Aprovado no concurso TRT-SP
“Os dias em que o despertador vai tocar e a vontade de não levantar vai te puxar pra baixo serão muitos. O nó na garganta e o medo serão constantes. Mas NÃO DESISTA! Tudo vai ter valido a pena quando o SEU nome aparecer na lista!”
Confira nossa entrevista com Gustavo Vianney Oliveira de Lima, aprovado no concurso do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em 2º lugar, no cargo de Analista Judiciário Área Judiciária (AJAJ):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gustavo Vianney: Antes de mais nada, quero dizer que é uma honra imensurável e uma vitória gigantesca estar, hoje, na condição de entrevistado pelo Estratégia Concursos. Desde o início, quando pensava em iniciar o estudo para concursos, assistia e lia os depoimentos de outros aprovados, me imaginei nesse dia.
Bom, eu me chamo Gustavo Vianney Oliveira de Lima, tenho 24 anos e sou formado em Direito pela Universidade Federal do Pará, Estado de onde sou e vivo (em Belém do Pará).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gustavo: Venho de uma família de servidores públicos. Meu pai militar e minha mãe civil. Então, desde muito cedo cresci com a ideia de que o serviço público oferece o conforto de uma vida estável e acabei por incorporá-la aos meus objetivos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gustavo: Felizmente, tive a rara oportunidade de me dedicar inteiramente aos estudos. Agradeço demais aos meus pais (meus anjos guardadores) por terem “segurado a barra” durante esse tempo, pois os gastos são muitos: passagens, hospedagens, materiais, etc.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gustavo: Meu primeiro concurso público foi o do TRT8 (Pará e Amapá) em 2015, quando ainda estava na Universidade. Nele, considero ter ido bem, porém a discursiva me derrubou.
Depois dele, dei uma pausa para me dedicar ao final do curso (TCC e demais atividades).
Após a formatura (início de 2017), retornei aos estudos. Inicialmente, planejava me dedicar direto ao estudo de carreiras fins, como magistratura e procuradoria. Porém, como são cargos que demandam uma preparação mais detalhada, árdua e demorada, resolvi mudar o foco e enfrentar a onda de TRTs que estavam por sair, e que me dariam perspectivas de resultados a prazos mais curtos.
Assim, em 2017 prestei 03 (três) concursos de TRTs: TRT/CE, TST e TRT/RN.
Quando possível, fazia duas provas: uma de manhã e outra à tarde; nível médio e nível superior.
Nesses concursos, considero ter ido bem. Porém, precisava de um pouco mais de experiência tanto na resolução das provas objetivas, como, e principalmente, nas provas subjetivas.
Nós que prestamos concursos de TRTs sabemos a diferença que uma questão, ou um ponto, é capaz de fazer na classificação final, então eu precisava aprimorar alguns pontos, em especial nas provas discursivas.
Lembro que após a prova do TRT/RN, última de 2017, eu estava super feliz e confiante nos resultados, pois considerava ter ido realmente bem, e por isso já não considerava continuar estudando para TRTs. Inclusive, já havia retomado os estudos para as carreiras fins.
Porém, quando recebi os resultados, vi que meu desempenho não tinha sido suficiente. Apesar de não terem sido ruins, eu tinha vontade e sabia que podia lograr resultados melhores.
Então, um pouco triste, mas com muita garra, voltei atrás e aos estudos para TRTs, já em 2018. Foi um ano de ótimas notícias para quem presta TRTs, pois sairiam 04 (quatro), dentre eles os dois maiores do país: TRT/PE, TRT 15 (Campinas), TRT/RJ e TRT/SP. Era a minha chance de retornar com tudo e conquistar o meu lugar!
Um pouco antes de ter recebido o baque dos resultados “ruins”, saiu o edital do TRT/PE. Lembro de estar olhando o edital e, na parte das disciplinas, ter visto “informática”. Pensei: “esse eu não faço de jeito nenhum!”. Porém, alguns dias depois, recebi os resultados que não me satisfizeram e tive que engolir aquela “informática” que nunca tinha estudado na vida. Partiu Pernambuco!
(Vou me divagar um pouquinho no concurso de Pernambuco porque ele também é bem especial KKK).
Para chegar em Pernambuco não foi fácil: a prova caía em véspera de feriado, então as passagens estavam caríssimas. O caminho mais barato era ir pra Fortaleza e, de lá, pegar um ônibus para Recife. Foram 14 Horas de ônibus. VAMSSIMBORA! Grande parte dessas 14 Horas eu fui estudando e revisando as anotações. Frio, barulho, sem sinal de rede.. estuda!
