Artigo

ALMG: possíveis recursos para as provas de Comunicação Social (Jornalismo e Relações Públicas)

Olá, pessoal!

Conforme comentei no meu Instagram (@profjuliabranco), temos possíveis recursos nas provas para os dois cargos de Jornalismo da ALMG e também na prova de Relações Públicas. Estou comentando essas três provas, visto que são as áreas nas quais trabalhamos atualmente na preparação para concursos de Comunicação Social aqui no Estratégia :)

Coloco abaixo as questões nas quais entendo ser possível solicitar recurso. Vocês precisam entrar com recurso no site da FUMARC, dentro do prazo estabelecido (09/02), conforme o tipo de prova realizado.

Se alguma questão não foi citada aqui, mas você entende que cabe recurso, recomendo que não deixe de fazê-lo. Sempre vou recomendar que vocês entrem com recurso nas questões que podem auxiliar vocês em termos de pontuação, afinal, todo ponto conta em um concurso de alto nível :)

ATENÇÃO: não copie e cole os comentários aqui colocados. Elabore os recursos com as suas próprias palavras porque a banca não aceitará recursos idênticos enviados pelos candidatos. Os comentários abaixo são direcionamentos para vocês embasarem a argumentação de vocês.

Além disso, a prova de Rádio e TV tem questões idênticas à prova de Assessoria. Por isso, procurem por esses itens idênticos na categoria de Assessoria que está no conteúdo abaixo, ok?

Espero que o post seja útil!

Profa. Júlia Branco


JORNALISMO – ASSESSORIA DE IMPRENSA E PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Questão 33 (Tipo 1) ou 38 (Tipo 2) – Projeto gráfico

Cabe recurso para ANULAÇÃO visto que não existe nenhum item no conteúdo programático do edital ou bibliografia indicada que justifiquem a cobrança da temática Projeto Gráfico para o cargo. É uma clara extrapolação do conteúdo do edital.

A banca fala em redação e edição de TEXTOS, no item 2, para meios impressos, mas isso por si só não justifica uma abordagem do tema de projeto gráfico para o cargo, visto que trata-se de conhecimento de design, diagramação e comunicação visual. Esses temas não são abordados pelo edital para o cargo de Assessoria de Imprensa.

Questão 41 (Tipo 1) ou 46 (Tipo 2) – Influencer

Cabe recurso para ANULAÇÃO.

Concordo plenamente que a banca forçou a barra ao associar proeminência com o fato de ser influencer. Ao olharmos no dicionário, proeminência é um termo usado mais no sentido figurativo de algo superior, notável e/ou que recebe destaque. A justificativa com ser influencer realmente não foi uma das melhores ali.

Dá para considerarmos correto? Sim, mas isso esbarra na letra C (tipo 1). Aqui caberia tranquilamente a resposta sobre originalidade (uma influencer catar lixo ser algo diferente, inédito ou raro, como a própria banca disse na letra C – Tipo 1). Os demais itens da C também são coerentes.

Questão 42 (Tipo 1) ou 47 (Tipo 2) – Lead Contraste

Cabe recurso para anulação.

O lide contraste apresenta duas situações antagônicas. Entendo que SIM, o item I poderia ser considerado contraste, visto que são duas visões totalmente diferentes dentro de um mesmo contexto (o que guarda uma similaridade com o item VI, que foi apontado como contraste pela banca – Tipo 1).

A referência de Rech (2018) é essa aqui: ´o lide contraste remete a situações antagônicas para noticiar um fato´ (p. 106) e ´o lide suspense ou dramático provoca emoção em quem lê (muito comum no noticiário sensacionalista)´(p. 105).

Eu concordo que o item I entra sim como lide sensacionalista, MAS o exemplo também pode ser categorizado como contraste. Como a própria banca cita no enunciado que os autores não apresentam exemplos, acredito que vocês podem argumentar que o lide I tem coerência com duas classificações na bibliografia e tentar a anulação da questão (seria justo).

