Aprovado no concurso TCE RJ no cargo de Auditor de Controle Externo na especialidade Direito:
“O grande diferencial do Estratégia é que ele consegue proporcionar um material diversificado, tanto com o conteúdo mais detalhado quanto mais resumido, conforme a necessidade de cada um”
Confira nossa entrevista com Tomás Simão, aprovado no concurso TCE RJ no cargo de Auditor de Controle Externo na especialidade Direito:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Tomás Simão: Sou formado em direito, com especialização em direito civil. Tenho 35 anos e sou de Belo Horizonte – MG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Tomas: Comecei a estudar para concursos públicos por dois motivos: o primeiro foi a busca por uma qualidade de vida que assegure uma segurança profissional; o segundo foi o desejo por “servir ao público” e contribuir para a sociedade.
Devo comentar que sempre admirei os filmes que retratam o orgulho dos americanos ao alistarem no exército, para servir o país nas guerras, e queria, de alguma forma, contribuir para a sociedade, para o meu país. PS: minha família agradece por não sermos americanos (rs).
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Tomas: No início eu trabalhava e estudava, não deu muito certo. Assim, por um certo tempo, com ajuda e apoio do meu pai, optei por me dedicar totalmente aos estudos.
Posteriormente, estudava a maior parte do tempo, mas não deixava de lado algumas oportunidades profissionais.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Tomas: Fui “aprovado” em vários concursos, o que não significa de fato aprovado, pois minha classificação não foi muito boa. Como a situação atual das contas públicas em praticamente todos os entes é caótica, provavelmente não serei nomeado.
No entanto, em alguns certames consegui boas classificações, como o TCE RS (aprovado em 45°) e o ISS São Luis (aprovado em 42°). Ambos os concursos foram em 2018 e somente agora, em 2021, estou bem próximo de ser nomeado.
Recentemente, em fevereiro de 2021, fui aprovado no TCE RJ em 15°. Foi um concurso bem atípico, em que vários candidatos não conseguiram fazer a pontuação mínima da discursiva e foram eliminados.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Tomas: No início, quando via meu nome na lista, sempre achava que deveria melhorar. Aos poucos consegui ir subindo nas classificações, sempre com a meta de estar entre os 20 primeiros, sempre pensando que “posso fazer melhor do que tenho feito”.
Infelizmente a vida do concurseiro não é nada fácil e está rodeada de incertezas e frustrações. Em um concurso chegava na posição 42° e no outro, logo em seguida, despencava para 239°. Nesses momentos era muito importante manter a calma e observar os erros cometidos, afinal, a derrota é fundamental para o crescimento e o aprendizado.
Com muita resiliência e persistência, consegui alcançar a aprovação no TCE RJ e bater minha meta pessoal de estar entre os vinte primeiros colocados. Nesse momento, dei socos no ar e gritei muito, estava sozinho em casa. Queria dar a notícia para o meu pai, meu maior apoiador, mas ele estava trabalhando e não podia me atender. Compartilhei a conquista com meus amigos, que aguentaram meus surtos durante todos os anos de estudos.
No entanto, mesmo sendo um concurso com uma excelente remuneração, em uma das cidades mais bonitas do mundo e com perspectivas de nomeação ainda neste ano, pois a validade do certame é de apenas 6 meses, não quis me acomodar enquanto não for nomeado.
Assim, criei uma nova meta, de ser aprovado entre os 10 primeiros colocados, seguindo sempre minha premissa de que posso sempre melhorar, afinal, o concurso da SEFAZ/CE vem ai!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Tomas: Nunca consegui abdicar totalmente da minha vida social, pelo contrário, meus amigos foram uma parte fundamental dessa trajetória, me aguentaram durante alguns surtos, me apoiaram e me incentivaram muito!
Obviamente que nos meses próximos às provas me privei da vida social, faltei a diversos encontros e deixei passar algumas viagens.
Nunca fui a favor de um confinamento, acredito que deve ser mantido o equilíbrio em tudo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Tomas: Sou solteiro e não tenho filhos. Moro atualmente na casa do meu pai que, com a pandemia, passa a maior parte do tempo na casa da minha madrasta. Tenho um ambiente bem tranquilo para estudar, como se morasse sozinho.
Meu pai foi um apoiador universal, sempre acreditou e investiu na minha jornada, sem ele nada disso seria possível. Não tem como colocar em palavras o apoio que me foi dado.
Agradeço também à minha namorada, Danielle, que me deu todo o apoio que ela podia dar, principalmente no domingo anterior à data da prova do TCE RJ, que era seu aniversário. Fiquei estudando o tempo que precisei e ainda recebi almoço no meu quarto (rs). Como nosso namoro é relativamente recente, acredito que ela deva achar que a vida de concurseiro é moleza, afinal, ela chegou em um momento que estou perto de ser nomeado em dois concursos e ainda passei em outro (rs).
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Tomas: Meu maior erro durante minha trajetória foi ficar alguns anos estudando, exclusivamente, com foco na Receita Federal – um concurso que nunca saiu durante minha vida de concurseiro. Acredito que foram alguns anos estudando errado que joguei no lixo.
