Quer interpor recursos contra os gabaritos preliminares do concurso TCE MS para Analista de Controle Externo – Ciências Contábeis? Confira neste artigo!
O concurso público do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul teve suas provas aplicadas em 26 de outubro. Com isso, os gabaritos preliminares da etapa já foram divulgados.
Se você pretende interpor recurso contra o gabarito de Analista de Controle Externo – Ciências Contábeis do concurso TCE MS, muita atenção: todo o processo deve ser realizado nos dias 29 e 30 de outubro, através do site do Cebraspe.
E para te ajudar, nossos professores analisaram o resultado e identificaram algumas possibilidades de recursos. Confira abaixo!
PORTUGUÊS – PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO
QUESTÃO 11
GABARITO PRELIMINAR DA BANCA: C
GABARITO PRETENDIDO: ANULAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO:
A questão 11 apresenta mais de uma possibilidade de compreensão textual, o que compromete a objetividade da questão. Diante disso, solicita-se a anulação da questão. Portanto, defendemos que a alternativa A é igualmente correta como a letra C, gabarito oficial da Banca.
Com foco na leitura de textos, Bechara (2019, p. 616) explica que a compreensão de texto consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto e parafraseá-los. Já a interpretação consiste em saber o que se infere, ou conclui, a partir daquilo que está escrito.
Assim, na assertiva da alternativa A, se-lê: “O autor cria, com base em fatos que remetem à corte, um personagem-narrador cínico, oportunista e sequioso de notoriedade no que se refere à causa abolicionista, mas afável e cristão no trato pessoal entre amigos.”
Essa afirmativa descreve com precisão o perfil ambíguo e contraditório do narrador presente no texto de Machado de Assis.
De fato, o narrador-personagem demonstra cinismo e oportunismo ao usar o abolicionismo como meio de projeção social, ao mesmo tempo em que se mostra afável, moralmente justo e cristão (“… declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio…”; “… que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.”) em suas relações pessoais.
Tal dualidade é característica da ironia machadiana e recorrente em seus contos, em especial aqueles ambientados na corte.
Trata-se, portanto, de uma paráfrase correta do se pode ler na crônica machadiana. Esses traços psicológicos do narrador são elementos centrais na narrativa, evidenciando a crítica social e moral do autor, o que confirma a correção da alternativa A.
Diante do exposto, observa-se que duas alternativas (A e C) estão corretas. Essa ambiguidade fere os princípios da clareza, objetividade e isonomia exigidos em avaliações de concurso público.
Assim, requer-se a anulação da questão 11, em razão da existência de mais de uma interpretação possível e tecnicamente fundamentada.
Fonte: BECHARA, E. Bechara para concursos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
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