é a importância de estudar com qualidade, material atualizado e uma rotina eficaz e letal para uma preparação em alto nível. Confesso que não esperava a aprovação no TRT15, pois tive pouco tempo para estudar e estava em semana de provas. Havia acabado de fazer a prova para o TRF3.
Aproveitei o acúmulo de estudos e realizei umas 20 provas da banca FCC e procurei corrigir os erros, sobretudo dei uma baita atenção na parte escrita, pois sabia que faria a diferença, caso fosse para segunda fase.
2023 foi um ano em que me dediquei exclusivamente aos estudos, todo mês praticamente eu fazia um concurso público, abri mão da minha vida social.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação?
Junki: Os últimos de 2023 foram APDO 4 lugar, TRF3 6 lugar e agora o TRT15 12 lugar.
Pretendo continuar estudando para área de controle e finanças até o término da faculdade e após me dedicarei às carreiras jurídicas em especial procuradorias de contas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Junki: Zero praticamente. Poucos amigos aos sábados e domingos estudando. Já cheguei a fechar alguns editais e a prova vem em um nível absurdo em que exige do candidato o raciocínio crítico além da decoreba. Foi o caso do TRT15. Quem não está acostumado sofre um pouco (risos), como já sofri.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Junki: Sempre me apoiaram. Compreendem a minha escolha, mas sempre participaram de uma maneira saudável. Agradeço a Deus por conseguir estudar. Sei que muitos não possuem condições.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Junki: Eu estabeleci um eixo comum de estudos correlacionado ao que eu estava vendo na faculdade. Portanto, minha grade de estudos ficou jurídico-contábil. Nessa análise, verifiquei que as áreas de controle e de tribunais se amoldavam e eu teria chance. Mesmo sendo da minha especialidade, as perguntas jurídicas acabam sendo de um nível razoável.
Um abraço aos Professores e amigos, Cássio Prestes e Eduardo Francisco Dos Santos Júnior que sempre viram meus esforços e me orientavam a canalizar minhas energias no que realmente importava na minha preparação.
Durante a pandemia, cheguei a resolver muitas questões, acredito que entre provas, simulados e questões do PDF ou selecionadas, umas 15 mil questões objetivas e discursivas. Foi na pandemia onde pude me dedicar mais e uma vez bem estudado não se perde o conteúdo.
Já nos anos de 2022-2023 eu mais utilizei materiais de estudos escritos em vez de vídeos e forcei a escrita. No trabalho, cada evento contábil eu investigava quais lançamentos contábeis impactaria de todas as formas, pois sabia que me agregaria na prova escrita ou objetiva.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Junki: Eu adquiri as principais obras/literaturas tanto de contabilidade, tanto de direito e eu inclui como fase na minha preparação.
Tenho um amigo que sempre me dizia “Cara, o PDF do estratégia é suficiente”. Ele pegou 1 lugar para conselheiro substituto do TCE-PB. Ele não estava errado.
Verifiquei na minha área que muitos alunos também são alunos do estratégia e eu precisava de um pouco mais para obter melhores resultados, quando resolvi pegar as dicas dos professores como Possati, Rabelo e Silvio Sande além das aulas. Conheci em BH os feras.
São detalhes que os alunos não prestam atenção: O raciocínio crítico. Então pelo menos para mim serviu. Com material escrito, mesmo após resolver o PDF inteiro eu lia a doutrina, mas não era para viajar em pontos controversos, mas entender a essência, de modo que nenhuma questão me surpreenderia com a forma de abordagem.
Portanto, meu ciclo era leitura, anotações, questões, revisão, doutrina e jurisprudência. E assim por diante. Claro, com intervalos entre captação de conteúdo e submeter a testes.
