Aprovada no concurso TRF-4
“Persista. Continue. O resultado vem depois de bastante esforço, disciplina e algumas renúncias. No meio do caminho, não vemos a linha de chegada, mas ela está lá: esperando por aqueles que não desistem. O estudo para concurso exige, acima de tudo, constância. Fazer o estudo virar rotina. Estudar ainda que, às vezes, falte motivação. Gosto muito da frase “É justo que muito custe o que muito vale”, de Santa Teresa D’Ávila. Pois para a aprovação também é assim: custa muita dedicação e muito querer, mas, no fim, vale muito a pena”
Confira nossa entrevista com Nathália Reyes, aprovada no concurso TRF-4 no cargo Técnico Judiciário:
Estratégia Concursos: Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Nathália Reyes: Sou formada em Direito. Tenho 25 anos. Sou de Pelotas, Rio Grande do Sul.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Nathália: Desde que entrei na faculdade já pensava em estudar para concursos assim que me formasse. Acredito que não tenho muito perfil para a advocacia. Ter um cargo público sempre me chamou mais atenção, pela possibilidade de estabelecer uma rotina de trabalho e também uma estabilidade financeira.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Nathália: Me dediquei inteiramente aos estudos, embora tenha atuado enquanto advogada em alguns processos isolados. Encarei o estudo para concursos como um trabalho, estabelecendo carga horária e metas diárias.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Nathália: Fui aprovada em 2º lugar no concurso do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, para o cargo de Técnico Judiciário.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?
Nathália: Foi uma mistura de sentimentos. Havia acertado 49 das 50 questões da prova, mas ainda assim não estava confiante o suficiente ao abrir a lista dos aprovados. Não sabia sobre o desempenho dos demais e também estava na expectativa quanto à parte discursiva. Sonhamos tanto com esse dia que, quando ele finalmente chega, parece que não é verdade. Quando vi meu nome, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo um pouco em choque. Depois de um tempo, caída a ficha, comemorei muito.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Nathália: Enquanto formei minha base de estudos nas matérias mais importantes, fui mais flexível. Sempre procurei cumprir minhas metas diárias de estudo durante a semana para, no final de semana, dedicar mais tempo à minha família e ao meu noivo. Acredito que a busca pelo equilíbrio é essencial, pois nunca teremos a garantia de quanto tempo passará até que sejamos aprovados. Por outro lado, acredito que o cenário muda a partir de quando sai o edital do concurso que queremos. A partir daí, estabelecer uma rotina de estudos mais intensa e, consequentemente, mais rígida, fez diferença para mim.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Nathália: Sou noiva. Moro com minha família. Todos sempre compreenderam e incentivaram minha trajetória de estudos. O apoio de cada um foi extremamente importante nessa fase. De modo especial, agradeço muito a minha família, que além de me incentivar nos estudos, também compreendeu principalmente os momentos em que precisava haver silêncio em casa; e agradeço ao meu noivo, por todos os momentos em que esteve ao meu lado enquanto eu estudava e também pelas palavras de incentivo e de apoio em todas as etapas.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Nathália: Depende muito. Acredito que vale a pena realizar outros concursos durante a trajetória de estudos, para testar nosso conhecimento e adquirir experiência de realização de prova. Porém, acredito que o estudo deve estar sempre direcionado para o cargo que almejamos, para não perdermos o foco.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovada?
