Aprovado no Concurso TRF-3
“Se você não tomou a decisão de estudar a sério antes, não fique remoendo o passado. Mantenha a cabeça erguida e olhe para frente. Nunca é tarde para começar e concurso público é uma das formas mais democráticas para quem quer uma vida melhor”
Confira nossa entrevista com Ricardo Assis Brasil Pfeifer, aprovado em 1º lugar no concurso do Tribunal Regional Federal da 3º região no cargo de Técnico Judiciário Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Ricardo Pfeifer: Me formei em Direito na Universidade Federal de Santa Catarina. Tenho 32 anos e sou de Porto Alegre, mas vim para Florianópolis ainda na infância, com meus pais, e moro aqui desde então.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ricardo: Desde o início da faculdade sabia que para um bacharel em Direito existem, a princípio, dois caminhos: advocacia ou concursos públicos. Nunca me identifiquei com a profissão de advogado e, por outro lado, guardava grande admiração por juízes e membros do Ministério Público, tanto pelos efeitos de sua atuação na sociedade quanto pelo fato de possuírem independência funcional, o que (ao menos me parecia) lhes possibilitava atuar com maior liberdade de consciência, sempre, é claro, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo ordenamento jurídico. Assim, pouco antes de me formar comecei a estudar para concursos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Ricardo: Inicialmente decidi me dedicar integralmente aos estudos, mas à época não possuía ainda a maturidade necessária à imposição da autodisciplina que a aprovação exige e, inda por cima, subestimava o desafio. Supunha que com apenas alguns meses de estudo obteria uma boa classificação e não tinha constância e deixava a preparação sempre para a última hora, depois que o edital já havia saído. Obviamente, esquecia boa parte do que havia aprendido antes e obtinha resultados insuficientes.
No final de 2014, fui aprovado para o cargo de Técnico Judiciário, no concurso do TRF 4, não entre as primeiras colocações, mas, considerando o concurso que havia sido realizado em 2010, tranquilamente dentro do número de nomeados. Mas os meses foram passando e, para minha decepção, a nomeação parecia cada vez menos provável. Como já estava formado há bastante tempo, decidi que uma mudança de planos cairia bem, ao menos provisoriamente.
Assim, comecei a trabalhar como assessor voluntário de um Desembargador, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e fui contratado após alguns meses. Devo a esse período da minha vida um considerável aumento da minha compreensão sobre o Direito, tanto em seus aspectos teóricos quanto práticos, e o aprimoramento da minha escrita, já que, além da análise de processos, elaborava minutas de acórdãos.
Foi apenas no início de 2019 que decidi retomar os estudos. Durante seis meses conciliei o trabalho com minha preparação. Acordava às cinco horas da manhã – às vezes um pouco mais cedo – e lia a Constituição Federal e os Códigos por duas ou três horas antes de sair de casa. À noite, cansado, fazia revisões por mais ou menos uma hora antes de dormir. Entretanto, a rotina exaustiva como assessor jurídico – tanto por ser uma atividade eminentemente intelectual quanto pelo volume de trabalho – me fez tomar a difícil decisão de pedir exoneração e voltar a me dedicar inteiramente aos estudos, o que fiz por outros seis meses.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Ricardo: Havia sido aprovado, em 2014, também para o cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária, na 47º posição para Florianópolis. Agora, junto com a primeira colocação para o mesmo cargo no TRF 3, fui aprovado para o de Analista Judiciário na 58ª posição.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Ricardo: Senti um misto de surpresa, felicidade e, acima de tudo, alívio. Já havia sido criado no WhatsApp um grupo de (suposta e esperançosamente) aprovados, a partir da classificação estimada dos candidatos que haviam cadastrado suas notas em rankings online. Imaginávamos que o resultado seria divulgado pela FCC apenas no começo da tarde, como tinha acontecido no concurso do TRF 4, meses antes. Especulava-se que poderia surgir logo após a meia-noite, no Diário Oficial, mas a maioria não achava que isso ocorreria. Fui dormir cedo e, quando acordei, ali pelas sete horas da manhã, olhei o celular, vi mais de setecentas mensagens não lidas no grupo e no mesmo instante percebi que era justamente o que tinha acontecido.
