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Discursivas da PCDF e Cebraspe, tenho dificuldade em escrever, o que faço?

Olá, colegas, tudo bem? Hoje falaremos de algo que assusta alguns estudantes: As discursivas do Cebraspe. Os alunos acham que não sabem escrever simplesmente pelo fato de que não têm uma eloquência muito profunda quando se trata de “encher linguiça” (rs). Esse tipo de aluno não deve se preocupar, o Cebraspe tem uma estrutura muito bem definida de redação, até para ela mesma se blindar de possíveis recursos devido a avaliações muito subjetivas das provas discursivas pelos examinadores.

Vamos tentar esclarecer e dar dicas ao aluno que busca se dar bem na discursiva para que ele não tenha receio dos conteúdos propostos e de escrever sua redação.  Iniciaremos fazendo uma rápida análise do Edital.

Análise do Edital em relação à Discursiva

Avaliaremos alguns pontos importantes da prova, citando o edital e explicando o que cada item, quando importante, pede.

Pontuação

  • 11.1 A prova discursiva valerá 30,00 pontos e consistirá da redação de texto dissertativo, de até 30 linhas, a respeito de temas da atualidade.

Primeiramente, fica evidente a importância da prova discursiva pela pontuação que ela dá ao aluno. Um estudante que vá mal nessa prova terá suas chances de aprovação muito reduzidas, portanto, o aluno deve treinar muito esse assunto e não deve negligenciá-lo em hipótese alguma.

Caligrafia

  • 11.3 O texto definitivo da prova discursiva deverá ser manuscrito, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, não sendo permitida a interferência ou a participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial para a realização das provas. Nesse caso, o candidato será acompanhado por aplicador especializado do Cebraspe devidamente treinado, para o qual deverá ditar o texto — o qual será gravado em áudio — especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de pontuação.

O destaque desse item de prova é o fato de a discursiva ser escrita a mão em letra legível. Em vista disso, o aluno deve treinar sua caligrafia. Não basta saber português,  ou ter boas coerência e coesão, temos que treinar a caligrafia a ponto que qualquer ser humano médio consiga ler sem problemas.

Devido aos computadores, celulares e etc., muitas pessoas passam anos sem escrever manualmente nos dias de hoje, portanto, o estudante deve tomar cuidado!

Além da caligrafia, fica a nota de que não se pode utilizar caneta azul, cuidado!

Avaliação

Entramos em um assunto importante para a prova: Como é feita a avaliação.

  • 11.7.3 A prova discursiva avaliará o conteúdo (conhecimento do tema) a capacidade de expressão na modalidade escrita e o uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa. O candidato deverá produzir, conforme o comando formulado pela banca examinadora, texto dissertativo, primando pela coerência e pela coesão.

Temos 3 itens importantes:

  1. O conteúdo (conhecimento do tema).
  2. A capacidade de expressão na modalidade escrita e o uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa.
  3. Coerência e pela coesão.

No item um:  veja que enrolação não é avaliada nos itens, assim, não adianta escrever uma linha inteira sem muito conteúdo. Lembre-se de se ater ao que você sabe, escrever 30 linhas e ter 5 linhas de conteúdo efetivo é algo que o avaliador percebe facilmente. Inclusive, o conceito de coesão demanda que se tenha eficiência na escrita, evitando a prolixidade.

No segundo item: A gramática em português, o conhecimento de vocabulário e a boa pontuação são itens que favorecem muito ao estudante.  Dessa maneira, o concursando deve estudar muito bem o material da prova objetiva de português em seus PDFs para aplicar seu aprendizado em sua prova discursiva.

Chegando ao 3º item: Coerência e coesão. Algo muito importante aqui é: utilizar corretamente as conjunções. Elas são fundamentais para se atingir coesão, afinal de contas, elas que fazem as conexões entre frases e parágrafos. Já na parte de coerência, o aluno que abusa do lero-lero, perde pontos.

Consequentemente, é interessante que se decore algumas conjunções conclusivas, causais, conformativas, etc. para utilizá-las em sua prova. Também, reforço que se deve evitar o abuso de frases que não adicionam informação. Essas duas dicas já ajudam muito o aluno.

Avaliação gramática e de conteúdo

Dentro da avaliação (item 11.7.3), temos:

  • 11.7.3.1 A prova discursiva de cada candidato será submetida a duas  avaliações: uma avaliação de conteúdo e uma avaliação do domínio da modalidade escrita da Língua Portuguesa.

O edital determina neste item quais os pontos levados em consideração em sua avaliação. Basicamente são os itens já citados nos parágrafos anteriores: Domínio do conteúdo, com coerência e coesão no assunto e domínio da língua portuguesa.

