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Auditoria – Concurso TCM SP – Prova Comentada

Olá, Pessoal!

Provinha difícil, hein?!

Fugiu de tudo o que a FGV já cobrou anteriormente, trazendo muita doutrina para a prova de auditoria, que geralmente era retirada de forma literal das normas de auditoria vigentes.

Entendo que há margem para pelo menos dois questionamentos. Infelizmente não tenho tempo para auxiliar na preparação desses recursos, mas espero que as indicações nas questões já ajudem um pouco.

Grande abraço,

Rodrigo Fontenelle

www.facebook.com/profrodrigofontenelle

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – A Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês) foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras superiores (EFS), que são organizações de auditoria governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde estão instituídas. A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai, ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS. De acordo com a Declaração de Lima, é atividade considerada típica e indispensável de uma EFS:

(A) a realização de pré-auditorias;

(B) a realização de pós-auditorias;

(C) a realização de auditorias estritamente nas operações previstas no orçamento;

(D) o estabelecimento de procedimentos operacionais para a administração pública;

(E) o estabelecimento de normas de auditoria para o setor governamental.

Comentários:

Segundo a Declaração de Lima, em sua Seção 2, a pós-auditoria é uma tarefa indispensável de todas as Entidades Fiscalizadoras Superiores, a despeito do fato de ela realizar pré-auditorias ou não.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: B

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – A Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês) foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras superiores (EFS), que são organizações de auditoria governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde estão instituídas. A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai, ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS. A Seção 3 da Declaração de Lima trata de preceitos aplicáveis aos serviços de auditoria interna e externa. Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir:

(I) As entidades fiscalizadoras superiores são serviços de auditoria externa.

(II) Apesar de o serviço de auditoria interna ser subordinado ao chefe do departamento no qual foi estabelecido, ele deve ser, na medida do possível, funcional e organizacionalmente independente.

(III) Incumbe aos responsáveis pelo serviço de auditoria externa avaliar a eficácia dos serviços de auditoria interna.

Está correto o que se afirma em:

(A) somente (I);

(B) somente (I) e (II);

(C) somente (I) e (III);

(D) somente (II) e (III);

(E) (I), (II) e (III).

Comentários:

Os três itens foram retirados de maneira quase literal da Seção 3 da Declaração de Lima.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: E

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – O Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO, na sigla em inglês) apresentou, em 1992, um modelo amplamente aceito para o estabelecimento de controles internos denominado “Controle Interno – Estrutura Integrada” – aplicável a entidades de grande, médio e pequeno portes, com ou sem fins lucrativos, bem como ao setor público – , que ficou popularmente conhecido como COSO I. Segundo esse modelo, controle interno:

(A) é um processo de trabalho que deve ficar a cargo da unidade de auditoria interna de cada entidade;

(B) é um processo conduzido pela estrutura de governança, pela administração e por pessoas da organização;

(C) é um processo que consiste de tarefas que devem ser realizadas ao menos uma vez em cada exercício financeiro;

(D) visa proporcionar certeza de que os objetivos da entidade serão alcançados;

(E) não auxilia a organização a prever eventos externos que possam afetar negativamente o alcance de seus objetivos.

Comentários:

Segundo definição do COSO, Controle Interno é “o processo conduzido pela Diretoria, Conselhos ou outros empregados de uma companhia, no intuito de fornecer uma garantia razoável de que os objetivos da entidade estão sendo alcançados […]”

Dessa forma, embora não literal, concordo com o gabarito.

