Descubra como a Inteligência Artificial no serviço público pode transformar o atendimento, conheça seus principais riscos e potencialidades e veja como esse tema pode cair no CNU 2025.
O uso da Inteligência Artificial (IA) já não é mais algo restrito a filmes ou laboratórios de pesquisa. Ela está cada vez mais presente no nosso dia a dia — e, de forma crescente, no serviço público.
No edital do Concurso Nacional Unificado (CNU), o tema aparece de forma clara e recorrente no Bloco 5 – Administração, distribuído em diferentes eixos temáticos, conforme podemos ver abaixo:
Conhecimentos Gerais: 6.2. Inteligência Artificial, automação e produtividade no setor público.
Eixo Temático 1: 2.10. Tendências do futuro do trabalho no serviço público: potencialidades e riscos do uso da Inteligência Artificial e 4.3. Inteligência artificial e automação de processos: potencialidades e riscos.
Eixo Temático 2: 2.3. Trabalho no setor público e uso de Inteligência Artificial: potencialidades e riscos.
Eixo Temático 5: 3.7. A ética na produção de conteúdo com inteligência artificial generativa.
Perceba que não estamos falando de um tema isolado, perdido lá no meio do edital. Ele aparece em vários pontos, se conectando com assuntos como gestão, inovação, produtividade, proteção de dados e até ética no uso de IA.
E, olha, aqui entre nós: quando um conteúdo aparece assim, em diferentes blocos, é porque a banca está mandando um recado bem claro. Por isso acredito, de verdade, que esse é um tema quente que têm grandes chances de dar as caras tanto na prova objetiva quanto na discursiva.
Se fosse para apostar fichas, essa é uma das apostas fortes. Então, bora estudar juntos?
De forma simples, podemos dizer que a Inteligência Artificial (IA) é um conjunto de tecnologias que permite que máquinas façam coisas que, até pouco tempo atrás, dependiam de pessoas — como analisar dados, reconhecer padrões, tomar decisões e até criar textos, imagens e sons.
Mas, para a sua prova, é importante gravar o seguinte conceito:
A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação dedicada à criação de sistemas e algoritmos capazes de executar tarefas típicas da inteligência humana, como aprendizado, raciocínio, percepção, compreensão e geração de linguagem natural, reconhecimento de voz e imagem, tomada de decisão e resolução de problemas complexos.
Quando pensamos no setor público, a IA vem sendo usada para agilizar processos, melhorar serviços e ajudar gestores a tomar decisões mais assertivas.
O serviço público já trouxe muitas ferramentas de inteligência artifiaiaç
Existem diferentes tipos de Inteligência Artificial e aqui, como não é o foco principal do artigo, vamos resumi-las brevemente:
A IA representa uma das maiores oportunidades de modernização do serviço público brasileiro. Seu uso, quando bem planejado e alinhado a princípios éticos e legais, pode aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a experiência do cidadão com o Estado.
Como já bem sabemos, a burocracia é um dos maiores gargalos da administração pública. Com a Inteligência Artificial, tarefas repetitivas, como análise de formulários, conferência de documentos e tramitação de processos, podem ser executadas de forma automática, liberando servidores para funções mais estratégicas.
Com IA, o cidadão pode ter acesso 24 horas por dia a serviços e informações, sem depender de horários de expediente ou deslocamentos até um órgão público. Exemplos disso são os famosos Chatbots e Plataformas Digitais, que integra autenticação e serviços digitais, com recursos inteligentes para personalizar a navegação conforme o perfil do usuário.
A IA permite que gestores públicos tomem decisões com base em dados dinâmicos e não apenas em relatórios estáticos e demorados.
Com algoritmos de análise preditiva, é possível simular cenários e antecipar problemas.
| Aspecto | Antes da IA | Com IA |
|---|---|---|
| Tempo para processar solicitações | Semanas ou meses | Horas ou minutos |
| Atendimento ao cidadão | Presencial e limitado | Digital, 24h por dia |
| Tomada de decisão | Baseada em relatórios antigos e parciais | Baseada em dados atualizados e análises preditivas |
| Fiscalização de irregularidades | Reativa, após denúncias | Proativa, identificando padrões suspeitos automaticamente |
Até aqui, vimos que a Inteligência Artificial pode fazer maravilhas pelo serviço público, mas é importante lembrar que nem tudo são flores.