Ah, adquiri um tablet. Isso eu via como “frescura”, mas percebi que gastava tempo imprimindo papel e me perdia com tantas folhas. Otimizei meu tempo e consegui absorver maior volume de informações, mas uso a ferramenta como se papel fosse, ou seja, escrevo tudo à mão, mas diretamente no PDF ou nota.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Junki: Muito conhecido pelos concurseiros, conheci em aulões de revisões no youtube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Junki: Vejo uma melhora pela empresa com várias ferramentas e acredito que o PDF esgota a matéria. Como falei, para brigar pelas vagas o candidato tem que começar a inventar problema para resolver. Nessa premissa, a equipe começou a elaborar questões inéditas para testar seus alunos.
Lembro que fiz um simulado de LRF para o TCMSP. Fui bem, mas me serviu para corrigir pontos de cobrança. Uma preparação em alto rendimento exige manutenção desses pontos. Todas questões inéditas elaboradas pela equipe do Estratégia.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Junki: Quando se está no meio da preparação e ajustar vários editais, deve ter bastante humildade para aceitar onde tem que melhorar e onde não merece reparos. Acho que a vaidade na maioria dos candidatos impede de subir um degrau na sua preparação.
Trabalhei na dificuldade e foquei meu cronograma para superá-la de acordo com peso das questões, claro. Nesse do TRT15, o peso das questões específicas era 3 em detrimento do eixo básico que era 1. Não podia zerar em nenhum dos blocos, bem como teria que fazer mais do que 60% da nota padronizada após aplicação dos pesos. Da mesma forma na escrita. Foi boa a prova e todos os candidatos aptos à segunda fase tiveram boas pontuações.
O cronograma foi montado focado na dificuldade e eu estudava umas três horas por dia. É pouco, mas é o que eu conseguia fazer.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Junki: Eu revia apenas o que eu errava na bateria de questões, buscando comentário ou na doutrina ou jurisprudência.
Somente uns dias antes da prova que eu repassava no material tudo que produzi. Não consegui ser 100%, mas a preocupação de fazer o mínimo era maior.
Salvo engano, na objetiva passei na segunda fase na posição 23, pertinho da nota de corte. Foram 553 candidatos. Após a escrita que subi para posição 12 que pode mudar, pois está em fase de recurso. Acredito que todos os candidatos estejam de parabéns, pois a prova foi muito boa.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Junki: Como falei acima, foram muitas e não consigo precisar. É importante simular a situação de prova, porque faz parte do jogo. Os candidatos pecam em demorar para resolver a questão. A VUNESP costuma dar 3 minutos por questão e a FCC não foi diferente. As bancas antigamente colocavam provas objetivas num período e escritas no outro. Atualmente é tudo no mesmo horário.
Razão pela qual faz diferença estar no espírito da banca. Um final de semana antes, resolvi umas 20 provas de Analista Judiciário especialidade Contabilidade da Fundação Carlos Chagas. Ajudou muito!
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Junki: Auditoria Governamental e alguns tópicos novos que vieram nesse edital, tal como a Contabilidade Tributária. Cobrou por exemplo “Instrução Normativa RFB Nº 2110, de 17 de outubro de 2022, Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.234/2012.”
São dois normativos muito usados na prática em contabilidade pública, pois houve novas regras de retenção de IR e de INSS. Os casos polêmicos de não retenção em caso de empreitada total ou se for simples nacional e por aí vai. Na prática já é difícil, imagina numa prova objetiva? Então tive que realizar um estudo empírico: Finalizava o PDF e buscava no eSAJ ou jurisprudências acerca das polêmicas e de como eu deveria escrever numa potencial questão discursiva.
O contador deve saber muito direito tributário para não onerar o prestador de serviço/fornecedror indevidamente.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Junki: Realização de provas e revisão dos erros, somado ao fato de rever o que eu já havia estudado. Pré-prova até 00:00 eu estava revisando cada vírgula do edital. Parece que existe um mantra de que a banca cobra aquilo que seja improvável de cair. Sempre faço isso: reviso edital e audito minha preparação se falhei em algum ponto.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Junki: Como falei acima, a escrita é a exteriorização do conhecimento técnico com a língua portuguesa. Conseguir transmitir em 15 linhas a resposta que a banca espera, pasme, a FCC espera, não é algo fácil.