Questão 32 (Tipo 1) ou 37 (Tipo 2) – ENQUADRAMENTO

Cabe recurso para anulação.

A referência diz assim (Rech, 2018): ´A lógica de Barthes pode muito bem ser aplicada ao exercício do jornalismo. Como enunciador, o jornalista é testemunha do mundo real; porém, quando o apreende, ele o faz de modo fragmentado, colocando no mundo que vai descrever a moldura que lhe convém – ou ao veículo em que trabalha. A isso dá-se o nome de enquadramento noticioso, ou seja, trata-se de como um acontecimento da vida cotidiana vai ser representado para leitores, espectadores ou ouvintes (p. 34).

Só que, ao olharmos o Dicionário Essencial de Comunicação e Multimídia (NEIVA, 2016), um material que é referência na Comunicação, vemos que ele diz assim:

Abordagem – 1. Método de estudo ou de interpretação da mensagem ou grupos de mensagens. 2. Maneira ou plano de ação em comunicação. […] (p. 3)

O Dicionário de Comunicação Rabaça e Barbosa traz uma afirmação semelhante:

Abordagem – […] Modo de se focalizar um assunto, na cobertura jornalística. Foco, ângulo ou tratamento de um texto a respeito de um determinado tema. Mesmo em matérias informativas, que seguem critérios de objetividade, o ângulo a partir do qual se aborda uma questão pode levar a uma forma de focalizar e, portanto, interpretar algo (p. 1).

Enquadramento – […] campo, ângulo de vista e plano. (p. 92)

Entendo que a banca quis forçar a literalidade ali, MAS a alternativa sobre abordagem abre sim margem para uma dupla interpretação. Rech (2018) não fala sobre esse termo abordagem noticiosa, ou seja, também não temos referência que anule e/ou invalide essa alternativa como possibilidade para ser correta (ao entendermos abordagem como o enquadramento dado para a apresentação do fato pelo jornalista).

Questão 45 (Tipo 1) ou 50 (Tipo 2)

Cabe recurso para anulação.

O certo no item II seria comunicação social FRATERNA (a banca escreveu errado no enunciado) e não somente comunicação social. Isso muda o entendimento do item e, por isso, entendo que cabe pedir anulação da questão por erro no enunciado (inclusive não faz sentido a resposta certa ser comunicação social na lacuna e depois o termo ser repetido novamente no item II).


JORNALISMO – RÁDIO E TV

Questão 59 (Tipo 1) ou 52 (Tipo 2)

Cabe recurso.

Na única referência sobre podcasts que temos na bibliografia, ao falar sobre podcast solo/monólogo, simplesmente NÃO EXISTE nenhuma menção a um impedimento para fazer sobre o dia-a-dia (inclusive, do ponto de vista técnico, seria mais fácil de produzir por depender só de um único apresentador). Logo, recomendo entrar com recurso pela anulação na questão por falta de embasamento para a justificativa da banca.

Questão 51 (Tipo 1) ou 56 (Tipo 2)

Cabe recurso CLARO para anulação da questão.

A ordem correta é: (1) o do segmento, (2) o do formato, (3) o da programação e (4) o dos conteúdos em si (p. 33 da referência) A página 38 cita os mesmos itens.

A banca criou um item chamado IDENTIDADE que não existe na bibliografia original. Não tem gabarito correto.


RELAÇÕES PÚBLICAS

Questão 36 (Tipo 1) ou 51 (Tipo 2)

Cabe recurso para ANULAÇÃO porque não tem resposta correta. Pela bibliografia (p. 218 e 219), seria assim:

(2) Identificação da realidade situacional

(3) Levantamento de Informações

(7) Análise dos dados e construção de um diagnóstico

(6) Identificação dos públicos envolvidos

(5) Determinação de objetivos e metas

(4) Adoção de estratégias

(11) Previsão de formas alternativas de ação

(8) Estabelecimento de ações necessárias

(10) Definição de recursos a serem alocados

(9) Fixação de técnicas de controle

(1) Implantação do planejamento

(12) Avaliação dos resultados

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Nenhum comentário enviado.