No final das contas, tudo aquilo valeu MUUUUUUUUUITO a pena! Hoje, enquanto escrevo aqui, aguardo pela nomeação no TRT 6 (Pernambuco), pois lá consegui a 5ª colocação de TJAA. Felicidade absurda!!!
Passado o TRT/PE, o próximo concurso seria o TRT Campinas (15ª Região). Tudo certo. Muda cronograma, adapta os estudos. Vi que lá cairia um tal de Regimento Interno (ai meu Deus), mas vamo que vamo pra mais um! Chegando lá em Campinas, por conta da greve dos caminhoneiros o concurso cancelado!
Essa foi a experiência mais estressante da minha vida! Afinal, chega um ponto do estudo em que você só quer que a prova chegue logo e passe, independentemente do resultado. Então, chegar lá, pilhado demais, e não poder fazer a prova foi horrível.
Mas fazer o que, né? Vida que segue!
Próximo concurso: TRT/RJ. Pré-copa. O Hexa VEM! Veio nada kkk
Próximo: TRT/SP!!! Cara……. drama de novo!
Chegando no aeroporto de Belém, até então estava tudo certo. Meu vôo seguiria direto pra SP e e eu chegaria em SP por volta de 11h. Porém, um radar da companhia aérea em São Paulo havia queimado, e os vôos estavam sendo todos cancelados! Pergunto pro atendente: mas meu senhor, não tem como me encaixar em qualquer vôo por aí? Ele: Tudo lotado! Digo pra minha mãe: Mãe, se for o caso, eu vou amanhã de manhã (no domingo, dia da prova) e faço só a prova da tarde. Eu tava disposto a dar um jeito.
No fim, a solução foi um vôo que fez o seguinte trajeto: BELÉM – FORTALEZA – RECIFE – SÃO PAULO (Agradeço demais ao moço do aeroporto que conseguiu me colocar nesse vôo horrível! Kkk).
Cheguei em SP 22h, no local onde ia ficar 23h e consegui dormir 00h. Cansaço extremo. Mas olha, Deus me fez dormir naquele dia como eu nunca tinha dormido antes de uma prova. Normalmente, eu não conseguia pregar o olho, mas naquele dia, acredito que muito em função do cansaço, eu dormi muito bem.
5h da manhã, o despertador toca, aquele, por bem ou por mal, seria o último TRT que eu faria na vida. Eu tinha que dar TUDO de mim!
Enquanto tomava banho, pulava e me batia (sabe aquilo que o Cezar Cielo fazia? Kkkk pois é!), e escutava a música “Tá Escrito” do Grupo Revelação. VAMBOOOOOOOOOOORA!!!!!!!!!!!! Prova de manhã e de tarde. Fim. Acabou! TRT nunca mais!
Naquele ponto da minha trajetória, eu já estava bem feliz com o resultado de Pernambuco, sabe? Até que veio o resultado de SP.
Alguém, em um dos tantos grupos de TRT que a gente tem no celular, enviou: “Gente! Saiu o resultado de SP!”.
Coração na boca. Procurei pelo meu nome. Lá estava! LÁ ESTAVA! SEGUNDO LUGAR AJAJ! MEU DEUS! O QUE EU FAÇO!???? PEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!! COMO ASSIM???? SEGUNDO???? SEGUNDO LUGAR?????????!!!!!!!!! SEGUNDO LUGAR AJAJ!!!!!! (A trilha sonora desse momento foi “Dog Days Are Over” da Florence and the machine e, claro, “Tá escrito”).
Corri pra abraçar meu pai e liguei pra minha mãe que, infelizmente, nesse momento estava longe.
Desde então, ainda é um pouco difícil acreditar, viu?! A felicidade é absurda, e ver a felicidade nos olhos dos pais é indescritível.
Um detalhe: quando fui aprovado em 5º TJAA no TRT/PE, o Estratégia entrou em contato comigo pra que a gente marcasse uma entrevista. Porém, a entrevista seria na semana anterior ao concurso do TRT/SP, e eu, muito triste, preferi não ir, pois há uma semana de uma prova todo segundo de estudo é valioso. Enviei uma mensagem me desculpando por não poder ir, mas que esperava de coração poder retornar lá em outro momento. Eis que o momento chega!!!! ELE CHEGA, GENTE! KKKKKK
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Gustavo: Bem, como a sensação é indescritível, vou tentar expressar da forma mais fiel possível:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!! NÃO ACREDITO! O QUE EU FAÇO? COMO ASSIM??? É SÉRIO??????? PAI E MÃE, SOU 2º LUGAR AJAJ!!!!!!!!!!!!!!
