Olá, nobres. Recentemente houve a publicação do edital para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual. Dentre os conteúdos cobrados, temos os conceitos macroeconômicos básicos para a SEFAZ/GO. Em que pese o concurso estar suspenso, você não pode ir para prova sem saber esse tema. Então, vamos juntos!
O primeiro tema previsto é o FLUXO CIRCULAR DA RENDA. Mas o que seria esse fluxo?
Pessoal, quando algo é produzido, por exemplo um sapato, ele tem um destino(normalmente venda). Há. por certo, quem compre esse par de sapatos e por ele pague um valor ao produtor. Ainda, para que esse par de sapatos seja produzido, concordam que há necessidade de utilização de mão de obra e máquinas?!
Completando, percebam que o funcionário da indústria de sapatos recebeu uma contraprestação(salário) financeira pelo produto produzido.
Com essa simples explicação, nobres, conseguimos abordar todos os componentes do fluxo circular da renda.
Didaticamente, o circuito da economia se divide em FLUXOS MONETÁRIOSe FLUXOS REAIS.
O Fluxo monetário representa a moeda transacionada. Podemos explicar da seguinte forma:
Já o FLUXO REAL diz respeito aos fatores de produção usados, no nosso exemplo, para produzir o par de sapatos.
Observemos um modelo de FLUXO CIRCULAR DA RENDA:
Em laranja temos o FLUXO MONETÁRIO e em azul temos o FLUXO REAL.
Nobres, o modelo que detalhamos acima pressupõe que a demanda agregada mantém-se constante. Por demanda agregada entende-se a quantidade total de bens e serviços que os diferentes setores de uma economia (consumidores, empresas, governo e estrangeiros) desejam comprar a diferentes níveis de preços, em um determinado período de tempo.
Essa demanda agregada altera-se quando há os chamado VAZAMENTOS ou INJEÇÕES. Vamos aos conceitos:
Vazamentos: Eles reduzem a demanda agregada. Com principais exemplos temos: a Poupança, pagamento de tributos e as Importações. Vejam que essas situações implicam saída/perda de capitais em circulação.
Injeções: Aumentam a demanda agregada. Como principais exemplos temos os gastos do Governo, as exportações e os investimento, pois aumentam a moeda em circulação. Obs.: Os investimentos são, normalmente, a aquisição de máquinas visando aumentar a capacidade produtiva das empresas e, portanto, aumentar a oferta.
Para os economistas clássicos, devido à autorregulação do mercado, os vazamentos tendem a ser iguais às injeções. Entretanto, para Keynes, essa igualdade no curto prazo só será possível com a ação do governo.
(CEBRASPE – 2022 – ANP) – Considerando os conceitos de sujeitos econômicos e um modelo simplificado de fluxo circular de renda, representado por apenas dois agentes econômicos — as famílias e as empresas —, julgue o seguinte item.
No fluxo monetário, as famílias pagam pelos bens e serviços e recebem pelos fatores de produção.
Gabarito: CERTO
Comentários: Conforme falamos, as famílias pagam pelo bens adquiridos, o que vira receita para as empresas. E as mesma famílias, que fornecem a mão de obra às empresas, recebem os salários pelos serviços prestados.
(CEBRASPE – 2022 – ANP) -Considerando os conceitos de sujeitos econômicos e um modelo simplificado de fluxo circular de renda, representado por apenas dois agentes econômicos — as famílias e as empresas —, julgue o seguinte item.
Nesse modelo, existem dois mercados: um de bens e serviços e outro de fatores de produção.
Gabarito: CERTO
Comentários: Vimos acima, pessoal, que é isso mesmo. Temos o mercado de bens e serviços que são produzidos pela empresas(Ex. Par de sapatos) e o mercado de fatores de produção que são ofertados pelas famílias(Mão de obra).
Nobres, a 1ª identidade macroeconômica e que vocês não podem deixar de levar para a prova:
PRODUTO=RENDA=DISPÊNDIO
Para se medir o produto da economia podemos usar essas três óticas que, por sua vez, devem resultar em valores idênticos para o Produto Interno Bruto(PIB). Lembramos que o PIB se conceitua como o valor total de bens e serviços FINAIS produzidos dentro de um país, Estado ou cidade em um período de tempo(normalmente, ano). Ou seja, excluem-se os insumos/produtos intermediários usados para produzir algo. Transações que envolvem a mera transferência de bens produzidos em períodos anteriores também não entram no PIB: Ex. Venda de uma casa ou carro.
