“Não há uma fórmula mágica de aprovação que deve ser aplicada para todo mundo. Se conheça e vá no seu ritmo, pois sua vaga pode ser conquistada quando você menos esperar”

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Confira nossa entrevista com Virgínia Duan, aprovada em 1° lugar no concurso DPE RO no cargo de Analista de Comunicação:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Virgínia Duan: Eu sou natural de João Pessoa (PB), tenho 32 anos, sou graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e mestra em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Virgínia: A decisão aconteceu quando meu companheiro foi aprovado em um concurso público. Comecei a perceber que esse poderia ser um caminho viável para minha estruturação financeira, sobretudo pela estabilidade. Além disso, eu tive uma experiência prévia no serviço público (como cargo comissionado) e me identifiquei muito com a ideia de contribuir, por meio do meu ofício, para a qualidade dos serviços ofertados à população.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Virgínia: Sim. Inclusive, enquanto aguardo a minha nomeação, sigo trabalhando em tempo integral (40h semanais) na iniciativa privada. Para que fosse possível conciliar, eu estudava aos fins de semana e também durante os tempos livres que dispunha.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Virgínia: A aprovação na Defensoria Pública do Estado de Rondônia foi a minha primeira. No momento quero me concentrar na nomeação e desempenhar meu trabalho da melhor forma possível na DPE/RO. Contudo, pretendo continuar estudando, pois, além de gostar, tenho vontade de passar em um concurso no Nordeste para ficar mais próxima à minha família.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Virgínia: Sim, continuei com minha vida social normalmente. Claro que tive que desenvolver uma disciplina, portanto priorizava sair à noite, pois é um horário que não rendo muito em estudos. Mas procurei uma estratégia de preparação onde eu priorizei minha saúde mental e percebi que isso teve um resultado positivo no meu desempenho. Mas, como falei anteriormente, nos horários de rendimento eu tive foco e disciplina para criar a rotina da preparação.

Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?

Virgínia: Sou casada e meu companheiro, amigos e família sempre me apoiaram. Meu marido, por já ter tido a experiência de aprovação, não só me deu suporte emocional durante a preparação, mas também se encarregou da maior parte da organização doméstica para que eu pudesse focar nos estudos. Minha mãe sempre acreditou em mim, às vezes até mais do que eu mesma. Ela também lembrava que era importante eu ter uma vida social, descansar o emocional para que o rendimento fosse até mais proveitoso. Tive o privilégio de ter sido bem amparada.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Virgínia: Para a DPE/RO, eu direcionei meus estudos de outubro/2021 a janeiro/2021. Contudo, já estudava o conteúdo específico do meu cargo de forma sistemática desde 2019. Para manter a disciplina, eu procurei manter duas estratégias recorrentes: primeiro me conscientizei que a aprovação dependeria do meu esforço. Então para me adaptar a essa rotina, eu me visualizava tomando posse, comemorando com minha família. Isso me deu forças.

A segunda estratégia era focar no meu ritmo, sempre respeitando os meus limites. Ou seja, quando eu estava irritada, desestimulada, cansada e via que os estudos não renderiam naquele momento, eu deixava de lado e fazia outra coisa. Eu me permitia fazer isso porque sabia que não tinha o perfil procrastinador e que conseguiria render em outro momento, já que tinha desenvolvido minha rotina de preparação.

Adaptei os estudos para a lógica do “vou fazer o possível, no meu ritmo”, pois não queria tornar aquilo uma tarefa penosa emocionalmente. Percebi que essa estratégia me permitiu ter disciplina e prazer ao estudar.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)

Virgínia: Eu fiz uso dos materiais em PDF, videoaulas e sistema de questões. Eu gosto muito do material em PDF do Estratégia, acho que são bem direcionados, leves e objetivos. Acho que eles ajudam a compreender melhor o conteúdo, por conta dos destaques, mapas mentais e comentários. Quando eu estava cansada da leitura (principalmente por trabalhar com escrita em tempo integral), eu recorria às videoaulas para equilibrar. Isso fez com que meu estudo ganhasse um bom rendimento, pois eu sempre estaria em contato com o conteúdo em diversos formatos.

O Sistema de Questões do Estratégia, para quem estuda comunicação social para concursos, é muito amplo, atualizado e as correções são ótimas. Então quando eu queria fixar o conteúdo (e também descansar a cabeça do estudo teórico), eu me dedicava horas em resolver questões.

Todo meu processo de estudo foi EAD e para mim foi muito vantajoso poder contar com essa sistemática. Pois consegui encaixar os meus estudos em todo o tempo vago, sem precisar estar presencialmente nos lugares.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Virgínia: Conheci o Estratégia enquanto mapeava, em 2019, conteúdos gratuitos para concursos na minha área. O primeiro contato foi com uma aula de português da professora Adriana Figueiredo, no YouTube. Nem acreditava que um conteúdo de tanta qualidade estivesse disponível gratuitamente para as pessoas. Depois disso, fui conhecendo outros professores, tendo contato com o material em PDF e me identificando com a didática do Estratégia. Até que conheci as aulas da professora Júlia Branco, adorei e me tornei aluna regular.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

Virgínia: Usei materiais de outros cursos, mas não sentia um direcionamento tão assertivo quanto do Estratégia. E no caso dos concursos para Comunicação Social, não encontrei material tão bem-preparado. Nos outros cursos, o que me mais incomodava era que alguns materiais não eram tão completos ou tinham uma didática tão objetiva.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?