Resposta: B

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – O Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO, na sigla em inglês) publicou, em 2004, o modelo denominado “Gerenciamento de Riscos Corporativos” (ERM, na sigla em inglês), popularizado como COSO II. Segundo esse modelo, as quatro categorias de objetivos comuns à maioria das organizações são:

(A) objetivos contábeis; objetivos de controle; objetivos estratégicos e objetivos de salvaguarda de ativos;

(B) objetivos estratégicos; objetivos sociais; objetivos de lucro e objetivos de divulgação;

(C) objetivos estratégicos; objetivos operacionais; objetivos de comunicação e objetivos de conformidade;

(D) objetivos de conformidade; objetivos de comunicação; objetivos de relacionamento com partes interessadas e objetivos ambientais e de sustentabilidade;

(E) objetivos de comunicação; objetivos operacionais; objetivos de relacionamento com partes interessadas e objetivos ambientais e de sustentabilidade.

Comentários:

A estrutura de gerenciamento de riscos corporativos proposta pelo COSO II é orientada a fim de alcançar os objetivos de uma organização e são classificados em quatro categorias:

1 – Estratégicos – metas gerais, alinhadas com sua missão.

2 – Operações – utilização eficaz e eficiente dos recursos.

3 – Comunicação – confiabilidade de relatórios.

4 – Conformidade – cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: C

(FGV/Concurso TCM SP /2015) – Durante a execução de um trabalho de auditoria, o auditor responsável precisa de informações mais detalhadas sobre a suficiência dos seguros contratados pela empresa auditada para a cobertura dos seus ativos. Nessa situação, a técnica recomendada é a:

(A) averiguação;

(B) correlação;

(C) circularização positiva;

(D) circularização negativa;

(E) inspeção de documentos.

Comentários:

Questão retirada da doutrina.

De acordo com Franco e Marra (2011), para verificação deste item, além do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a circularização, com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos de seguros para contingências. Dentro dessa técnica, a circularização positiva é mais confiável que a negativa.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: C

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Uma determinada entidade está sendo investigada após denúncias de envolvimento de funcionários em esquemas de corrupção e desvios de verbas. Com isso, o conselho de administração da entidade solicitou uma auditoria para determinar se as atividades financeiras e operacionais do segmento de distribuição estão obedecendo às regras que lhe são aplicáveis. Esse tipo de auditoria solicitada pelo conselho de administração da entidade é denominado auditoria:

(A) contábil;

(B) de gestão;

(C) de processos;

(D) especial;

(E) operacional

Comentários:

Entendo que cabe recurso nessa questão, pois a classificação de tipos de auditoria não é única. Como a banca não referenciou, dá margem para diversas interpretações.

A princípio, inclusive, entendo que a auditoria em questão seria a auditoria de conformidade / compliance / regularidade, pois explicita que o objetivo da auditoria solicitada é verificar se há uma obediência das regras, característica desse tipo de auditoria.

Dentre as alternativas, até concordo que a ESPECIAL seria a melhor opção, já que se trata de uma auditoria solicitada a partir de denúncias e, como vimos, esse tipo de auditoria na norma da CGU, por exemplo, é classificada como ESPECIAL.

Dessa forma, para aqueles que desejam entrar com recurso, sugiro trazer nos argumentos as definições de auditoria de conformidade / regularidade do TCU, por exemplo.

Resposta: D

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, nesses trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração requer a consideração de alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do trabalho de asseguração é:

(A) critérios adequados;

(B) evidências apropriadas e suficientes;

(C) objeto apropriado;

(D) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;

(E) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

Comentários:

Segundo a NBC TA – Estrutura Conceitual, os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos. Portanto, a letra E está errada.

Todas as outras alternativas apresentam elementos do trabalho de asseguração previstos nessa Norma.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: E

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Ao elaborar um contrato com uma empresa de auditoria independente, a entidade que seria auditada pela primeira vez incluiu no contrato uma cláusula acerca do trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após o trabalho, o parecer deveria assegurar de forma incontestável que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada inadequada em decorrência do(a):

(A) limitação do escopo da auditoria;

(B) limitação inerente à auditoria;

(C) risco de distorção relevante;

(D) risco de controle;

(E) risco inerente.

Comentários:

Embora de uma forma não usual, a questão cobra apenas o conhecimento do risco de auditoria que, como sabemos, sempre existirá.