Seguindo […] Vamos detalhar cada uma das óticas:
Por essa ótica, determina-se o produto da economia pela soma dos valores(produtos, consumo ou bens) ADICIONADOS em cada fase de produção, ou seja, o que é incrementado a cada nova fase. Pensemos em um veículo que, após quase pronto, foi a uma outra fábrica para inserção de adicionais que agregam ao seu valor, Ex.: banco de couro..
Outra forma de calcular o produto pelo valor adicionado é realizar a diferença entre o Valor Bruto da Produção(VBP) e o produto intermediário.
Por essa visão, determina-se o produto da economia somando-se o produto que pela sua natureza É FINAL com os insumos que não entraram no processo produtivo. Como exemplo, suponhamos que um veículo passe por 4 setores produtivos para então ficar pronto:
| SETOR | PRODUÇÃO | PRODUTO INTERMEDIÁRIO | PRODUTO ADICIONADO | INSUMO QUE NÃO ENTROU NO PROCESSO PRODUTIVO |
| Chassi | 50.000 | 0 | 50.000 | 0 |
| Motor | 65.000 | 50.000 | 15.000 | 0 |
| Elétrica | 75.000 | 65.000 | 10.000 | 0 |
| Acabamento e acessórios | 90.000 | 75.000 | 15.000 | 1.000 |
| VBP(Valor Bruto de Produção) = | 280.000 |
Pela ótica do dispêndio, consideraríamos apenas o valor do produto acabado, no caso, 90.000 + Insumos que não entraram no processo produtivo 1000. Total: 91.000
Obs. Se fôssemos calcular pela ótica do PRODUTO, teríamos apenas o que foi ADICIONADO. Assim, temos: 50.000 + 15.000 + 10.000 + 15.000 = 90.000
Obs. Não consideramos na contagem o consumo intermediário a fim de que não incorramos em dupla contagem. Seria a mesma coisa que se somássemos, por exemplo, a produção de batata frita com o batata colhida que foi usada. estaríamos contando 2x.
Na mesma ótica, podemos calcular o produto agregado pela soma das despesas finais identificadas por: CONSUMO DAS FAMÍLIAS(C), INVESTIMENTOS(I), GASTOS DO GOVERNO(G) e EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS(= Exportações[X] – Importações[M]).
Essa equação é muito importante:
PRODUTO AGREGADO(ótica do dispêndio ou despesa) = C + I + G + X -M
Essa ótica utiliza a remuneração dos fatores de produção para o cálculo do PRODUTO.
Em que pese já ter comentado no tópico 1 deste artigo, vamos reforçar os fatores de produção e sua remuneração:
| FATORES DE PRODUÇÃO | REMUNERAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO |
| Mão de Obra(Trabalho) | Salários(S) |
| Capital | Juros(J) |
| Matéria Prima | Aluguel(A) |
| Empreendimento | Lucro(L) |
| = RENDA |
(FGV-2023-Fiscal de Rendas) – Existem duas formas de se medir o produto de uma economia: pelas óticas do dispêndio e da renda. A partir do uso de uma dessas óticas ou de ambas, é correto afirmar que:
A) a demanda final iguala a soma de lucros, juros e aluguéis;
Comentário: ERRADA. A PRODUÇÃO, não a DEMANDA, final iguala a soma dos lucros, juros e aluguéis.
B) o valor agregado do produto iguala a soma do consumo e do investimento;
Comentário: ERRADA. PRODUTO AGREGADO(ótica do dispêndio ou despesa) = C + I + G + X -M
C) a igualdade entre produto e dispêndio vem do conceito de produto, que engloba todos os destinos possíveis do produto;
Comentário: ERRADA. Não existe essa ótica de destino do produto.
D) o produto iguala a renda que iguala o dispêndio dos salários;
Comentário: ERRADA. RENDA=DISPÊNDIO de salários, juros, aluguéis e lucros.
E) o conceito de renda se refere à remuneração dos fatores de produção
Comentário; CORRETA. A ótica da RENDA se refere à remuneração dos fatores de produção(mão de obra, matéria prima, capital e empreendimento)
Finalizamos aqui, nobres, mais um artigo que tratou de conceitos macroeconômicos básicos para a SEFAZ/GO. As definições apresentadas são muito importantes para que possam avançar no estudo da matéria de macroeconomia. Espero que a leitura tenha sido de grande valia para vocês.
Bons estudos.
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