Olá, pessoal! Neste artigo, vamos falar acerca do uso do hífen, com as principais dicas e regras. O hífen sofreu muitas modificações com a última reforma ortográfica da língua portuguesa ocorrida em 2009. Então, já vamos trazer as principais regras, devidamente atualizadas, para que vocês não errem mais nesse assunto.
Essa é uma regra bem básica, pessoal. Não podemos errar!
Em um termo composto, quando a segunda palavra se inicia pela letra H, usamos o hífen.
EX: sub-hepático, auto-hipnose, neo-humanismo, semi-hospitalar
Percebam a existência dos prefixos auto, neo e semi. Esses se anexam à parte principal da palavra(hepático, hipnose, humanismo e hospitalar), o que exige o uso do hífen.
A título de complemento, os prefixos são morfemas que se unem ao radical de uma palavra, formando novas palavras, mas sem alterar as classe gramatical das mesmas. Vamos a exemplos:
– fazer(verbo). Acrescentando o prefixo DES, temos DESFAZER(verbo).
Diferentemente, temos os SUFIXOS, quem vem após o radical das palavras.
Ex. Amar(verbo). Acrescentando um sufixo, poderíamos ter Amável(adjetivo). Vejam, assim, que o sufixo pode alterar a classe gramatical das palavras.
Tanto os prefixo quantos os sufixos são usados para a formação de novas palavras. Tal tema é de estudo particular na gramática, de modo que podem aprofundar em outro momento.
Aqui, nobres, mais um regra bem importante. Quando o prefixo termina com uma vogal e essa mesma vogal inicia a palavra posterior, usa-se o hífen.
Ex. anti–inflamatório, micro–ondas e anti–inflacionário
Nos demais casos(vogas diferentes), o prefixo e a palavra se unem normalmente.
Ex. aeroespacial, agroindustrial, autoaprendizagem
Além disso, quando o prefixo termina por consoante(normalmente –R) e a palavra também se inicia por -R, usa-se hífen. Ex: inter-racial, inter-renal, inter-regional, super-resistente, super-resfriada, super-realizado, super-real.
Essa regra nos permite unir prefixo e palavra, duplicando o R ou S.
Vamos a exemplos: antirreligioso, autorregulamentação, contrassenha
Observem que em antirreligioso, ANTI termina por vogal e a palavra principal(religioso) se inicia com R – Religioso. Logo, unimos prefixo e palavra principal, dobrando-se o R.
Nobres, aqui se tratam de regras mais específicas, que dependem do prefixo utilizado.
Entendemos que o total domínio desses casos particulares exige maior tempo e prática para completa assimilação, mas não poderíamos deixar de citar.
Regra 1. Prefixos pós, pré e pró usam-se hífen. Vejam que, nesses casos, os prefixo são tônicos, ou seja, acentuados. Assim, usa-se hífen nas palavras que os compõem. Ex. pós-graduação, pré-datado, pré-escolar, pré-história e pró-africano.
Regra 2. Prefixos átonos pos, pre, pro(sem acento) + co e re não levam hífen, unem-se ao segundo elemento. Ex. pospor, prever, preestabelecer, predeterminado, promover, coorganizar, coordenar, cooperação, coirmão, coorganizador, reedição, reeleição, reempossar
Regra 3. Prefixos Recém, Ex e Vice sempre exigem hífen. Ex: recém-nascido, recém-casado, recém-empossado, vice-presidente e ex-esposa, ex-vice-presidente(meio estranho esse, não?!, mas está correto).
Regra 4. Prefixo bem. Em regra, usa-se hífen. Ex. bem-aceito, bem-sucedido, bem-humorado.
Entretanto, há casos em que o prefixo bem aglutina-se à palavra principal. Nesses casos, trocam o m pelo n e exclui-se o hífen. Ex. benfeito, benfazer, benfeitor, benquerer, benquisto.
Novamente, voltamos aos conhecimentos de formação de palavras. Aglutinação é um processo em que duas palavras se juntam para formar uma nova e há perda ou troca de elementos. Vejam que bem + querer = benquerer. A Letra M deu lugar a letra N.
Outro exemplo: Planalto. Essa palavra é formada por plano + alto. Observem que a letra O foi suprimida.
Vários são os detalhes sobre o uso do hífen em palavras compostas, de forma que detalharemos os mais frequentes em provas e concursos.
Regra 1. Usa-se hífen, regra geral, quando o primeiro termo está representado por uma forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. Ex: decreto-lei, mesa-redonda, guarda-chuva.
Exceção: Algumas palavras perderam essa noção de composição pelo uso corriqueiro. Ex. girassol, paraquedas e mandachuva.
Regra 2. Regra geral, as palavras compostas ligadas por preposição perderam o hífen. Assim, o correto seria: mão de obra, lua de mel e dia a dia (sem hífen).
Exceção: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, ao deus-dará, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa.
Regra 3. Nomes de espécies e animais têm hífen. Ex. cana-de-açucar e bem-te-vi.
Regra 4. Adjetivos pátrios compostos usa-se hífen. Ex. afro-brasileiro, anglo-saxão, ibero-americano
Atenção: Afrodescendente é SEM HÍFEN vez que não remete diretamente a uma pátria(país ou região).
Regra 5. Designações de cargos e patentes em geral escrevem-se COM HÍFEN. Ex: Diretor-geral, ouvidor-geral, tenente-coronel.
Por fim, há ainda as palavras que admitem dupla escrita – com hífen e sem hífen.
Não precisamos nem comentar que tais exceções são frequentemente cobradas em prova. Como principais exemplos, temos: proativo/pró-ativo, preeleito/pré-eleito, prerrequisito/pré-requisito, subumano/sub-humano, abrupto/ab-rupto, benquerer/bem-querer, malformação/má-formação.
Vamos a uma questão apenas para sedimentarmos o conteúdo.
(FGV- 2014- SEDUC/AM) Assinale a opção em o emprego do hífen, segundo as regras do mais recente Acordo Ortográfico, está incorreto.
A. Vamos comprar um anti-inflamatório porque ela está superresfriada.
Comentário: Veja que o prefixo super(termina em -r), bem como a palavra resfriado inicia com -r, assim tal palavra deveria ser escrita com hífen. Como a questão pede a INCORRETA, já temos o gabarito.
Obs. anti-inflamatório está correto, vez que o prefixo termina com a mesma vogal que se inicia a palavra principal.
B. O quadro foi protegido com vidro antirreflexo.
Comentário. Quando o prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”, dobram-se essas letras. Portanto, a escrita está CORRETA.
C. Ele era corréu na acusação de ter assassinado o contrarregra.
Comentário. Vide letra B.
D. O grupo antissequestro já participa da investigação.
Comentário. Vide letra B.
E. Trata-se de uma informação semioficial.
Comentário. Não se emprega hífen nas palavras em que os prefixos terminam por vogal diferente da letra que inicia a segunda palavra. Portanto, a escrita está CORRETA
Finalizamos aqui mais um artigo, nobres. Tratamos acerca das principais regras do uso do hífen, bem como tratamos várias exceções para agregar conhecimento a caminhada de cada um. Reforçamos que a constante escrita e leitura são fundamentais para que se incorporem todos os pormenores de nossa língua.
Bons Estudos!
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