Olá, queridas e queridos! Tudo certo? Nosso artigo versará, mais uma vez, sobre dúvidas comuns sobre a língua portuguesa. Você sabe quais são os tipos de sujeito e como utilizá-los corretamente? Esse será o nosso tema de hoje. Vamos lá?
O sujeito é um dos dois componentes dos termos essenciais da oração: sujeito e predicado. As orações são estruturadas em volta desses dois termos: o sujeito é o elemento que estabelece a relação de concordância com o verbo. O predicado é tudo aquilo na frase além do sujeito, tudo o que resta quando o retiramos.
Sujeito é aquele sobre o qual, dentro de uma oração, se declara algo. O predicado é o que se declara sobre o sujeito. Vejamos um exemplo:
O rapaz de boné azul estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai.
Sobre quem estamos declarando algo nessa frase? Sobre “o rapaz de boné azul”. Dessa forma, esse é o sujeito. Tudo aquilo que não é sujeito, é predicado. Assim, o predicado é “estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai”.
Para entrarmos nos tipos de sujeito, é necessário que tenhamos conhecimento sobre o núcleo do sujeito. O núcleo é aquela palavra que possui maior importância/força dentro do sujeito. Voltando ao exemplo acima, em que o sujeito era “o rapaz de boné azul”, qual você pensa ser o núcleo? Exato, “rapaz”!
Sabemos que se tratava de um exemplo simples, em que o núcleo do sujeito poderia ser detectado com facilidade. Há casos mais robustos, em que a relação de importância entre o núcleo e os demais termos do sujeito não fica tão clara.
Entretanto, em provas de concurso, não é costumeiro que exemplos complicados de sujeito sejam utilizados. Isso acontece porque pode haver uma certa subjetividade na definição do núcleo, o que não é desejado pelas bancas.
Chegamos ao tema principal de nosso artigo: os tipos de sujeito. Nesse tópico, iremos somente citá-los e, logo à frente, iremos trazer suas características e algumas peculiaridades:
Trata-se do sujeito que possui somente um núcleo. É muito comum que muitos pensem que o sujeito simples é aquele composto por somente uma palavra. Não caia nessa pegadinha, porque é algo costumeiro em provas. Em nosso exemplo, o sujeito “o rapaz de boné azul” é simples, já que possui somente um núcleo: “rapaz”.
Mesmo se tratando do tipo de sujeito mais utilizado no dia a dia, é aquele que possui as maiores peculiaridades. Tais peculiaridades são relacionadas à concordância entre o sujeito e o verbo. Há de existir uma correlação de número, singular ou plural, e pessoa entre ambos. No exemplo apresentado, o sujeito realiza duas ações.
Primeiro, “estava atravessando”, que é uma locução verbal. São dois verbos que remetem a uma única ideia de ação. Em um segundo momento, “viu”, verbo simples. Ambos estão no singular para concordar com o grau unitário do sujeito.
Sujeito composto é aquele que possui dois ou mais núcleos. Fique atento, pois estamos falando de núcleos e não de palavras.
Pedro e Maria fizeram a prova juntos e foram aprovados. -> Sujeito: Pedro e Maria.
No exemplo acima temos dois núcleos: primeiro, Pedro, e segundo, Maria. Dessa forma, estamos diante de um sujeito composto. Em relação à concordância verbal dos sujeitos compostos, há duas possíveis situações.
A frase está na ordem direta quando temos a seguinte sequência:
Quando o sujeito composto estiver disposto em uma frase na ordem direta, o verbo sempre deve se flexionar no plural.
O projeto e a lei hão de ser revistos.
Sujeito: O projeto e a lei. Núcleos: projeto, lei.
A ordem indireta é o oposto da direta. Qualquer ordem que não seja a descrita acima (Sujeito -> Verbo -> Complemento) classifica-se como ordem indireta. Nesse caso, há duas opções para a concordância: plural, como na direta, ou referindo-se ao núcleo mais próximo ao verbo.
Hão de ser revistos o projeto e a lei. / Há de ser revisto o projeto e a lei.
Na primeira frase, o verbo se flexiona no plural. Já no segundo caso, o verbo concorda somente com o núcleo mais próximo, que no caso é “projeto”. Vale notar que mesmo a concordância sendo realizada, no segundo caso, somente com o termo mais próximo ao verbo, o sentido é o mesmo do primeiro caso, onde a concordância é realizada no plural.
Dessa forma, em ambas as frases, o projeto e a lei necessitam ser revistos.
Sujeito oculto ou elíptico é aquele que não está visível na frase, mas que pode ser identificado pelo contexto. Dessa forma, o sujeito existe, consegue ser identificado, mas não está expresso na oração.
Comi um lanche ontem. -> Sujeito: Eu.
Entendeste a ideia do projeto. -> Sujeito: Tu.
