Por Estratégia Concursos
Na jornada rumo à aprovação em concursos públicos, conhecer o perfil das bancas organizadoras faz toda a diferença. Cada instituição tem um estilo próprio de elaborar provas, com formatos de questões, nível de cobrança e abordagem de conteúdo. Por isso, te ajudaremos a entender as características das principais bancas, descobrindo qual é o modelo de prova adotado por cada uma — o que ajuda (e muito) na hora de montar uma estratégia de estudos mais eficiente.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi responsável pelos últimos concursos de carreira de alto nível, como as provas para o cargo de auditor da Receita Federal do Brasil, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, além de concursos de diversos níveis presentes também em seu histórico. A banca costuma trabalhar com questões de múltipla escolha, de cinco alternativas, e questões discursivas para desempatar a nota, em algumas provas. Então, a dificuldade das questões é grande. Por vezes, o edital aborda pontos bem específicos e pouco explorados.
Até matérias básicas, como a língua portuguesa, acabam tendo uma cobrança diferenciada e peculiar pela FGV. Isso porque a banca usa poucos textos de leitura, e com enunciados curtos de entendimento complexo. A cobrança de tecnologia da informação também costuma ser bem avançada e complexa. Por vezes, professores renomados por vezes discordam da banca, ou não concordam entre si quanto ao gabarito. Com isso, a nota de corte das provas costuma ser baixa, próximo a 7,0, e por vezes, o número de vagas acaba não sendo totalmente preenchido.
O Cebraspe organizou concursos grandes em sua história, como diversas agências reguladoras, Analista de Planejamento e Orçamento da União, Polícia Federal e Polícia Rodoviária. Apesar de aplicar provas no formato de questões de múltipla escolha, a banca utiliza geralmente o formato de CERTO ou ERRADO. Então, um acerto vale 1 ponto positivo, um erro vale 1 ponto negativo, anulando 1 acerto, e a questão em branco não pontua. Isso torna a prova mais difícil, pois chutar errado acarreta punição, e exige estratégia de como responder as questões.
Quanto à dificuldade das questões, em conteúdo elas não são tão complexas. Porém, a banca utiliza muitas pegadinhas, como dupla negação em uma frase, ou utilizar o prefixo “in” em uma palavra, fazendo com que uma leitura rápida possa induzir o candidato a erro. Por fim, as notas não costumam empatar, pois além do sistema de certo e errado tornar as notas diferentes, a banca costuma aplicar provas discursivas. A nota de corte é mais alta do que a da FGV, mas nem tanto, ficando próximo de 7,5 a 8,0.
A Cesgranrio organizou o último Concurso Nacional Unificado (CNU), a maior prova de concurso da atualidade, além de provas como as da Petrobras e do Ipea. Além disso, a fundação costuma organizar muitos concursos da área bancária, tanto no âmbito federal - como Caixa e Banco do Brasil, quanto estaduais - como Banco do Sergipe e Banco da Amazônia.
A banca gosta de trazer questões contextualizadas, misturando a cobrança de diversas disciplinas em uma só questão. Assim, os textos acabam sendo longos, e a leitura nem serve para a resolução da questão. Pelo fato de apresentar poucas questões na prova, muitos dos conteúdos do edital mal são abordados na prova, o que pode frustrar quem estudou o edital inteiro. Por vezes as questões discursivas são muito vagas, parecendo uma redação. Então, a nota de corte fica muito alta e empatada, mesmo com questões discursivas na prova.
A Fundação Carlos Chagas já realizou concurso de diversos tribunais do Poder Judiciário, de auditor fiscal do Sefaz SP, e organizará as provas de auditor do Sefaz/GO e Sefaz/PI. Em suas questões objetivas, a banca apresenta questões justas e bem elaboradas. Sua cobrança de língua portuguesa é mais tradicional do que a da FGV, mas com nível alto, além de costumar seguir um padrão em suas provas.
As questões de contabilidade costumam seguir um padrão ainda maior, com perguntas apresentando o mesmo formato, mudando apenas os valores. Assim, uma boa dica é estudar a banca por questões. Nas questões discursivas, o nível de dificuldade é médio para alto, com questões tradicionais. Além disso, a banca gosta de cobrar redação. Por fim, a nota de corte costuma ser bem alta, próxima de 9,0, e bem empatada, mesmo com a presença de questões escritas e redações em algumas provas.
A Vunesp é uma banca que trabalha mais em São Paulo, com vestibulares e concursos estaduais. Já organizou concursos de vários cargos da prefeitura de São Paulo, como auditor fiscal, além de ser responsável pelos editais do Tribunal de Justiça SP e Polícia Militar SP. Quanto às questões, a banca é justa e não apresenta pegadinha. A dificuldade é um pouco menor do que as questões da FCC, mas são parecidas. Como na FCC, as notas são empatadas e altas, beirando a 9,0 para o corte.
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