Assim como qualquer tecnologia poderosa, a IA traz consigo alguns riscos e desafios que precisam estar no radar de quem vai trabalhar no setor público. Vamos entender melhor esses riscos:
A IA depende de grandes volumes de dados para funcionar. No setor público, isso significa lidar com informações sensíveis de milhões de brasileiros, o que exige rigor absoluto no cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Assim, como exemplo, podemos citar um chatbot mal configurado quepode expor informações sigilosas de um cidadão, violando direitos de privacidade.
A automação pode eliminar funções mais repetitivas, reduzindo a necessidade de mão de obra em determinadas áreas. Isso exige políticas de requalificação e redistribuição de servidores para funções mais estratégicas.
Grande parte das soluções de IA no Brasil é fornecida por empresas privadas.
Essa dependência pode gerar custos elevados, restrições contratuais e até riscos de interrupção de serviços se houver quebra de parceria.
Se os dados usados para “ensinar” a IA estiverem enviesados, as decisões geradas também estarão.
Isso pode gerar injustiças, discriminação ou tratamento desigual a cidadãos ou regiões.
O avanço da Inteligência Artificial e de outras tecnologias emergentes não apenas muda a forma como o governo entrega serviços, mas também transforma profundamente o papel e o perfil do servidor público.
Vamos entender essas tendências de forma mais detalhada.
A digitalização e a automação criam a necessidade de servidores que saibam trabalhar com dados e tecnologia. Isso não significa que todos precisarão ser programadores, mas será essencial compreender conceitos básicos de análise de dados, segurança da informação e operação de sistemas inteligentes.
Com a consolidação da IA, novas funções estão surgindo no setor público, muitas delas adaptadas de cargos que antes só existiam no setor privado ou na academia. Dentre algumas funções em alta, estão a de gestor de dados, especialistas em cibersegurança, analistas de IA e automação.
A transformação digital no serviço público é contínua, e a obsolescência de conhecimentos técnicos acontece de forma cada vez mais rápida.
Isso significa que formação inicial não basta — o servidor precisará se atualizar de forma permanente.
Agora é a hora que muita gente espera: como levar tudo isso para a redação?
Não vamos aprofundar demais aqui, pois o Estratégia já tem professores que ensinam, passo a passo, como fazer uma redação matadora sobre qualquer tema.
Meu objetivo aqui é plantar a semente para você refletir sobre como trabalhar IA no serviço público na discursiva, usando o que já vimos até aqui.
Antes de escrever qualquer linha, leia com atenção o texto base da prova. Ele costuma trazer informações, dados ou exemplos que o examinador quer ver na sua resposta.
Depois, analise bem o enunciado: ele vai indicar o viés esperado pelo examinador.
Dito isso, vamos pincelar uma estratégia mais generalista:
Introdução
A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das principais forças transformadoras do serviço público, permitindo maior eficiência, agilidade e precisão na entrega de serviços à população. Entretanto, seu uso também levanta questionamentos sobre segurança, ética e impactos no mercado de trabalho […]
Desenvolvimento
Entre as potencialidades, destacam-se a automação de processos burocráticos, que reduz prazos e custos, a melhoria na prestação de serviços por meio de atendimentos digitais personalizados e o apoio à tomada de decisão com base em dados em tempo real. Esses avanços podem aumentar a transparência e fortalecer a governança pública. […]
Por outro lado, é preciso considerar riscos como a violação de dados pessoais, em desacordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o viés algorítmico, que pode gerar decisões discriminatórias, e a dependência tecnológica de fornecedores privados. Tais pontos indicam a necessidade de regulamentação e monitoramento constante. […]
Conclusão
Portanto, para que a IA se torne uma aliada no fortalecimento do serviço público, é fundamental equilibrar inovação com responsabilidade, investindo em capacitação contínua dos servidores, adotando políticas claras de proteção de dados e garantindo que o uso da tecnologia esteja alinhado ao interesse público e aos princípios constitucionais. […]
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