Aprovada em 13° lugar (PCD) no concurso CGDF para o cargo de Auditor Controle Interno - Finanças e Controle
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Meu conselho, principalmente para quem pretende passar num concurso de alto nível, é ter paciência consigo mesmo e não desistir.”
Confira nossa entrevista com Cinthya Chamarelli, aprovada em 13° lugar (PCD) no concurso CGDF para o cargo de Auditor Controle Interno – Finanças e Controle:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Cinthya Chamarelli: Sou formada em Letras pela UFRJ. Também comecei a cursar Ciências Contábeis na UNIP, mas ainda não concluí. Tenho 36 anos e nasci em Brasília/DF, mas cresci no Rio de Janeiro/RJ.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cinthya: Trabalho há vários anos como autônoma, mas comecei a sentir a necessidade de estabilidade, principalmente desde a pandemia de Covid-19. Quero ser financeiramente independente, mas nunca tive sucesso na iniciativa privada, talvez por ser autista.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Cinthya: Sim. Como autônoma, tenho o horário flexível, de modo que consigo estudar sempre que não estou com trabalho. Como às vezes passo vários dias sem trabalho, tenho tido bastante tempo livre. Financeiramente, é terrível para mim, mas pelo menos posso aproveitar esse tempo para estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Cinthya: Fui aprovada em 9º lugar (ampla concorrência) no concurso do Banco do Brasil de 2021 de Escriturário. Se eu chegar a ser nomeada para a CGDF, pretendo concluir o curso de Ciências Contábeis, mas não sei se continuaria estudando para concursos. Acho que vai depender muito das circunstâncias, do momento que eu estiver vivendo…
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Cinthya: Não saio muito, mas é mais porque gosto de ficar em casa mesmo. Acho importante ter contato com amigos e família, em vez de se isolar totalmente para estudar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Cinthya: Eles entendem e sempre me apoiaram. Na verdade, meus pais sempre quiseram que eu me dedicasse a concursos e só não entendem porque demorei tanto para começar (rs). Eles têm muita confiança em mim e me dão força quando estou pessimista ou desmotivada. Minha mãe também me acompanha quando preciso fazer prova em outras cidades.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Cinthya: Cerca de um ano para a CGDF, mas antes disso já havia estudado seis meses para a CGU, o que serviu de base para mim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Cinthya: PDFs, videoaulas e exercícios. A vantagem dos PDFs é a rapidez e objetividade. Já as videoaulas me ajudam a revisar e a entender certos assuntos que não consegui absorver com os PDFs, principalmente as matérias de exatas. Os exercícios me ajudam a perceber detalhes que passaram “batidos” na leitura dos PDFs.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cinthya: Quando comecei a estudar para a CGU, comecei a assistir a videoaulas em vários canais no YouTube. Os do Estratégia me chamaram a atenção porque tinham os melhores professores.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Cinthya: Cheguei a assistir a videoaulas de outros cursos, mas muitas vezes os professores não passavam o mesmo entusiasmo, a mesma energia, que os professores do Estratégia. As aulas do Estratégia são dinâmicas e fluem melhor.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Cinthya: No caso do concurso do BB, no qual fui aprovada, sim, mas isso foi antes de eu conhecer o Estratégia. Na área de controle, não.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Cinthya: Sim, porque antes eu precisava correr atrás do material, sem ter noção do que realmente era importante. O material do Estratégia, além de me poupar o tempo de procurar o conteúdo, me deu um direcionamento nos estudos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Cinthya: Gosto de estudar diferentes matérias por dia. Geralmente, no mínimo, 30 minutos de quatro matérias por dia. Quando tenho o dia todo para estudar, aumento para até 1h30 por matéria. Montei uma planilha de Excel para anotar até onde já estudei cada uma, senão acabo me perdendo, pois são muitas matérias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Cinthya: Gosto de revisar resolvendo questões e anotando o que errei ou o que me deixou em dúvida. Se é um assunto que estou errando muito, faço resumos mais organizados para poder consultar de novo depois.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Cinthya: A resolução de exercícios é importantíssima. Não sei quantas questões já fiz; não foram muitas, pois dou mais importância à qualidade do que à quantidade. Faço de 10 a 20 questões por matéria e sempre leio os comentários dos professores, mesmo para as questões que acertei. Às vezes, acerto por “sorte”, seguindo o raciocínio errado. O ideal é acertar porque realmente entendi e sabia responder, então sempre analiso com cuidado as respostas e explicações.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Cinthya: Economia e Estatística sempre foram o maior desafio. Procuro estudá-las com calma. As aulas dos professores Celso Natale (Economia) e Jhoni Zini (Estatística) são fenomenais e têm me ajudado muito. Também tenho alguma dificuldade com AFO e Direito Constitucional porque são muito detalhes, mas a resolução de exercícios me ajudou a melhorar.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Cinthya: Na semana antes da prova, foquei totalmente na resolução de questões. Na véspera, assisti ao que pude da Revisão de Véspera do Estratégia, pois tive que viajar. Na véspera, dou prioridade aos detalhes mais “decoreba”.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Cinthya: Foi uma grande surpresa. Acho que ninguém esperava que a matéria da discursiva fosse Economia. Eu tinha me preparado mais para outras que, no meu entendimento, tinham mais chances de cair, como Contabilidade. Muitos candidatos têm dificuldade em Economia, então eu não deveria ter subestimado essa matéria. Acho que a lição que fica é essa: não subestimar nenhuma matéria e tentar entender pelo menos um pouco dessas matérias em que muitos candidatos têm dificuldade, pois é aí que está o diferencial.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Cinthya: O maior acerto foi não ter perdido muito tempo tentando fazer tudo sozinha e assinando o Estratégia. O maior erro, talvez, foi demorar para entender a importância da resolução de questões e dos resumos à mão. Meu estudo no início era muito passivo: só lia e assistia.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Cinthya: Sim, algumas vezes. Porém, desistir não é uma opção. Desistir não vai resolver os meus problemas. É melhor demorar para chegar aonde quero do que não chegar a lugar algum.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cinthya: Meu conselho, principalmente para quem pretende passar num concurso de alto nível, é ter paciência consigo mesmo e não desistir. Encare como um projeto de médio a longo prazo. Não adianta se matar de estudar acreditando que consegue, saindo do zero, estudar por três meses e passar em concursos desse tipo. Isso só vai trazer frustração, cobrança excessiva, baixa autoestima… Lembro-me sempre da fábula da tartaruga e da lebre: lento, mas constante, ganha a corrida.