Como escrever uma boa redação sobre o tema Etarismo.

Fala, estrategistas! Vamos aprender sobre como escrever uma boa redação sobre o tema Etarismo?

O etarismo é a discriminação ou preconceito baseado na idade de uma pessoa. É uma prática discriminatória e pode ocorrer entre jovens, adultos e idosos, tendo uma incidência maior contra os mais velhos. Esse conhecimento é necessário para sabermos como escrever uma boa redação sobre o tema Etarismo.

Entendendo o conceito de Etarismo.

O autor Butler foi um dos pioneiros na pesquisa de envelhecimento, introduzindo o tema etarismo na literatura acadêmico-científica. Butler usou a palavra “ageism” para descrever “preconceito por um grupo de idade contra outro grupo de idade” e o chamou de outra forma de intolerância (bigotry), similar a racismo e sexismo. (BUTLER, 1969, p. 243)

Em um segundo momento, o autor definiu o etarismo como “um processo sistemático de estereótipos e discriminação contra pessoas porque elas são mais velhas”.

Além de etarismo, essa prática pode ser chamada de idadismo ou ageismo, sendo que este último termo deriva de ageism, palavra criada no inglês para mencionar esse preconceito.

O etarismo se manifesta em diversos ambientes, mas principalmente no ambiente familiar, profissional e de saúde. Pode causar graves sequelas psicológicas nas vítimas. Para sabermos como escrever uma boa redação sobre o tema Etarismo, vamos falar um pouco mais sobre cada aspecto.

Etarismo no Brasil.

Diante da diminuição do ritmo de crescimento da população e de mudanças na estrutura etária, o Brasil está diante de um novo paradigma demográfico.

Em um futuro breve, a partir de 2035, o contingente populacional terá uma estrutura etária super envelhecida. Apesar do crescimento da população de idosos no mundo, o etarismo (ageism) continua negligenciado como uma forma de preconceito. A discriminação voltada aos mais velhos, contudo, pode afetar um número crescente de pessoas, face ao envelhecimento da população.

Etarismo no Trabalho.

Podemos considerar o etarismo no local de trabalho, em particular, como  um problema mundial enquanto os estereótipos etaristas influenciam a percepção dos empregadores de trabalhadores mais velhos.

Os empregadores os consideram incompetentes, em razão do declínio das capacidades físicas e mentais, e difíceis de serem treinados, tal evento contribui para a sua demissão. Por essas razões, a discriminação no local de trabalho em razão da idade tem uma importância crescente na sociedade moderna.

Assim, a  idade é fator de distinção entre os indivíduos e submete as pessoas às normas sociais, moldando a conduta das atividades dos seres humanos.

Os mitos sobre idade são tenazes, especialmente quando existe um autointeresse nas corporações em preservar uma equipe de trabalhadores mais novos que recebem menores salários.

Etarismo nas mais variadas relações.

A manifestação do etarismo pode ocorrer por meio de violência psicológica, verbal ou física. Contudo, o etarismo é visto como um preconceito oculto, dado que está enraizado em nossa sociedade e se expressa por meio de métodos que podem ser bastante discretos.

Vamos dar alguns exemplos de etarismo observado nas relações familiares, no ambiente profissional e em vários outros aspectos da sociedade: 

• Chamar alguém de “velho” ou “velho” de forma depreciativa;
• Rejeitar a opinião de alguém apenas por ser idoso ou muito jovem;
• Levar em conta que um indivíduo é incapaz de realizar algo devido à sua idade;
• Declarar que todo adolescente é incômodo apenas por sua idade.

Danos causados.

Os prejuízos que o etarismo pode provocar são consideráveis, especialmente o dano psicológico. Este preconceito atinge os jovens no sentido de que, devido à sua juventude, como os adolescentes, suas opiniões podem ser invalidadas ou tratadas de forma desrespeitosa.

No ambiente de trabalho, o etarismo contra os jovens se expressa quando um indivíduo jovem é desqualificado para um cargo de gestão, por exemplo, simplesmente por ser jovem.

Embora o etarismo também seja praticado contra os jovens, os idosos são o grupo mais afetado por esse preconceito. Conforme um indivíduo envelhece, surge uma intensa pressão social para regular o comportamento dessas pessoas. Há também uma grande desconfiança em relação às ações de um indivíduo idoso, como se ele fosse incapaz de fazer suas próprias escolhas.

É bastante frequente que os desejos dos idosos sejam ignorados, já que são vistos como incapazes de fazer suas próprias escolhas devido à sua idade. Isso ocorre na esfera familiar, médica e em diversas outras áreas.

Etarismo contra idosos no Brasil e no mundo.

O etarismo não é um problema exclusivo do Brasil. Por meio de um estudo, a Organização Mundial da Saúde revelou que um em cada seis idosos no mundo já foi vítima de algum tipo de violência ao longo de sua existência. Esta pesquisa considera como forma de violência o etarismo.

Ademais, outras estatísticas indicam que o etarismo é um preconceito amplamente difundido nas famílias, já que aproximadamente 50% dos casos de etarismo são cometidos pelos próprios filhos. Vizinhos e netos são grupos que frequentemente reproduzem o etarismo, sendo este um problema frequente em consultas médicas. Presume-se que a taxa de etarismo tenha crescido significativamente durante a pandemia de COVID-19.

O estudo da OMS também indicou que, até 2050, haverá aproximadamente 2 bilhões de idosos, tornando-se imprescindível tomar medidas para evitar a disseminação do etarismo. Estima-se que, nas próximas décadas, o Brasil terá uma das populações mais idosas do mundo. É importante lembrar que o etarismo pode se expressar por meio de violência psicológica, verbal e até mesmo física.

Soluções para combater o Etarismo.

A luta contra o etarismo requer uma estratégia multifacetada que inclua a sensibilização, o incentivo à diversidade e a formulação de políticas públicas. Podemos listar os principais aspectos abaixo:

• Consciência;
• Incentivar a sensibilização acerca do etarismo e suas implicações;
• Eliminar preconceitos associados à idade;
• Valorizar as habilidades e vivências individuais, sem considerar a idade;
• Prevenir comentários e piadas que reforçam estereótipos negativos sobre a idade;
• Promover a contratação de indivíduos com mais idade;
• Desenvolver locais de trabalho mais inclusivos;
• Assegurar que todas as idades tenham acesso às mesmas chances;
• Incentivar a interação entre gerações;
• Políticas governamentais;
• Estabelecer políticas públicas que assegurem a inserção de indivíduos de todas as idades no mercado de trabalho;
• Assegurar um serviço de saúde de alta qualidade;
• Promover campanhas de comunicação para aumentar a compreensão do processo natural da vida.

Finalizando nosso assunto.

A maneira mais eficaz de enfrentar esse preconceito etário é informar a população sobre as dificuldades que ele pode causar. A discriminação fundamenta-se em estereótipos, frequentemente difundidos pela mídia e pelo setor industrial, que empregam o discurso anti-idade em campanhas publicitárias, representando o corpo envelhecido como algo indesejável. É necessária uma mudança nessa visão e adotar novos valores na sociedade moderna.

Por hoje é isso, pessoal!

Abraços e até a próxima.

Bárbara Rocha

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