Aprovado no concurso PRF para o estado do Mato Grosso do Sul
“Se compare com quem você era ontem e não com o que outra pessoa é hoje. E por último: alguns querem passar, mas poucos querem muito. Veja em qual grupo você está”.
Confira nossa entrevista com Guilherme de Almeida, aprovado no concurso PRF para o estado do Mato Grosso do Sul:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?
Guilherme de Almeida: Me chamo Guilherme de Almeida, tenho 25 anos e sou natural de minha amada Campo Grande – MS. Sou formado em Comunicação Social.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que escolheu a Polícia Rodoviária Federal?
Guilherme: Na realidade eu não pensava em estudar para concursos. Eu me sentia atraído pela atividade policial desde pequeno e isso foi me levando naturalmente para os concursos dessas carreiras. Quando comecei a me planejar para isso, mergulhei em todo conteúdo disponível na internet do mundo policial: vídeos, entrevistas, operações, etc. Foi aí que a PRF me chamou a atenção. O fato de ser uma polícia ostensiva a nível federal e ter carreira única foi extremamente atraente. O salário era um pouco menor que o da PF, mas enxergava um grau de adrenalina e liberdade de atuação que pareciam bem especiais. Agora que estou dentro, posso dizer com segurança que a realidade é ainda melhor do que imaginava. Com poucos meses de atuação, já participei de diversas situações que confirmaram essa escolha.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Guilherme: Sim, eu tinha uma rotina extremamente pesada. Quando comecei a estudar para o concurso, eu fazia faculdade a noite, trabalhava 8 horas por dia e em todo tempo restante que eu conseguia, estudava. Olhando para trás, fico grato a Deus por ter conseguido forças com uma realidade de tempo e dinheiro tão difíceis.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Na PRF ficou em qual colocação?
Guilherme: Passei em 5 concursos. PM-SP e PM-MG, ambos para soldado, PC-SC para agente, Polícia Legislativa do MS, cargo que exerci por 3 anos, e por fim PRF. Meu concurso da PRF foi regionalizado, então fiquei em 62º no meu estado (MS mesmo) e 684º se o concurso tivesse sido nacional.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Guilherme: A ficha só foi caindo quando saiu a convocação para o Curso de Formação. Considero que aí sim a aprovação veio, porque os concursos das carreiras policiais são cheios de tantas etapas que sempre ficamos naquela apreensão do que pode acontecer. A sensação é de emoção pura. Só perde para o dia da formatura. Parece que sua realidade naquele momento começa a mudar. É como se você apertasse o botão de play para o pedaço mais desejado da sua vida.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Guilherme: Eu sempre acreditei que o estudo para esse tipo de concurso exigia obstinação, entrega total. Mas tinha claro que isso não significava esquecer de algumas das minhas necessidades básicas. É claro, você não pode se respeitar demais, porque senão fica para trás quando se tem pouco tempo para estudar. Então, basicamente, eu tinha uma meta de 5 horas líquidas diárias de estudo nos dias de semana e no domingo ia um pouco além. Sábado era o meu dia de descanso, então nesse dia eu ia para a Igreja, saia com os amigos e relaxava. Domingo começava novamente. Também mantinha uma rotina semanal de exercícios, dia sim, dia não.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Guilherme: Não sou casado. Moro sozinho desde 2017. Namoro há cerca de 1 ano. Minha família nem sabia que eu estudava para polícia, só ficaram sabendo quando eu fui para o Curso de Formação, quando contei a eles.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Guilherme: Tenho certeza que vale a pena se for da mesma área (carreiras policiais, por exemplo). Se forem áreas absolutamente não relacionadas, creio que te faz perder o foco. Fiz PF 2014 quando não sabia nada sobre concursos e tinha algumas poucas semanas de estudo e reprovei feio. Então, fiquei 1 ano e meio estudando. A partir daí, comecei a me testar e garantir opções, o que eu acho muito importante, já que nenhum concurso nunca é garantido.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Guilherme: Foram 4 anos e meio de estudo pra carreiras policiais, e 8 meses totalmente focado para a PRF.
Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?
Guilherme: Um bom planejamento e muita motivação. Tinha uma planilha no Excel com ciclo de estudos que eu tentava seguir à risca. E a motivação vinha de conteúdos na internet. Pouco se fala sobre isso, mas vejo a motivação como essencial para continuar esse caminho. Você precisa se abastecer para continuar sonhando, senão desanima.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de cada um?
