Morte do ditador norte-coreano

A geopolítica asiática vive um contexto novo neste final de 2011. Foi confirmada a morte do ditador norte-coreano Kim Jong Il. O ditador agora falecido, havia recebido o poder de seu próprio pai Kim Il-sung, em meio a uma séria crise econômica, provocada pelo modelo centralizador do comunismo e o fechamento a economia e diplomacia mundiais.

Diante da crise a saída pensada por Kim Jong-Il foi o da chantagem: desenvolveu armas nucleares e mísseis balísticos e passou a exigir ajuda financeira para a moribunda economia de seu país em troca da desistência de seus planos nucleares.

A chantagem deu certo até que no mandato de George W. Bush descobriu-se a manutenção secreta do programa nuclear, enquanto se recebia ajuda do ocidente.

Terminada a ajuda a crise se agrava e os problemas de saúde do líder, a pressão via CS da ONU sobre o desarmamento e aparentemente uma retirada sutil de apoio explicito do regime chinês, foram suficientes para que já se falasse em sucessão ? hereditária é claro!

O sucessor segundo informou a rede estatal, será Kim Jong-um que já havia sido promovido pelo próprio pai a general de quatro estrelas e vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, que é o Partido Comunista.

A CN vai passar a ter um governo coletivo composto por Kim Jong-un, seu tio, Jang Song-thaek, e a cúpula militar.

Kim Jong-um é um jovem fraco e sem experiência militar e de liderança que faça jus a liderança do país. Nada indica, contudo que haverá mudança de regime, abertura para o ocidente ou reunificação com a Coreia do Sul, pelo menos no curto e médio prazo.

Os países do entorno, em especial a Coréia do Sul e Japão, encontram-se em alerta máximo, devido à instabilidade criada com a morte do velho ditador, isto porque no passado a CN ameaçou os dois países com ataques nucleares.

EUA, Rússia e China também estão em alerta, visto que a CN representa um contraponto a influencia americana na região, mas ao mesmo tempo tem grande possibilidade de um inicio de desarticulação comunista no país.

Por isso tudo nossa atenção tem de ser redobrada nestes dias que se seguem.

Um forte abraço,

Alex Mendes

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