Foram duas questões discursivas com muitos detalhes para quem entende de contabilidade pública. O perfil de candidato que a banca optou em agraciar foi aquele que acompanha as alterações de acordo com as normas internacionais. Nem todos os detalhes estão no MCASP (normativo da STN sobre normas aplicadas ao setor público).
Quando o avaliador propôs uma situação orçamentária misturando com ambiente de julgamento subjetivo do profissional de acordo com a norma, exigindo respostas em momentos específicos se deveria ou não sofrer o lançamento e a forma de classificar a situação na demonstração de fluxo de caixa, verifiquei que realmente a FCC é exigente conforme as resoluções de prova que havia feito.
Preparar para uma fase escrita, exige que o candidato tenha conteúdo e domínio da língua, porque deve escrever o suficiente para transmitir a resposta correta e de maneira clara para o avaliador compreender.
É importante colocar etapas como metas e após se ter 80% da matéria estudada de português e uns 70% já dá para começar a resolução e treino da escrita. Acho que português/gramática é uma matéria extensa e todo candidato deve tê-la em dia, então ler muitas provas e espelhos de respostas ajuda muito, bem como o material sugerido pelo preparatório como faz o estratégia.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Junki: Para o TRF3 e o TRT15, meu principal erro foi falta de tempo, pois poderia melhorar mais e errar menos.
Meu principal acerto foi melhorar a escrita.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Junki: Muitos momentos. Estes dois concursos seriam meus últimos e eu já largaria a área contábil.
Minha principal motivação era ter contas para pagar (risos).
Acho que ter um salário melhor, de modo que eu consiga ajudar quem me ajudou no decorrer da minha vida, foi a principal motivação. Abri mão de muita coisa para estudar e eu não admitiria desistir. Falei do meu amigo Marcus, dentre outros, bem como na minha família que amo: meus tios Jemima, Seiko, Sérgio, Helena e minha avó Emília que são quem sempre me apoiaram.
Na entrevista anterior, esqueci de mencionar que meu tio Sérgio trazia livros de contabilidade e de Direito da biblioteca de onde fazia trabalhos voluntários no Ikoi.
Esses detalhes me faziam ter motivação. Dou valor.
Citei meus professores, em especial, o Eduardo que ao corrigir minha prova deixou um importante recado que levarei para minha vida “você pode contribuir muito”. Às vezes desanimamos com a vida, pois nem tudo que se estuda acontece na prática, mas esse conselho… de um Promotor de Justiça me fez enxergar e descobrir meus limites.
No meu trabalho, tive desafios que me ajudaram a amadurecer e crescer, agradeço também a minha chefe Fabíola Alves da Silva que apostou nos meus resultados e que venho contribuindo desde então.
Faltou eu mencionar minha psicóloga Andreia Guimarães que me acompanha para que eu consiga canalizar toda a pressão, crises de ansiedade de uma forma saudável. Acredito que o acompanhamento de uma profissional também faz diferença para saber organizar emocionalmente todos os afazeres e organização do tempo nos estudos. Investi na minha saúde para que eu conseguisse também progredir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Junki: Como escrevi na entrevista anterior, é um processo que não é agradável. Estudar exige foco e persistência tal como Clóvis de Barros diz em suas palestras “Exige Empenho”.
Fiz do TRF3 e do TRT15, de modo que se eu estivesse apto para a segunda fase já estaria feliz. A aprovação com boa colocação para cargos da justiça Federal, sinceramente, eu não esperava, pois no fundo achava que tinha candidatos melhores e que eu jamais conseguiria, porém acreditei na preparação. Se vai nomear ou não, depende do órgão, mas os mais experientes alegam que sim. O fato é que são resultados obtidos a partir de uma trajetória de esforço e dedicação.
Vale a pena, não desista! Abraço!