  • 11.7.3.1.1 A avaliação de conteúdo será feita por pelo menos dois examinadores. A nota de conteúdo do candidato será obtida pela média aritmética de duas notas convergentes atribuídas por examinadores distintos.

Para manter imparcialidade, o conteúdo é avaliado não por um, mas dois ou mais examinadores.

Dicas de prova

Galera, vamos citar alguns itens que podem facilitar sua vida na hora da prova.

Material adequado

Galera, treinem por um material adequado. É interessante conseguir um material que tenha tanto conteúdo teórico quanto técnicas de escrita. O aluno que tiver muito conteúdo, mas não conseguir apresentá-lo, terá dificuldades em ganhar pontos. Já o aluno que não domine o conteúdo, tem grandes chances de ir mal ou até perder a prova.

Técnicas de escrita de discursiva do Cebraspe

O Cebraspe segue uma receita de bolo bastante interessante  para quem não tem facilidade de escrita. Existe uma estrutura textual que pode ser seguida sem medo, em que o estudante não precisa se aventurar em métodos desconhecidos. Nessa estrutura, cada parágrafo do texto tem um significado e cada frase do parágrafo tem um objetivo dentro dele. Sem enrolação.

Eu não vou me atrever a colocar as técnicas aqui, pois isso é competência que apenas um professor de português consegue expor com clareza. Mas a minha recomendação muito forte, é, novamente, que se busque um material com qualidade. Nesse tipo de material, o professor cita como estruturar cada bloco do texto, cada bloco do parágrafo. O aluno pode basicamente desenhar seu texto antes de escrevê-lo.

Treinamento

Um dos itens menos apreciados pelos alunos, mas com enorme importância: O treino. O aluno pensa: “eu sei escrever, não preciso disso…”

O problema desse pensamento é que não basta saber escrever, durante a prova temos que: Ler o enunciado, interpretá-lo, formar a estrutura textual que você escolheu, escrever no rascunho, corrigir o português do texto, passar a limpo no documento final, etc. São VÁRIAS etapas que levam a diversos problemas para quem não possui prática.

Citamos abaixo alguns dos benefícios que o treino traz ao estudante:

Estrutura do texto

O aluno que não tem prática, terá dificuldade em montar seus blocos textuais para seguir a receita de bolo da CESPE. Já o aluno que se garante e arrisca escrever sem qualquer formatação prévia, corre risco de perder pontos em coesão e coerência.

O treino pode ajudar o estudante a preparar mentalmente seus textos, fazendo com que os conteúdos rapidamente se encaixem nos blocos premeditados.

Caligrafia

O treino melhora em muito a caligrafia. Item com grande importância e já citado acima. Qualquer palavra que o examinador não entenda, é considerada como erro, ou pior, se for primordial na frase, pode fazer com que todo o assunto não faça sentido, zerando uma parcela do texto.

Dores nas juntas e músculos

Muita gente não presta atenção nisso, mas a escrita pode causar diversas dores durante uma prova. Quando ela é somada ao nervosismo, um aluno pode apertar demais a caneta, sentir dores no antebraço, nos dedos, etc.

O treino faz com que o aluno tenha capacidade de controlar sua ansiedade e não fazer tanta força muscular, criar calos nos dedos, e diminuir o impacto que isso pode causar em prova.

Tempo

O tempo de prova é algo perigoso. O aluno tem que saber quanto tempo leva para fazer cada uma das etapas que leva à escrita do produto final. Se ele simplesmente tentar fazer sem muita experiência prévia, ele pode terminar cedo demais, não dando justiça à alta pontuação da discursiva, ou demorar demais e perder pontos por falta de conteúdo ou por não ter tempo de passar a limpo o texto.

Treino e bons materiais

Pessoal, o resumo da análise da prova discursiva é razoavelmente simples: o aluno deve treinar muito e utilizar bons materiais. Destrinchamos como cada item pode melhorar a prova discursiva, mas basicamente o bom empenho se resume a esses dois itens. Seguindo eles corretamente, o aluno terá muito menos problemas em formar um texto coerente e coeso no momento da prova.

Os materiais indicam as matérias com maior possibilidade de cobrança, os métodos de escrita, a estruturação dos textos, etc. Enquanto isso, o treino aperfeiçoa o uso desses materiais, tirando a maior sinergia entre o encontro dos dois. É evidente para os diversos alunos que a soma desses dois é um combo indispensável para uma boa escrita.

Espero que o artigo abra os olhos dos alunos nos pontos em que eles ainda não são fortes e que deem maiores fortalezas ainda nos pontos que o estudante já percebia como importantes.

Um Abraço.

Julio Furlanetto

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