Domine o uso da crase e evite um dos erros mais comuns nas questões de Português nos concursos públicos
A crase é um dos assuntos da Língua Portuguesa que mais geram dúvidas entre concurseiros. Mesmo candidatos experientes costumam se confundir na hora de identificar quando o uso do acento grave é obrigatório, facultativo ou simplesmente incorreto.
As bancas adoram explorar a crase em diferentes contextos, desde frases simples até construções mais complexas, envolvendo pronomes, locuções e expressões femininas. O segredo está em compreender a lógica por trás da fusão entre a preposição “a” e o artigo ou pronome feminino, e saber aplicá-la corretamente em cada situação.
Neste artigo, reunimos questões de crase que já caíram em concursos anteriores, para que você veja na prática como o conteúdo é cobrado, identifique os casos mais recorrentes e aprimore sua segurança na hora da prova.
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A ideia é que, ao analisar e resolver essas questões, você consiga identificar padrões, aprimorar seu raciocínio e se preparar de forma mais estratégica para os próximos desafios.
No que se refere ao correto uso da crase, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – O proprietário começa a trabalhar às 08 horas.
II – Estávamos esperando desde às 10 horas.
III – Fomos à São Paulo.
A) Apenas o item I é verdadeiro.
B) Apenas o item II é verdadeiro.
C) Apenas o item III é verdadeiro.
D) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
E) Todos os itens são verdadeiros.
A) Apenas o item I é verdadeiro.
Assinale a alternativa redigida segundo a norma-padrão de concordância e emprego do sinal de crase.
A) Exposto às pessoas presentes, a proposta do plano de seguridade, que não as favorecem, foi rejeitada.
B) Foi feito, à partir das sugestões dos funcionários, alterações substanciais nos horários de trabalho.
C) Os dados foram devidamente analisados para que, enviado às chefias, não houvesse reparos à fazer.
D) Frente à frente com novas tecnologias, uma pessoa pelo menos ficou meia hesitante em adotá-las.
E) Os envolvidos obedeceram à ordem de dar continuidade apenas ao projeto que não os deixará sujeitos a prejuízo.
E) Os envolvidos obedeceram à ordem de dar continuidade apenas ao projeto que não os deixará sujeitos a prejuízo.
A Quadrilha
“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste. Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a cultura nordestina, por exemplo, a caracterização do homem do campo, do caipira ou do matuto.
No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no século XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era uma dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde era conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois, se difundiu por toda Europa.
Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro durante o período da Regência, em 1830, logo, se popularizando em todo o país.” (Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)
No primeiro parágrafo do texto 4 há uma série de incorreções gramaticais e textuais. Em cada opção abaixo foi corrigida uma dessas imperfeições; aquela em que foi feita uma correção indevida é:
A) “A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta, é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras” / faltava uma vírgula após “matuta”;
B) “…é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil…” / não deveria haver ponto, mas sim uma vírgula após “brasileiras”;
C) “…é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontece, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil…” / a forma verbal “acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança folclórica”;
D) “…é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geralmente, nos meses de junho e julho em todas as regiões do Brasil…” / os nomes dos meses são grafados com letra inicial minúscula;
E) “Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências à cultura nordestina…” / faltava o acento grave da crase.
C) “…é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontece, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil…” / a forma verbal “acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança folclórica”;
Ouvi agora dizer, os gatos do bairro, cansados da perseguição _______________ saldada em desaparecimentos constantes, querem preparar uma manifestação de protesto, reivindicando direito __________ vida. Será no largo em frente da nossa casa, acabado de inaugurar? Se a manifestação gatil for com a habitual gritaria ________________ numa chatice, pensei eu. Basta um casal nos seus jogos de amor para não nos deixar dormir, que seria de um _______________ de vinte ou trinta gatos adultos cheios de adrenalina? Trocamos impressões em casa sobre a posição a tomar, no caso de haver mesmo manifestação. Soltamos os cachorros domésticos? Chamamos a Brigada Canina, composta por elementos mais aptos __________ contornar situações semelhantes? Metemos rolhas nos ouvidos e deixamos andar? Liberais, optamos pela última posição.