Nathália: Minha trajetória de estudos até o concurso foi de 1 ano e 6 meses no total. Nesse período, estudei de forma gradual e aprofundada as principais matérias. Ainda não estava focada especificamente no concurso do TRF, embora tivesse interesse. Para ele, direcionei o meu estudo durante os 5 meses que antecederam a prova.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Nathália: Sim. Me formei em 20 de janeiro de 2018. 11 dias depois, dia 31 de janeiro, já iniciei os estudos para concurso, de forma ininterrupta até o concurso do TRF, que ocorreu dia 04 de agosto de 2019. Sempre me considerei uma pessoa disciplinada. É evidente que há dias nos quais não estamos dispostos, outros em que estamos mais desanimados, mas é justamente nesse momento em que a disciplina deve aparecer e nos fazer realizar o que realmente queremos fazer. É um processo interno constante de fazer prevalecer nossos reais objetivos, sem se deixar abater por sensações pouco agradáveis. Pessoalmente, o que me manteve foi principalmente a certeza de que era isso o que eu queria para a minha vida, e a motivação em relação aos próximos passos que eu gostaria de dar na minha vida a partir da minha aprovação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Nathália: Conheci através da Internet, ao pesquisar sobre concursos públicos. Mas o primeiro material que adquiri foi para o concurso do MPU, em 2018. Posteriormente, também adquiri o curso de Redação do Estratégia, ministrado pelo professor Raphael Reis, para o concurso do TRF.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Nathália: Inicialmente, assisti videoaulas e registrei todo o conteúdo em um material próprio, no Word. Acrescentei alguns trechos de livros. Posteriormente, conheci outros materiais, entre eles o do Estratégia. O que melhor funcionou para mim foi unificar o conteúdo lido e estudado em um só arquivo, elaborado por mim. Além disso, realizei um estudo constante da letra da lei e me atualizei semanalmente da jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Nathália: Desde que iniciei meus estudos, lá em janeiro de 2018, realizei revisões dos conteúdos já estudados. Após meu primeiro dia de estudo, lembro que pensei que precisaria ter um cronograma de revisões, pois, caso contrário, não me recordaria do que havia estudado. Na época, pesquisei no Google e defini que faria revisões periódicas. Assim, todos os dias aprendia conteúdos novos e também revisava conteúdos aprendidos anteriormente. No começo, fazia resumos à mão. Mas me consumia muito tempo. Logo, posteriormente, passei a revisar apenas relendo os pontos principais do meu próprio material digitado. Desde o início sempre realizei exercícios também, diariamente. Quanto à carga horária, costumava estudar dois turnos integralmente.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Nathália: Havia disciplinas a respeito das quais eu já havia construído uma boa base durante a faculdade; outras, sentia como se estivesse entrando em contato com os conteúdos pela primeira vez. Em ambos os casos, porém, existem dificuldades em certos pontos, mas nada que força de vontade, disciplina e bons materiais não resolvam. Ouvimos muito e, na prática, é verdade: não tem mistério. Basta fazer, diariamente, e os resultados vêm.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Nathália: Na semana que antecedeu a prova, eu já havia estudado praticamente todo o conteúdo do edital. Assim, só me restava revisar o conteúdo e foi o que fiz, nos três turnos, todos os dias. Nesse período, foquei principalmente em reler a Constituição Federal e os Códigos. Quanto à véspera, estudei os 3 turnos também. Sempre fui aquela aluna que revisava até a entrada na prova e sempre me senti bem assim. No fim, isso me deu uma grande resistência física, que foi fundamental para o dia da prova, já que realizei a prova de técnico judiciário pela manhã e a prova de analista judiciário à tarde.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Nathália: Eu adquiri o curso de Redação do Estratégia, do professor Raphael Reis, e li um pouco sobre alguns temas que eram indicados. O que eu aconselho é se informar sobre temas importantes, que podem ser cobrados na prova; realizar um bom estudo de português, caso a pessoa não tenha uma boa base; e também treinar para controlar o tempo de prova. Certamente adquirir um bom material faz toda a diferença para o estudo nesta fase.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Nathália: Nos meus primeiros meses de estudos, em 2018, eu não fazia o famoso estudo (constante) da letra da lei, isto é, não lia os Códigos com tanta disciplina, e não acompanhava muito a jurisprudência. Estava priorizando as videoaulas, na época. Assim que comecei a ler o Vade todos os dias, e a acompanhar a jurisprudência semanalmente, melhorei meu desempenho. Não acredito que tenha um caminho único para a aprovação. Cada pessoa encontra seu método, adapta à sua rotina e, com bastante esforço, chega lá. Mas acredito que os meus maiores acertos foram: ter efetuado revisões desde a minha primeira semana de estudos e ter realizado muitos exercícios de provas anteriores.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Nathália: Nunca pensei em desistir. Mas às vezes tinha dias menos motivada, porque o estudo para concurso é um trabalho silencioso, muito gradual, e, em certos casos, solitário. Demoramos para ver os frutos e surgem dúvidas em relação a estarmos no caminho certo ou mesmo sobre o tempo que levará até passarmos. Mas, em momento assim, sempre tive um grande apoio da minha família, do meu noivo e das minhas amigas (algumas também concurseiras). Fazer atividade física também faz muita diferença nessa fase e ajuda bastante para nos mantermos no ritmo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Nathália: A certeza de que era isso o que eu queria e também os planos que eu gostaria de concretizar a partir da aprovação no concurso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Nathália: Eu diria: persista. Continue. O resultado vem depois de bastante esforço, disciplina e algumas renúncias. No meio do caminho, não vemos a linha de chegada, mas ela está lá: esperando por aqueles que não desistem. O estudo para concurso exige, acima de tudo, constância. Fazer o estudo virar rotina. Estudar ainda que, às vezes, falte motivação. Gosto muito da frase “É justo que muito custe o que muito vale”, de Santa Teresa D’Ávila. Pois para a aprovação também é assim: custa muita dedicação e muito querer, mas, no fim, vale muito a pena.
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