Passamos pela sua casa no domingo. -> Sujeito: Nós.
Enquanto o sujeito oculto é aquele que existe e pode ser determinado pelo contexto, o indeterminado também existe, porém, não consegue ser determinado.
Há três casos em que podemos encontrar o sujeito indeterminado:
Esse é o caso mais popular de sujeito indeterminado. Há a flexão do verbo na 3ª pessoa do plural, sem que exista um referente citado anteriormente.
Falaram que a prova será muito difícil.
Trouxeram uma apostila muito boa de estudos.
Nesse caso, o verbo está conjugado em relação ao referente eles/elas, porém, não existe a certeza de que o real sujeito realmente seja “eles/elas”. Explicamos: em ambas as frases, não é possível saber se mais de uma pessoa realizaram as ações de “falar” ou “trazer”.
É possível que mais de uma pessoa, ou seja, eles/elas, tenha realizado as ações ou pode ser que tenha sido uma única pessoa. Dessa forma, não é possível determinar o sujeito, já que não possui um referente e também não possibilita uma análise de seu número: está no plural, mas não sabemos se o sujeito realmente é plural.
Esse é um caso muito peculiar, em que o pronome “se” atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa forma ocorre com verbos que não são complementados por objeto direto: verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação. É uma obrigatoriedade que o verbo esteja flexionado na terceira pessoa do singular. Vejamos os exemplos:
Necessita-se de uma ajuda do professor para a resolução do exercício. (Verbo transitivo indireto)
Vive-se plenamente em momentos de clareza. (Verbo intransitivo)
Nas provas, sempre se fica preocupado. (Verbo de ligação)
O caso do verbo transitivo indireto é o preferido pelas bancas em provas de concursos. Costumeiramente, as bancas colocam um termo plural após o verbo e também flexionam o verbo transitivo indireto no plural. Segue o exemplo abaixo, adaptado da primeira frase dos exemplos acima:
Necessita-se de algumas ajudas do professor para a resolução do exercício -> Correto.
Necessitam-se de algumas ajudas do professor para a resolução do exercício -> Errado.
Nesse caso, os exemplos são a melhor maneira de demonstrar a impossibilidade em determinar o sujeito.
Era muito difícil passar os finais de semana estudando.
Ter um pensamento crítico é essencial à evolução.
O sujeito inexistente também é conhecido como oração sem sujeito. Como trouxemos no início do texto: os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Como não há sujeito, a oração é composta somente por predicado. Há três casos clássicos em que isso acontece, vejamos abaixo:
Choveu muito ontem à noite.
Amanheceu de maneira esplendorosa.
Uma observação importante é que, quando esses verbos, que indicam fenômenos da natureza, são utilizados de maneira figurada, o sujeito existe e há concordância com o verbo.
O clima da turma esquentou com certas acusações. Sujeito -> clima.
Choveram recursos naquela prova. Sujeito -> recursos.
Faz três horas que o ônibus passou.
Está muito tarde!
Há tempos não fazia tanto calor.
Faz calor durante o dia e frio durante a noite.
Houve um acidente na avenida no período da noite.
Havia muitos computadores para serem comprados.
Nos casos de sujeito inexistente, aquele candidato que “pergunta” para o verbo quem é o autor da ação, encontra uma resposta errada. Isso acontece porque, em muitos casos, o verbo consegue “responder”.
Entretanto, essa “resposta” do verbo é errônea, tendo em vista que são casos classificados como oração sem sujeito. Dessa forma, é necessário ter esses três casos bem sedimentados e levá-los para a prova.
O objetivo foi apresentar todos os tipos de sujeito existentes na língua portuguesa, trazendo muitos exemplos. É um tema que sempre está presente nas provas de português: faz-se essencial que a parte conceitual esteja clara e que sejam realizadas muitas questões. Desejo ótimos estudos a todos e um grande abraço!
Assinatura Anual Ilimitada*
Prepare-se com o melhor material e com quem mais aprova em Concursos Públicos em todo o país. Assine agora a nossa Assinatura Anual e tenha acesso ilimitado* a todos os nossos cursos.
ASSINE AGORA – Assinatura Ilimitada
Fique por dentro de todos os concursos:
Edital para contratação de 762 profissionais temporários é publicado Estão encerradas as inscrições para o…
Foi publicado em Edição Extra do Diário Oficial da União, o edital de adiamento das…
Foi instituída a comissão responsável pelo próximo concurso SME Salvador (Secretaria Municipal de Educação). Inclusive,…
O Idecan foi definido como banca responsável pelo próximo concurso da Secretaria Municipal de Saúde…
Anunciado para 2024, o novo concurso público da Prefeitura de Salvador será organizado pelo IDECAN…
Provas serão aplicadas em 21 de julho! Você, coruja, que sonha em ingressar na Polícia…
Ver comentários
obg por me ajudar a colar