Foi lindo! :’)
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gustavo: Como tive a feliz oportunidade de me dedicar inteiramente aos estudos, conseguia ter uma social boa: saía com amigos e com a minha família com frequência. Não abdiquei do descanso nos finais de semana. Como o estresse era imenso, descansar foi essencial.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Gustavo: Moro com a minha mãe e minha irmã, meu pai em outra cidade, e namoro. Eles sempre apoiaram a minha caminhada de forma incondicional. Apesar das dificuldades, meus pais nunca mediram esforços e me permitiram trilhar meu próprio caminho. Seja de que forma fosse: custeando tudo, orando por mim ou me escutando quando precisei, eles estiveram lá!
Minha irmã também sempre torceu demais e me apoiou. Seja não escutando música alta enquanto eu estudava, ou fazendo questão de me desejar boa prova a cada viagem, sempre torceu muito por mim!
Quanto à minha namorada, ela também sempre me apoiou! Às vezes brigávamos quando, excepcionalmente (!!! Essa é uma indireta pra ela kkkkkkk), eu tirava um pouco mais do sábado pra terminar algum assunto ou algo assim, mas ela sempre foi maravilhosa também.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gustavo: Não. Não acho que valha a pena fazer outros concursos com focos diferentes.
Claro que cada experiência é única, mas, pela minha, eu não considero uma boa estratégia prestar concursos com focos diferentes.
Isso porque já considero difícil conciliar editais de TRTs diversos (em um cai raciocínio lógico, em outro informática, em outro regimento interno, etc), quanto mais de órgãos diferentes.
Pretendo continuar minha caminhada até a Magistratura ou Procuradoria do Trabalho!! Torçam por mim!!! KKK
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Gustavo: Ao todo, estudei de Maio/2017 à Julho/2018. Cerca de 1 ano e meio.
Não contando com o que já havia estudado em 2015, quando prestei o TRT8, e em 2016 quando prestei a OAB.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Gustavo: Não. Ao longo desse período 2017-2018 foram muitos TRTs. Ao todo 07 (sete), então sempre tinha algum edital na praça. Isso foi ótimo, já que é muito mais motivador estudar com uma prova com data marcada.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gustavo: Ao longo da preparação utilizei os seguintes materiais: Cursos em PDF, Livros e Vídeoaulas.
Principalmente no início da preparação, esses foram os materiais essenciais para que eu construísse uma base mais forte de conteúdo. A única desvantagem de cada um deles é o tempo que se leva para finalizá-los. Inclusive por isso, indicaria mais o estudo por PDFs do que por Livros e Vídeo-Aulas, que, dentre eles, é o mais rápido.
Porém, do meio para o final da minha trajetória, eu foquei especialmente em LEI SECA (o que inclui Súmulas e OJs) e QUESTÕES. Considero esse o combo essencial na preparação de TRTs.
Se possível, repetir a leitura de leis 2, 3, 7 vezes! Até grudar na cabeça e não sair mais de jeito nenhum, e associando a muitas questões!
As provas de TRTs são bem letra de lei, então acredito que a melhor preparação envolva a leitura seca de lei e questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gustavo: Conheci o estratégia justamente buscando um curso preparatório para o TRT8, em 2015.
Por ter considerado uma ótima experiência e os materiais muito completos, ao retornar aos estudos recorri novamente ao Estratégia!
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Gustavo: Sem dúvida, a quantidade de disciplinas e assuntos é imensa, e o tempo muito curto.
Com editais sempre na praça, já quase não parava para ler a teoria. Somente recorria à teoria para reforçar algum assunto no qual percebia estar fraco, geralmente aos sábados.
De segunda à sexta-feira, focava exclusivamente em lei seca + questões (combo essencial). Costumei seguir planilhas de horários que eu mesmo montava, nas quais buscava encaixar todas as disciplinas do edital num único dia.
Se não fosse possível encaixar todas no mesmo dia, alternava as de conhecimentos básicos (português, raciocínio lógico, PCD, etc.) dia sim e dia não. Com o tempo curto e a grande quantidade de matérias, busquei estar em contato quase diário com todas elas.
Abaixo vou colar o horário que fiz pro TRT/SP:
Minha rotina de estudos era essa. Começava 8h e terminava por volta das 20h, incluindo os descansos, que são essenciais!
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gustavo: Não tive dificuldade com alguma disciplina em especial, mas, dentro de cada uma delas, as dificuldades surgiam em determinados assuntos.
Para superá-las, reservava um tempo na rotina apressada de questões e lei seca para estudá-las com mais calma (geralmente aos sábados), e, para isso, usava os PDFs do Estratégia, que são materiais completos e, ao mesmo tempo, resumidos.
