Aprovado no concurso SEFAZ BA
“Faça um bom planejamento dos seus estudos. Pense que você tem uma nota de corte para atingir, independente da quantidade de concorrentes. Você não precisa terminar os estudos sabendo lecionar sobre o conteúdo, apenas precisa conseguir passar da nota de corte”
Confira nossa entrevista com Guilherme Mattiello, aprovado em 8º lugar no concurso SEFAZ BA para o cargo de Auditor Fiscal, na área de Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Guilherme Mattiello: Meu nome é Guilherme, sou do Paraná, atualmente morando em Curitiba, e tenho 27 anos. Sou formado em Engenharia de Computação e mestre em Informática, ambos pela UTFPR.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Guilherme: Em 2011, terminei o ensino médio técnico (em informática) e, em 2012, sem pretensão nenhuma, fiz o concurso para o cargo de Técnico em Informática, na UTFPR, e apesar de não ter passado na primeira colocação (tinha apenas 1 vaga) fui nomeado no fim de 2012. A partir dali, não tive mais pretensão de sair do serviço público.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Guilherme: Acredito que minha caminhada como concurseiro começou em 2012, com 19 anos. Em 2013, estava trabalhando 40 horas semanais e ingressei no curso de Engenharia de Computação na UTFPR. Durante a faculdade, sempre acompanhei os concursos que iam saindo e me dedicava para aprender o conteúdo nas disciplinas da faculdade que eram recorrentes nesses concursos (da área de TI). Em meu trabalho tive a oportunidade de trabalhar com diversas áreas dentro da TI. Assim, quando terminei a faculdade, em 2017, já tinha uma base boa destes conteúdos. No início de 2018, ingressei no mestrado e em junho saiu o edital da Polícia Federal – Perito Criminal. Então, nesse período, conciliei trabalho, mestrado e estudos para concursos. Como já tinha uma noção do conteúdo de TI, pude concentrar a maior parte dos estudos para o concurso nas disciplinas de Direito. Entretanto, minha prioridade ainda era o mestrado, pois os concursos seriam um projeto a longo prazo.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Guilherme: No final de outubro de 2018, saiu o resultado do concurso da PF. Após uma retificação no gabarito da prova objetiva (após o resultado final nas provas objetivas) eu havia saído das vagas e minhas chances de entrar se tornaram remotas, pois estaria fora do curso de formação. No entanto, isso me serviu como motivação para outros concursos, pois vi que passar em concursos maiores não era algo tão remoto. Neste período estava acontecendo o concurso da SEFAZ SC e tinha vagas específicas para TI, mas não daria tempo de me preparar. Entretanto, esse concurso abriu meus olhos para as oportunidades que a área fiscal tem, principalmente em TI que é minha área. No início de dezembro de 2018, decidi que começaria a me preparar para a área fiscal.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Guilherme: Já fui aprovado nos seguintes concursos:
2012 – Técnico em Tecnologia da Informação na UTFPR;
2018 – Professor no IFSUL (6º lugar – convocado no final de 2019);
2018 – Perito Criminal da Polícia Federal – Área 3 (convocado para a segunda turma do curso de formação – sub júdice);
2019 – Analista de TI na UFPR (1º lugar – nomeado);
2019 – Técnico Judiciário – Tecnologia da Informação no TRF4 (2º lugar);
2019 – Auditor Fiscal – Área de TI na SEFAZ-BA (8º lugar).
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Guilherme: Sim, eu comecei a me preparar para a área fiscal no final de 2018. Em fevereiro de 2019, saiu o edital para SEFAZ-BA. Como eu não tinha muito tempo para estudar, sabia que meu caminho poderia ser longo, mas que uma hora eu conseguiria. Bastava eu manter uma regularidade nos estudos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Um amigo me indicou.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Guilherme: Quando estudei para o concurso da PF utilizava videoaulas e fazia anotações para a revisão. Quando comecei a preparação para a área fiscal, vi que precisaria de um método mais elaborado. Dali em diante, comecei a estudar por PDFs.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Guilherme: Eu estudava de 2h a 3h por dia, pois tinha que dedicar a maior parte do tempo livre para o mestrado. Quando o edital saiu, pedi férias do meu trabalho e conseguia estudar mais de 6h/dia.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Guilherme: Quando comecei a estudar para a área fiscal, eu estudava com um ciclo de 6 dias, com pelo menos 4 disciplinas simultaneamente. Os 4 primeiros dias do ciclo, eu estudava conteúdos novos, revisava o conteúdo do dia anterior e fazia alguns exercícios para entender como o conteúdo era cobrado. Nos 2 últimos dias, eu revisava todo o conteúdo dos 4 dias anteriores e fazia muitos exercícios. Eu estudava pelos PDFs e apenas grifava as partes que considerava mais importantes.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Guilherme: Minha maior dificuldade era com conteúdos que precisavam de memorização, pois não tinham muita lógica. Nestes casos, após vários exercícios e revisões, o conteúdo era “internalizado”.