Isso porque, em qualquer auditoria, há limitações inerentes a essa atividade, já que é desempenhada por pessoas, geralmente por amostragem, etc.

Portanto, nunca haverá a possibilidade de o auditor assegurar “de forma incontestável” que as demonstrações estão livres de distorção relevante. Auditoria é asseguração RAZOÁVEL.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: B

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Uma determinada firma de auditoria iniciou os trabalhos em uma entidade, a partir de um contrato que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores, ao executar o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou argumentos apresentados pela empresa auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho. O posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em decorrência de:

(A) autorrevisão do trabalho;

(B) defesa de interesse do cliente;

(C) familiaridade;

(D) intimidação profissional;

(E) interesse próprio.

Comentários:

Segundo a NBC PA 290 (R1), ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: B

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – O contador está envolvido em um esquema de desfalques no caixa da empresa em que trabalha. A empresa mantém contas nos bancos X e Y. Com o objetivo de encobrir falta de dinheiro na conta do banco X, o contador deposita em 31/12 a quantia que faltava nessa conta, por meio de cheque da conta do banco Y. Porém, o cheque só foi registrado como desembolso na conta do banco Y em janeiro do ano seguinte. Na reconciliação bancária a falta de dinheiro no caixa é temporariamente ocultada em decorrência do tempo de compensação do cheque. Nos trabalhos de auditoria, esse tipo de desfalque é denominado:

(A) desfalque encoberto;

(B) desfalque sistêmico;

(C) encaixe;

(D) kiting;

(E) lapping.

Comentários:

Mais uma questão atípica, que abordou uma doutrina pouco utilizada e até então, salvo engano, nunca cobrada.

Há dois tipos comuns de desfalques não encobertos, que seriam:

  • Lapping – utilizado usualmente em cobranças de contas a receber. Consiste em desviar os resultados de cobranças, substituindo-se esse montante desviado por cobranças posteriores.
  • Kiting – tipo de desfalque de Caixa que envolve os desembolsos aí feitos. É um sistema de encobrir falta de dinheiro com transferências em cheques não registradas.

Dessa forma, como o edital permite que seja cobrado qualquer tipo de teste específico nas demonstrações contábeis, não vejo como anular a questão, embora discorde desse tipo de cobrança.

Resposta: D

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Na determinação da extensão dos testes de auditoria, em geral, o auditor emprega técnicas de amostragem, porém essas apresentam alguns riscos. Acerca dos riscos de amostragem, avalie as afirmativas a seguir.

I) O nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar dos resultados afeta o tamanho da amostra.

II) O auditor está sujeito aos riscos de amostragem tanto nos testes substantivos quanto nos testes de observância.

III) Os riscos de superavaliação de confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficiência da auditoria, pois em geral conduzem o auditor a realizar trabalhos adicionais.

IV) Os riscos de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea.

É correto o que se afirma em:

(A) somente I e II;

(B) somente II e III;

(C) somente III e IV;

(D) somente I, II e IV;

(E) I, II, III e IV.

Comentários:

Os itens I e II estão corretos, conforme NBC TA 530.

Já os itens III e IV foram invertidos. Os riscos de superavaliação de confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e os riscos de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria.

Resposta: A

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – A auditoria operacional consiste em revisões metódicas de um conjunto de fatores organizacionais em entidades do setor público ou do setor privado, e um dos objetivos é avaliar o cumprimento dos objetivos da organização. Considerando os objetivos e as estratégias da auditoria operacional, é INCORRETO afirmar que:

(A) a avaliação de indicadores não monetários está entre os objetivos da auditoria operacional;

(B) a revisão limitada é uma das formas de auditoria operacional;

(C) a auditoria operacional pode ser considerada um tipo de controle gerencial;

(D) a auditoria operacional deve focar situações empresariais de maior risco para a continuidade dos negócios;

(E) ao final de uma auditoria operacional, o auditor deve emitir um parecer com a sua opinião acerca dos fatos examinados.