Virgínia: Fiz outros concursos enquanto fazia uso de materiais pontuais de outros cursos, mas não fui aprovada.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

Virgínia: Ser aluna do Estratégia fez toda a diferença na minha preparação. Os materiais são preparados de forma abrangente, dinâmica, mesclam questões e, por vezes, parece que você está tendo uma aula ao vivo, mesmo quando está lendo um PDF. A linguagem utilizada e a objetividade da abordagem fazem com que os estudos tenham um bom ritmo, mesmo quando o cansaço bate. As videoaulas complementavam e reforçavam bem o que eu tinha estudado.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)

Virgínia: Como a minha estratégia foi também priorizar minha saúde mental para que eu estivesse bem para render, eu procurei no meu plano de estudos não fixar horas, nem as medir, justamente para não ficar ainda mais ansiosa. Então eu utilizei o Trello para organizar as matérias e ter noção do andamento do que estava estudando, do que estava faltando e do que precisava reforçar. Sentia o que estava disposta a estudar naquele dia e procurava concluir aquela matéria nas horas que eu tinha disponíveis. Ao concluir, procurava outra que eu estivesse bem para estudar e fazia o mesmo procedimento. Claro que existiam àquelas disciplinas que eu não tinha tanta identificação, então incluía ela no meu planejamento em horas que eu estivesse com a cabeça mais fresca e mais disposta.

Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)

Virgínia: Os resumos sempre foram ferramentas que me ajudaram a fixar e revisar os conteúdos estudados. No Trello eu criei cards e escrevia os pontos chaves, anotações das videoaulas e explicações de questões que eu tivesse errado. Isso me ajudou muito na hora da revisão. A resolução de questões também foi importante nesse processo de fixação de conteúdo.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Virgínia: A resolução de exercícios é importantíssima para fixar o conteúdo estudado, para se adaptar ao estilo de cobrança de cada banca e também como estratégia de revisão. Não tenho noção de quantas questões resolvi na trajetória da minha preparação, porque foram muitas. Quando eu estava descansando após o almoço ou esperando ser atendida em alguma situação, eu aproveitava e respondia várias questões. E isso fez toda a diferença para mim.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Virgínia: Neste concurso da DPE/RO, senti que meu maior desafio era uma boa preparação em legislação. Não tinha familiaridade com essa disciplina específica para a Defensoria, mas estava ciente que um bom desempenho nela poderia ser decisivo para a prova. Então procurava estudar essa disciplina em momentos em que eu estivesse descansada, com a cabeça mais fresca para encarar o desafio com mais disposição. Percebi que essa estratégia me ajudou a perceber que eu poderia entender o conteúdo com mais leveza.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Virgínia: Na semana que antecedeu a prova, eu consegui reservar 2 a 3 horas do meu dia para revisão. Então eu recorri às leituras dos resumos que fiz, assisti algumas videoaulas e fiz bastante questões. Nessa semana eu procurei não sair de casa, apenas ia ao trabalho. Aproveitei cada tempo livre para revisão e resolução de questões.

No dia pré-prova, ainda fiz algumas revisões, mas de maneira mais leve, com horas de descanso mais espaçadas. No fim da tarde eu já tinha procurado me distrair e não pensar mais nos conteúdos estudados.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Virgínia: A etapa discursiva do concurso foi a que mais me deixou tensa durante a preparação, pois eu nunca tinha conseguido ter minha prova discursiva avaliada, então não sabia qual era meu nível. Como eu sou jornalista, tenho intimidade com a escrita, mas estava ciente que a redação de um concurso público tem uma lógica específica.

Eu me preparei com algumas aulas da professora Janaína, do Estratégia, focando muito nas dicas que ela compartilhava, pois me ajudaram muito na hora de estruturar o meu texto. Também procurei alguns vídeos sobre a preparação do texto dissertativo especificamente para a banca do concurso, então fui criando intimidade com o estilo de escrita.

Para quem vai fazer prova discursiva, aconselho não só as aulas de redação do Estratégia, mas também entender como a sua banca cobra a prova. E, claro, a prática da escrita é indispensável para a preparação da prova.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Virgínia: Meu principal erro nesta caminhada foi a falta de confiança. Acho que se eu tivesse acreditado mais que era possível ser aprovada fazendo o que estava ao meu alcance, isso teria me ajudado até mais no rendimento dos estudos.

Priorizar minha saúde mental e manter a disciplina, dentro das minhas possibilidades, foram os meus principais acertos. Pois consegui ir para minha prova equilibrada emocionalmente e isso me ajudou a pensar com clareza durante a resolução das questões.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Virgínia: Sim. Quando iniciei minha rotina de estudos focada na DPE/RO, eu tive um momento de desespero, pois achava impossível trabalhar 40h semanais e ainda conseguir estudar de forma satisfatória. Fiquei triste, ansiosa, frustrada e quis desistir naquele momento. Mas o meu companheiro me fez encarar a etapa com mais leveza, me encorajou a fazer o possível e respeitar os meus limites.

Então, com isso em mente, me senti motivada a continuar os estudos e encarei a prova como um simulado. Pensei que se a aprovação não viesse, eu teria pelo menos adquirido experiência para os próximos concursos.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Virgínia: Meus conselhos para quem está iniciando são: descubra seu ritmo de estudos e mantenha uma disciplina. Não sofra se você não tem condições de estudar 8h a 10h por dia, descubra o que é possível para você, mantenha a sua disciplina e organização neste cenário. Aconselho também a priorizar a saúde mental, pois manter a mente sã pode ser uma estratégia decisiva para o dia da sua prova. Não há uma fórmula mágica de aprovação que deve ser aplicada para todo mundo. Se conheça e vá no seu ritmo, pois sua vaga pode ser conquistada quando você menos esperar.