Somente quando conheci o Estratégia Concursos que tive uma dimensão maior do que é ser concurseiro e de como estudar. Neste momento eu abri minha cabeça, conheci as carreiras dos Tribunais de Contas e dos Fiscos estaduais e municipais.
Aprendi em uma das aulas do Estratégia uma frase que acho muito importante e repito para todo aspirante a concurseiro: “Quem estuda é estudante, concurseiro faz prova”.
Acho fundamental tentar o máximo de concursos que possuem o mesmo cronograma de matérias, obviamente mantendo o foco e otimizando o conteúdo estudado. Fazer provas é como correr maratonas, existem dias bons e dias ruins, alguns dias não iremos sair tão bem quanto em outros, por isso precisamos diversificar para aumentar as chances de aprovação.
Vou continuar estudando e fazendo provas enquanto não for nomeado, mesmo estando muito satisfeito com a carreira do TCE RJ. Não vou contar com o ovo dentro da galinha!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Tomas: Estudei apenas um mês direcionado ao TCE RJ, mas já estava estudando para o concurso do ISS Aracaju, que foi suspenso em dezembro. Assim, no mês seguinte, janeiro, foquei totalmente no tribunal de contas carioca.
Tenho que destacar que o material do Estratégia Concursos foi fundamental para adaptar meu estudo anterior ao novo edital. Estava matriculado no curso do fisco de Aracaju e, em questão de minutos, alterei minha matrícula, na área do aluno, para ter acesso ao material completo do TCE.
Como existem diversas opções de PDFs pude optar, nas matérias específicas do Rio, por um material resumido e direcionado que fosse possível assimilar em apenas um mês. As demais matérias eu já vinha estudando para o concurso que foi suspenso em dezembro.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Tomas: Sempre tentei manter os estudos, acredito que, assim como em uma preparação de um maratonista, o concurseiro deve estar sempre estudando para não perder o progresso que já conquistou. É o mesmo raciocínio: se um maratonista para de treinar, ele engorda e perde o preparo físico, dificultando sua volta às provas com um bom rendimento.
Quando não tinha nenhum edital na praça, procurava revisar os assuntos que tive dificuldade nas provas anteriores. Percebi que, após certo esforço, começava a gostar das matérias que inicialmente, e em razão da dificuldade, detestava.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Tomas: Conheci o Estratégia Concursos quando um amigo me chamou para uma aula presencial, em São Paulo. Achei muito legal a proximidade que os alunos têm com os professores, a preocupação com as individualidades e a forma de ensinar que simplifica o vasto conteúdo do edital.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Tomas: Como tive que estudar as matérias específicas em apenas um mês, usei basicamente o PDF simplificado, para as matérias que tratavam de leis específicas do TCE RJ, e o passo estratégico, para as demais matérias, como forma de revisão.
Normalmente gosto de usar os materiais completos com as marcações dos aprovados, que destacam os pontos mais importantes de cada matéria, direcionando a atenção para determinados assuntos.
Outro recurso que usei muito foram as videoaulas com cursos intensivos e resumidos, como a “hora da verdade”. Fazia o download apenas do áudio das aulas e escuta enquanto corria na academia. Como já havia estudado a matéria, apenas escutar a aula me ajudou muito para revisar o conteúdo.
O grande diferencial do Estratégia é que ele consegue proporcionar um material diversificado, tanto com o conteúdo mais detalhado quanto mais resumido, conforme a necessidade de cada um.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Tomas: Eu sempre fiz resumos das matérias que estudei, acho que resumir o conteúdo ajuda a assimilar a matéria em um primeiro momento, bem como na hora de voltar ao assunto para a revisão. Já tenho um resumo para cada matéria, que é constantemente atualizado com questões recentes e comentários. Para que o material não fique desatualizado, uso o material do Estratégia como fonte do conteúdo para atualizar meus resumos.
Uma boa ferramenta que usei como plano de estudos para saber qual matéria estudar e quando, foram as Trilhas Estratégicas. Não posso dizer que segui todas as tarefas como manda o roteiro, pois várias vezes pulei uma atividade por achar que não era um assunto que tinha um bom custo-benefício, mesmo assim acredito que as trilhas montadas pelos professores foram um aliado muito importante para minha aprovação.
Foi com a Trilha Estratégica que montei meu roteiro de estudo, ainda quem não utilizasse o mesmo método que estava descrito, seguia sempre a ordem das tarefas em relação a ordem das matérias e assuntos. Com isso, pude estudar todo o conteúdo de cada concurso de forma organizada.
Quanto às horas de estudo diárias, estabeleci a meta de estudar 44 horas semanais, tentando marcar em um aplicativo o tempo de estudo conforme as horas líquidas. Não tinha uma meta diária, pois tinham dias bons e dias ruins. Estudava sempre aos sábados e, caso não completasse a meta semanal, estudava também aos domingos. Ao seguir este planejamento, naturalmente, tentava bater a meta semanal no sábado para não precisar estudar no domingo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Tomas: Por ser formado em direito, tive uma certa dificuldade em TI e estatística. Para superar TI eu fui conforme o velho ditado “água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”. Foquei muito em resolver vários exercícios para entender o padrão de cobrança das bancas.