Comentários:

Em auditoria operacional, ao final dos trabalhos, o auditor emite uma avaliação acerca dos fatos examinados. Dessa forma, até posso concordar que a letra E está errada, pois não há a emissão de um parecer (embora várias bancas não considerem isso um erro).

Entretanto, dizer que revisão limitada é uma das formas de auditoria operacional, no meu entendimento, também está errado, pois não há essa classificação nas principais normas de auditoria.

Portanto, entendo que há margem para recurso.

Resposta: E

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – De acordo com a NBC TA 230, que trata da documentação de auditoria, os papéis de trabalhos fornecem evidências relativas ao cumprimento do objetivo global do auditor e da conformidade do planejamento e execução da auditoria. No que tange aos papéis de trabalho, é correto afirmar que:

(A) os registros relativos ao planejamento da auditoria não são considerados papéis de trabalho, mas apenas aqueles preparados pelo auditor durante a execução da auditoria;

(B) não se recomenda a inclusão de resumos ou cópias de registros da entidade na documentação de auditoria, pois esses documentos podem ser facilmente acessados;

(C) o auditor não precisa manter na documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações contábeis;

(D) quando apresentados de forma detalhada, os papéis de trabalho podem substituir alguns registros contábeis da entidade;

(E) a conclusão da montagem dos arquivos de auditoria deve ser tempestiva, admitindo-se uma diferença máxima de 30 dias após a data do relatório do auditor.

Comentários:

Segundo o item A4 dessa norma, o auditor não precisa incluir na documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações contábeis, notas que reflitam entendimento incompleto ou preliminar, cópias anteriores de documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos ou de outro tipo de documentos em duplicata.

Dessa forma, questão literal e, portanto, concordo com o gabarito.

Resposta: C

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Durante a execução do trabalho de auditoria em uma determinada empresa, um auditor detectou que uma aquisição de mercadorias a prazo realizada em dezembro de 2012 só foi registrada quando do efetivo pagamento, no exercício seguinte. Em consequência disso, as contas de fornecedores a pagar e mercadorias para revenda apresentaram distorções no exercício de competência. Nessa situação os testes realizados pelo auditor são:

(A) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para subavaliação de passivo;

(B) teste principal para superavaliação de passivo e teste secundário para subavaliação de ativo;

(C) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para subavaliação de passivo;

(D) teste principal para subavaliação de passivo e teste secundário para subavaliação de ativo;

(E) teste principal para subavaliação de passivo e teste secundário para superavaliação de ativo.

Comentários:

Segundo a doutrina, em contas credoras (como é o caso do passivo em questão) os testes realizados pelo auditor devem ser direcionados para: teste principal para subavaliação de passivo e teste secundário para subavaliação de ativo.

Isso porque, pelo princípio da prudência, verifica-se primeiro se há uma subavaliação da conta fornecedores (teste principal) e, caso exista, como consequência, a contrapartida em estoques (teste secundário) também estaria subavaliada.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: D

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – A NBC TA 265 dispõe que o auditor tem responsabilidade de comunicar apropriadamente, aos responsáveis pela governança e à administração, as deficiências de controle interno que foram identificadas na auditoria das demonstrações contábeis. De acordo com a norma citada, constituem indicadores de deficiência significativa do controle interno, EXCETO:

(A) ausência de processo de avaliação de risco na entidade em que a existência desse processo seria normalmente esperada;

(B) distorção detectada pelos procedimentos do auditor que não foi prevenida ou detectada e corrigida, pelo controle interno da entidade;

(C) evidência da incapacidade da administração de supervisionar a elaboração das demonstrações contábeis;

(D) evidência de subjetividade na determinação de valores estimados, a exemplo de estimativas contábeis a valor de mercado;

(E) reapresentação de demonstrações contábeis emitidas anteriormente para refletir a correção de distorção relevante devido a erro ou a fraude.