Guilherme: Sempre usei o material do Estratégia como base, funcionou demais para mim as apostilas em PDF. Eu as imprimia, mas o fato de serem digitais, me permitia ler em qualquer aparelho. Ler as apostilas me permitia ditar meu ritmo. Nunca pisei numa sala de cursinho, então fiz tudo 100% em casa. Eu assistia somente videoaulas de exatas, matérias que eu tinha mais dificuldade. Além disso, usei uma plataforma de simulados voltado para área policial.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Pela internet, quando comecei a pesquisar os melhores cursos para concurso. Em um blog, lá por 2014, estava escrito que o Estratégia estava entre os melhores cursos para concurso. Me aprofundei e resolvi investir.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Guilherme: Minha meta era de 5 horas líquidas por dia. Cronometrava através de um aplicativo. Usava uma planilha com o método Ciclo de Estudos que achei em uma pesquisa em um blog. No método de Ciclo de Estudos você roda as matérias de acordo com o tempo que você escolheu para elas, independente de qual dia é hoje. Geralmente isso permite de 2 a 3 matérias por dia. Em todo estudo de matéria, eu incluía: 1º revisão da aula anterior; 2º leitura do conteúdo novo; 3º exercícios. Para mim esse é o tripé do sucesso.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Guilherme: Com certeza exatas. Física e RLM eram complicadíssimas para mim. Eu não concluo que superei essa dificuldade, apenas criei uma estratégia que exigia um resultado muito maior das matérias que eu era bom ou gostava para compensar essa deficiência. As coisas começaram a melhorar quando eu voltei para aprender o básico dessas matérias em outros materiais de apoio pela internet.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Guilherme: Basicamente foquei em exercícios. Muitos! Se eu tivesse achado algo que eu não tinha visto ainda, eu dava uma pesquisada sobre o assunto, mas procurei ganhar confiança fazendo muitos exercícios mesmo. Na véspera foi concentração total. Desliguei celular, fiz um passeio bacana e meditei em cada passo do que eu faria na prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: Redação era uma das matérias que estava na minha planilha de Ciclo de Estudos, então, fatalmente toda semana eu fazia redações e aprimorava meus textos. Aconselho que contrate um bom serviço de correção de redações pela internet, faz diferença.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E como foi essa prova?
Guilherme: Sempre mantive uma rotina de exercícios. É fundamental, pode acreditar que a conta vai ser cobrada. Imediatamente depois da prova objetiva intensifiquei os treinos. Tinha muita dificuldade na barra fixa, então consegui um educador físico para me ajudar. Deu certo.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Guilherme: O Curso de Formação é uma das experiências mais incríveis que já vivi. Vale a pena aproveitar cada minuto. O CFP da PRF é extremamente técnico e, além disso, mantenho contato com quase todos os amigos que fiz lá. Minha classificação praticamente não foi alterada, pela dificuldade em conquistar pontos no curso, o que certamente vai mudar no próximo CFP diante das alterações do edital prevendo mais pontos, além de TAFs eliminatórios e classificatórios.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Guilherme: Certamente eu deveria ter dado mais atenção as matérias de exatas. Um ponto a mais me colocaria no primeiro CFP. O maior acerto foi manter consistência no último ano de estudos. A aprovação se constrói praticando bons hábitos diários.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Guilherme: Nunca pensei em desistir, mas tinha muitos medos. O medo de não conseguir e o erro de se comparar com outros. Sempre orava, nunca pedindo a aprovação, mas sim forças para conseguir estudar. Ficava pensando em como seria depois de aprovado e isso me motivava muito. Coisas que eu faria se eu conseguisse passar. Isso tudo ajudou demais.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Guilherme: A possibilidade de fazer um trabalho que seria relevante. O salário também.
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Guilherme: Totalmente realizado. A PRF proporciona portas abertas para quem quer crescer na instituição. Agora faço planos dentro da carreira.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Tenho poucos, mas que considero vitais. Trabalhe em silêncio. Você não precisa mostrar para outros o que faz. Se compare com quem você era ontem e não com o que outra pessoa é hoje. E por último: alguns querem passar, mas poucos querem muito. Veja em qual grupo você está.
A firma tem vagas. A gloriosa te espera!