Quanto à estatística, não quis investir muito na matéria por não ver uma boa relação de custo-benefício. O peso da matéria não era muito relevante em comparação com a pontuação do certame, assim estudei apenas a parte introdutória para responder as questões mais fáceis e, quando a prova era do CESPE, eu não respondia a questão.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Tomas: Sobre este assunto, levo uma postura um pouco radical que os demais concurseiros não costumam concordar: tento estudar, cada dia, o máximo que meu corpo permite.
Nos últimos sete dias anteriores às provas, eu tentava revisar o conteúdo que já tinha separado como “relevante” e refazer todas as questões que já tinha separado durante meu estudo (normalmente eram várias).
No dia anterior ao exame eu não relaxava, eu estudava muito. Primeiro porque, para mim, seria impossível relaxar, somente com a certeza de que, nos últimos dias, dei o melhor de mim conseguia ter uma boa noite de sono; segundo porque sempre consegui acertar questões graças ao material que li no dia anterior, assim, a ideia de “não estudar para descansar e fazer uma boa prova” era inconcebível.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Tomas: No concurso do TCE RJ eu não tive muito tempo para me dedicar especificamente para as questões discursivas. Como disse antes, estava estudando para o ISS Aracaju, que foi suspenso em dezembro. Com a falta de tempo para uma preparação específica, procurei ler o máximo de “espelhos de prova” de outros concursos do CESPE na área de Controle, bem como assistir as videoaulas do Estratégia com dicas pontuais para priorizar na discursiva.
No entanto, dois pontos anteriores contribuíram para o meu resultado: o primeiro foi o hábito de estudar fazendo resumos e de atualizá-los frequentemente, o que, sem sombra de dúvidas, contribuiu para responder qualquer questão discursiva; o segundo foi o fato de o concurso de Aracaju também ter uma prova discursiva, ainda que não seja referente às mesmas matérias do TCE, já vinha me cobrando uma preparação.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Tomas: Meu maior ERRO foi estudar alguns anos exclusivamente para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal, um certame com algumas matérias bem específicas (pra não falar exclusivas) que, durante todo meu período de estudo, nunca chegou a ter o edital publicado.
Logicamente, meu maior ACERTO foi diversificar meu campo de estudos e me tornar assinante do Estratégia Concursos de forma integral. Em primeiro lugar, quando digo “diversificar” não quer dizer que fazia todo e qualquer concurso que aparecia, pelo contrário, escolhia uma área com matérias em comum, assim, ao estudar para uma prova, também estudava para outras semelhantes.
Devo destacar que a contribuição do Estratégia se deu quando foi lançado, de forma pioneira, a modalidade de assinante que permitia matricular em diversos cursos, de forma simultânea. Veja bem, se eu não fosse assinante, ao ocorrer a suspensão do concurso em Aracaju, em dezembro de 2020, seria muito pouco provável que eu fosse adquirir um curso específico para o TCE RJ tendo apenas um mês para estudar e com as provas no início de fevereiro, logo jamais seria aprovado.
A metodologia diferenciada do Estratégia entra quando ficam liberados todos os cursos para os alunos, inclusive com PDF resumidos. Sem este recurso, eu não acreditaria na minha aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Tomas: Acredito que o mais difícil foi a incerteza durante o percurso, principalmente quando se tem um resultado pior do que o obtido no concurso anterior. Nesses momentos tive a sensação de que estava sendo ultrapassado pelos meus concorrentes, várias vezes pensei que concurseiros com menos tempo de estudo já estavam tendo resultados melhores.
Em minha opinião, o importante neste momento, por mais estranho que seja, foi deixar de me preocupar com os concorrentes e pensar apenas em mim, refletir se de fato estava dando o meu melhor, aprender com os erros e voltar mais forte para a próxima.
Como nunca pensei em desistir, não deixava qualquer pensamento relacionado consumir meu tempo de estudo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Tomas: A minha principal motivação foi minha futura família, ainda que totalmente utópica. Sempre pensava na qualidade de vida que teria ao atingir o objetivo e, consequentemente, não permitia qualquer pensamento contrário negativo. Sabia que meu esforço iria valer a pena.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Tomas: De tudo o que vivi, acho que posso resumir minha experiência em 3 conselhos:
– Não se preocupe com seus concorrentes, se preocupe com você. Esteja bem, fisicamente e emocionalmente, para dar o seu melhor e tenha humildade para aprender com os erros, aprecie o caminho sem se preocupar com o destino.
– Diversifique seu objetivo, mantendo um foco central. Não pense no cargo X ou Y, mas sim em se tornar o servidor público que sonha ser.
– Ao ter certeza sobre o caminho dos concursos públicos, nunca duvide do seu potencial, o único concurseiro que não passa é aquele que desiste.