(Pepetela. Crónicas Maldispostas, 2015. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
A) contumaz … a … redundará … conserto … à
B) contumas … a … redundara … concerto … em
C) contumás … à … redundara … conserto … de
D) contumas … à … redundará … conserto … de
E) contumaz … à … redundará … concerto … a
E) contumaz … à … redundará … concerto … a
Uma cena
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-se a norma-padrão, o acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:
A) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
B) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
C) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
D) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
E) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.
D) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com adaptações).
No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e artigo feminino em uma locução adverbial de modo.
C) Certo.
E) Errado.
E) Errado.
Sobre o uso da crase, analise as assertivas abaixo, com base na obra de Cegalla:
I. Na frase “Quando escrevemos, referimo-nos à tarefa de colocar por escrito as nossas ideias”, assinala-se a crase com o acento grave. A contração à, que representa a fusão da preposição a com o artigo a, não é tônica, mas pode ser proferida mais fortemente que o a átono.
II. Os termos diante dos quais ocorre a crase exercem as funções sintáticas de complementos (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal) ou de adjuntos adverbiais.
III. É opcional, na linguagem familiar, o uso do artigo diante de nomes próprios personativos. A crase, portanto, dependerá da preferência do escritor. Na língua formal, sobretudo quando se faz referência a mulheres célebres, não se usa artigo e, portanto, não se acentua o a.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
E) I, II e III.
Leia o texto para responder à questão.
Aprendemos __________ pensar que, se é natureza, não é cultura – e, inversamente, se é cultura, não pode ser natureza. A força que impele os animais __________ reprodução brota de pulsões naturais, ditas instintivas; já a instituição do matrimônio decorre de construções culturais. A fúria selvagem corresponderia __________ natureza bruta; o diálogo pacífico seria uma conquista da cultura.
(BUCCI, Eugênio. Em: https://www.estadao.com.br/opiniao/eugenio-bucci/ora-a-natureza-humana-esta-na-cultura/ 30.06.2022. Adaptado)
As lacunas devem ser, correta e respectivamente, preenchidas por:
A) a … a … a
B) a … à … à
C) à … a … a
D) à … à … a
E) à … à … à
B) a … à … à
Há pouco tempo, o trecho Goiânia – Inhumas da GO-070 recebeu novas placas de retorno. Em todas elas, há a indicação da distância. Diferentemente do usual, há nelas os enunciados: “retorno à 70m”; “retorno à 100m”. O uso do acento grave indicativo de crase nessas placas foi usado de forma
A) equivocada, uma vez que não se coloca esse acento antes de numerais, com a exceção de horas.
B) equivocada, uma vez que esse acento deve ser usado apenas para evitar ambiguidades.
C) correta, pois trata-se de uma distância especificada.
D) correta, pois usa-se esse acento diante de qualquer numeral.
A) equivocada, uma vez que não se coloca esse acento antes de numerais, com a exceção de horas.
Texto I
Inverno
A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.
Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante.
Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os tições com a ponta da alpercata. As brasas estalaram, a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando vagamente os pés do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços esfriavam recebendo o ar que entrava pela rachadura das paredes e pelas gretas da janela. Por isso não podiam dormir. Quando iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se, chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente conversa: eram frases soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia meio de dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto. […]
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2009, p. 63-64)
Sabendo-se que “trempe” é um tipo de chapa de ferro colocada em fogão à lenha para sustentar as panelas, na passagem “chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais” (3º§), percebe-se que o acento indicativo de crase justifica-se:
A) por uma escolha estilística em função de seu emprego facultativo.
B) para desfazer a ambiguidade provocada pela ausência de seu emprego.
C) devido à necessidade de concordância com o gênero e o número do verbo.
D) em função da regência do verbo e do gênero do substantivo destacado.
E) por ilustrar um registro informal e regional de uma expressão.
D) em função da regência do verbo e do gênero do substantivo destacado.
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