Porém, tive grandes dificuldades em disciplinas de conhecimentos básicos que nunca tinha estudado, como Raciocínio Lógico e Informática. Com relação a elas, a estratégia para superá-las “na marra” foi bater de frente com muuuuuuuuitas e muitas questões.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Gustavo: Como foram tantos os editais de TRTs nos últimos dois anos, vivemos uma constante reta final. Ao terminar uma prova, já sabíamos quando seria a outra, e aí tínhamos que readaptar o estudo, incluir uma e excluir outra disciplina. Então era uma constante reta final.
Nessa preparação, o que considero essencial é o combo lei seca + questões.
Na prática, era assim: resolvia questões e circulava no vade mecum os dispositivos de lei que foram cobrados na questão. Faltando uma ou duas semanas para a prova, abria o vade mecum, que a essa altura já tinha muitos dispositivos marcados (das questões que havia resolvido) e relia todos.
Foi um método que aprendi com um professor de cursinho e que me ajudou MUUUUUUITO mesmo! Vale a pena experimentar!
Bem, como relatei anteriormente, a véspera de prova do TRT/SP foi extremamente cansativa.
Mas quanto às vésperas de prova, já houveram algumas em que relaxei, outras em que estudei, e ambas as experiências foram igualmente válidas e sadias. Acredito que a decisão sobre estudar ou descansar na véspera da prova seja muito do estado de espirito de cada um.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gustavo: Considero EXTREMAMENTE importante fazer um curso de discursivas. Só consegui ter bons resultados após ter feito um curso de discursivas, mais especificamente de Redação.
Enquanto não treinava redação, obtinha bons resultados na parte objetiva, mas caía demais na discursiva.
Tive de passar por 4 concursos para entender e dar a devida importância ao estudo das discursivas.
Somente após o “tombo” do final do ano de 2017 foi que comecei a treinar redação, e os resultados não poderiam ter sido melhores: 5º TJAA no TRT/PE e 2º AJAJ no TRT/SP, resultantes justamente da melhora da minha nota na prova discursiva
Então, aconselho muito a fazerem um curso de discursivas!
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gustavo: Sempre erramos. Se não na ordem dos estudos, na esfera pessoal. O meu grande erro, ainda que involuntário, foi ter ficado estressado demais. Minha tensão era absurda. Quanto mais próximo da prova, mais abdicava de horários de descanso e acabava ficando muito desgastado física e psicologicamente.
Quanto aos acerto, o maior foi não ter desistido! É difícil, é MUITO difícil. Só nós, que ficamos lá sentados por horas e horas sem saber se um dia vai dar certo, tropeçando e levantando, sabemos o quão difícil é.
Então, o grande acerto foi, sem dúvida, não desistir!
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Gustavo: Sim, sem dúvida. Cheguei a pensar em desistir sim!
O mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação, que foi justamente o que me fez pensar em desistir também, foi a transição da Universidade para a vida.
Ainda muito novo, é muito complicado saber qual é o caminho certo a seguir, e isso me angustiava de uma forma muito intensa. Enquanto estava trancado no quarto estudando, parecia que a vida corria lá fora e que eu estava perdendo tempo e deixando de aproveitar minha juventude. Foi um conflito imenso. Crescer é difícil!
Segui em frente graças à fé e ajuda dos meus pais, que acreditaram mais em mim do que eu mesmo. Me deram conselhos sábios de quem já passou pelo mesmo e que me fizeram ter certeza de que um dia valeria muito a pena.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Gustavo: Sem dúvida, meus pais! Tenho uma foto deles dois juntos na minha mesa de estudos, de onde eles sempre estiveram me olhando e sorrindo para mim.
Quando sorri ou quando chorei sozinho de angústia, eles estiveram ali.
O riso e o orgulho deles foi minha maior vitória.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gustavo: Égua! (Não podia de deixar o toque paraense por aqui! Kkk)
A mensagem é: NÃO DESISTA!
Sei que parece muito abstrato e fácil de ser dito na minha posição, mas é a mensagem que deve ser mantida no coração.
Os dias em que o despertador vai tocar e a vontade de não levantar vai te puxar pra baixo serão muitos. O nó na garganta e o medo serão constantes. Mas NÃO DESISTA! Tudo vai ter valido a pena quando o SEU nome aparecer na lista!
É indescritível. Tão indescritível que vou preferir deixar um trecho da música que eu adotei como trilha sonora da minha trajetória:
“Tá escrito” – Revalação:
Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente e não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar a sua hora
Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta e não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer
É dia de sol, mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender
Se colhe o bem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar
Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar
Um imenso abraço!!
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