Estratégia: Você é casado(a)? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro(a)? Se sim, de que forma?
Guilherme: Sou noivo, não temos filhos e não moro com meus pais. Como eu sempre trabalhei, não tive essa pressão para passar logo em um concurso. Porém, minha família sempre acreditou que eu conseguiria e me apoiou nessa caminhada.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Guilherme: Nunca fui muito radical, mas sempre buscava cumprir as metas que eu estabelecia. Assim, poderia aproveitar momentos com a família e amigos sem peso na consciência.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Guilherme: Sim. Eu acredito que, além de um bom conhecimento do conteúdo, é importantíssimo ter a experiência “prática”. Há vários fatores no dia da prova que influenciam o candidato. Um destes fatores é o tempo de prova. Se você se atrapalha com ele, você fica nervoso, deixa de responder várias questões e acaba esquecendo o conteúdo no momento da prova. O mero preenchimento errado do gabarito, de uma questão ou outra, pode custar a aprovação, e acredito que a experiência evita vários erros deste tipo. Entretanto, é importante cuidar para não se desviar do objetivo principal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Guilherme: Eu estudei para a área fiscal por 5 meses. Entretanto, o conhecimento adquirido no meu trabalho (ao longo dos anos) e nos 3 meses que estudei para o concurso da PF foram fundamentais.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Guilherme: Sensação de alívio e dever cumprido.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Guilherme: Na última semana antes da prova, busquei reforçar os pontos que tinham um peso maior na prova, porém procurei manter a rotina que sempre tive, para manter a tranquilidade. Na véspera da prova apenas dei uma olhada em alguns pontos que eu achava que pudessem cair na prova discursiva, mas foquei no descanso, pois acredito que nesse momento não há mais muito o que fazer.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: A dissertação para o cargo de TI cobrava conhecimentos mais técnicos e abrangia os conhecimentos específicos desta área, então busquei ter uma boa noção de cada tópico que estava no edital. Acredito que na área de TI não há como dominar todos os tópicos do edital para a prova discursiva, pois um tópico pode ser cobrado em diferentes níveis de profundidade. Porém, é importante conhecer como será o formato da dissertação e saber como estruturá-la.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Guilherme: Acredito que um erro foi que eu poderia ter me dedicado mais na leitura da lei “seca”. Hoje acredito que isso ajudaria a memorizar algumas “picuinhas” que são cobradas na prova.
Como eu tinha pouco tempo, um acerto foi analisar o edital para decidir quanto esforço eu deveria empregar em cada disciplina para tentar atingir uma nota que resultasse em uma aprovação. Análise de provas anteriores semelhantes e da mesma banca também fizeram a diferença.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Guilherme: Acho que o mais difícil foi manter a regularidade nos estudos, considerando as adversidades da rotina e o tempo escasso. Nesse período, não pensei em desistir, pois sabia que a aprovação seria apenas uma questão de tempo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Guilherme: A motivação foi a busca pela realização profissional. As atribuições do cargo e a boa remuneração, aliada à estabilidade financeira, foram pontos importantes.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: A famosa frase de Abraham Lincoln fez muito sentido em minha trajetória: “Dê-me seis horas para derrubar uma árvore e passarei as quatro primeiras afiando o machado”.
Faça um bom planejamento dos seus estudos. Pense que você tem uma nota de corte para atingir, independente da quantidade de concorrentes. Você não precisa terminar os estudos sabendo lecionar sobre o conteúdo, apenas precisa conseguir passar da nota de corte. Assim, não busque saber 100% de tudo, concentre seus esforços em um estudo mais otimizado possível, que trará a aprovação, por isso o planejamento é tão importante.
Sugiro também que faça outros concursos durante o caminho. Isso ajudará a identificar os pontos falhos, ganhará experiência e ainda poderá aumentar sua autoconfiança com uma possível aprovação antes da hora.
Como todos dizem, concurso é uma fila e uma hora chegará sua vez, não desista!
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