Comentários:

Segundo a NBC TA 265, os indicadores de deficiência significativa do controle interno incluem, por exemplo:

  • evidência de aspectos ineficazes do ambiente de controle;
  • ausência de processo de avaliação de risco na entidade em que a existência desse processo seria normalmente esperada;
  • evidência de processo de avaliação de risco ineficaz, tais como falha da administração para identificar risco de distorção relevante que o auditor esperaria que o processo de avaliação de risco tivesse identificado;
  • evidência de resposta ineficaz a riscos significativos identificados;
  • distorção detectada pelos procedimentos do auditor que não foi prevenida ou detectada e corrigida, pelo controle interno da entidade;
  • reapresentação de demonstrações contábeis emitidas anteriormente para refletir a correção de distorção relevante devido a erro ou a fraude;
  • evidência da incapacidade da administração de supervisionar a elaboração das demonstrações contábeis.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: D

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Em uma determinada entidade, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram aprovadas em 27 de fevereiro de 2015; o relatório do auditor independente foi emitido em 09 de março de 2015; as demonstrações contábeis foram divulgadas em 22 de março de 2015 e aprovadas pelos acionistas em 04 de abril de 2015. De acordo com a NBC TA 560, a data até quando o auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre os eventos que afetaram as demonstrações contábeis é:

(A) 31 de dezembro de 2014;

(B) 27 de fevereiro de 2015;

(C) 09 de março de 2015;

(D) 22 de março de 2015;

(E) 04 de abril de 2015.

Comentários:

O auditor deve executar procedimentos de auditoria até a data da emissão do seu relatório, ou tão próximo quanto aplicável, segundo a NBC TA 560.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: C

(FGV/ Concurso TCM SP /2015) – Em muitas entidades, o Imobilizado representa um dos grupos de contas mais relevantes do Ativo e, como está sujeito a registros sistemáticos durante o exercício, deve passar por procedimentos específicos no exame de auditoria. Dos objetivos apresentados, o que está dissociado da auditoria do Imobilizado é:

(A) avaliação dos bens, inclusive quanto à correção monetária;

(B) especificação do custo de reposição dos bens;

(C) detecção de eventual existência de ônus;

(D) identificação de critérios e extensões das depreciações;

E) verificação de existência, propriedade e posse.

Comentários:

Segundo Crepaldi (2012), as ações mais comuns em uma auditoria de Imobilizado são: a) avaliação dos bens, inclusive correção; b) existência, propriedade e posse; c) eventual ônus sobre os bens; e d) critérios e extensão das depreciações e amortizações.

Especificação de custo de reposição de bens seria uma ação para a conta Estoques.

Dessa forma, concordo com o gabarito.

Resposta: B

Claudenir Brito

Ver comentários

  • Acho que as questões variavam em função do cargo.

    As três primeiras na verdade estavam junto(depois) das questões de controle externo e não de auditoria. Não tinham duas questões de COSO na minha prova

    Errei a de kiting, não estava em seu curso do final de semana.

    Também errei a do parecer em auditoria operacional. Bom vou tentar entrar com recurso, mas na verdade errei marcando a C.

    No entanto, poderia expandir o "Entretanto, dizer que revisão limitada é uma das formas de auditoria operacional, no meu entendimento, também está errado, pois não há essa classificação nas principais normas de auditoria."

    De fato Parecer: Opinião baseada em argumentos
    Avaliação: Análise ou parecer acerca do desenvolvimento, progresso ou nível do trabalho de um aluno ou de um profissional

  • Só pra corrigir, só tinha uma questão de COSO na minha prova;

    poderia expandir o “Entretanto, dizer que revisão limitada é uma das formas de auditoria operacional, no meu entendimento, também está errado, pois não há essa classificação nas principais normas de auditoria.”???

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