A ansiedade e a dificuldade em localizar o link para o download do documento, além das limitações de fazê-lo em um celular, ainda prolongaram um pouco a dúvida. Foi uma pessoa que eu conhecia e que também estava no grupo quem me deu a notícia de que eu havia alcançado a primeira colocação e obtido a nota máxima na redação. Sabia que as chances de ela ter se enganado eram mínimas, mas ainda assim contive a euforia até verificar a informação por conta própria. Então gritei, berrei alguns palavrões no meio da explosão de felicidade e corri para abraçar meu pai e acordar minha mãe e meu irmão, que ainda dormiam.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Ricardo: Claro que isso é algo que varia muito de pessoa para pessoa. Alguns são extrovertidos e precisam de um contato social mais frequente, do contrário esmorecem e logo ficam melancólicos. Eu, por outro lado, sempre possuí certa propensão à introspecção, por isso não senti tanta dificuldade em reduzir o convívio com outras pessoas ao mínimo indispensável. Visitava minha família uma vez por semana, normalmente aos domingos, e raramente via meus amigos. Às vezes até possuía algum tempo livre, mas quem se dedica com garra ao estudo para concursos sabe que o concurseiro é um ser incompreendido. É difícil ralar a semana inteira e na hora do lazer desligar tudo que passa na nossa cabeça. Mudam os interesses, o humor e muitas vezes tudo aquilo sobre o que queremos falar é concurso público. Então, de vez em quando, mesmo com tempo à disposição no final de semana, deixava de sair e optava por ficar em casa e ver algum filme.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Ricardo: Sou solteiro, moro sozinho e não tenho filhos. Minha família sempre apoiou minha decisão, tanto emocional quanto financeiramente, pois foram diversos livros adquiridos, além de viagens para prestar provas em outros estados. Tenho profunda gratidão por tudo o que fizeram por mim, além da paciência que tiveram, pois o resultado demorou muito para aparecer.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Ricardo: Isso depende muito da situação de cada um. Se há possibilidade de conciliar trabalho e estudo, o melhor é seguir assim. Embora a aprovação possa demorar mais, há a segurança de uma fonte de renda, sem a qual, aliás, a ansiedade pode sair de controle, por mais que uma reserva financeira tenha sido feita ou que os gastos pessoais, com materiais e viagens sejam custeados por familiares. Minha decisão de deixar um cargo com boa remuneração para viver apenas estudando foi um misto de racionalidade e intuição. O gabinete em que eu trabalhava passava por uma fase intensa, pois havíamos sido incumbidos da tarefa de zerar o acervo de processos, não raro fazíamos jornadas consideravelmente mais longas do que o normal e trabalhávamos aos finais de semana. O cansaço foi muito grande e, além disso, eu já possuía ritmo de estudo e uma ótima base de conhecimento, o que me deu certa segurança. Felizmente foi a decisão acertada, mas é algo delicado e que deve ser ponderado caso a caso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Ricardo: Estudei por quase um ano, mas já havia sido aprovado para o mesmo cargo, ainda que em uma colocação não tão boa e anos antes. Durante os primeiros seis meses, ainda trabalhava e conseguia estudar em torno de vinte horas líquidas por semana, às vezes um pouco menos. Quando saí do Tribunal de Justiça, passei a estudar pouco mais de quarenta horas líquidas por semana, de segunda a sábado.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Ricardo: Sim, estudei por alguns meses sem edital, mas com uma perspectiva razoavelmente concreta, pois sabia que o último certame do TRF 4 já havia vencido e que o próximo concurso poderia surgir a qualquer momento. Quanto à motivação, confesso que foi eminentemente negativa. Não sonhava tanto com os benefícios de uma boa carreira pública, mas tinha muito medo de estagnar profissionalmente, já que o cargo que então ocupava, além de demandar muita energia, não possuía progressão salarial. Para mim, funcionou, mas é claro que tal espécie de ânimo tem seus contratempos, entre os quais a ansiedade. Ainda assim, consegui manter o fator psicológico sob meu domínio.
Quando passei a estudar em tempo integral não criei uma rotina fixa, tinha apenas uma meta de oito horas líquidas diárias de estudo, que às vezes alcançava no final da tarde, outras próximo da meia-noite.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Ricardo: Quando estava me preparando para o TRF 4, meu material de estudo era apenas a lei, com base nos editais mais recentes dos concursos para Técnico e Analista. Logo após prestar a prova adquiri uma assinatura anual do Estratégia, já tendo em vista o TRF 3. Passei a conciliar a leitura da lei “seca” com o estudo das apostilas em PDF, que logo me impressionaram, tanto pelo conteúdo quanto pelo acabamento.
Sou um pouco perfeccionista e se noto erros de formatação ou de português no material, já fico com um pé atrás, achando que foi feito às pressas e sem atenção, defeito que felizmente jamais encontrei no material do Estratégia. Sempre preferi ler a ver aulas, pois acho que demandam muito tempo e servem mais para quem está iniciando os estudos ou possui alguma dificuldade com determinada matéria, por isso não vi nenhum vídeo, mas li diversas apostilas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ricardo: Logo após decidir adquirir um curso preparatório para ordenar melhor meu estudo, comecei a pesquisar na internet quais eram os mais conhecidos e confiáveis. O Estratégia chamou minha atenção, pois estava sempre entre os primeiros e era muito elogiado. Entrei no site, pesquisei o pacote que mais se adequava às minhas necessidades, baixei algumas aulas gratuitas e adquiri uma assinatura anual com confiança, pois de início já percebi que a equipe era extremamente profissional e de altíssimo nível.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Ricardo: Estudava todas as matérias ao mesmo tempo, dedicando entre duas ou três horas líquidas para cada uma delas. Como método de fixação, usei muito o Anki, um programa de computador voltado para a criação de flash cards, os quais revisava no celular assim que acordava, por cerca de meia hora. O método de memorização é tão bom, que cometi o mesmo erro de outras pessoas quando o descobrem: fiz cartões demais (cheguei a criar mais de dois mil e quinhentos). No mês da prova deixei os flash cards de lado e passei a usar apenas a resolução de questões para a fixação. Além disso, grifava o material (tanto a lei quanto os PDFs) e, religiosamente, fazia a revisão do dia seguinte, da semana e do mês.
No começo tive muita dificuldade de me organizar. Anotava tudo em uma agenda física, mas depois de algum tempo descobri um aplicativo de produtividade para celular chamado Trello, que me ajudou muito. Criei apenas um quadro e fiz três listas de tarefas, uma para cada revisão (dia, mês e ano). Quando terminava um bloco de estudo, criava uma tarefa na lista do dia com a matéria e o que havia lido (por exemplo: ADM, aula 3, p. 20-50; ou CF, arts. 1º-5º) e um lembrete para o dia seguinte, dentro da própria tarefa. Assim, todos os dias abria o app e olhava o que precisava revisar. Depois, arrastava a tarefa concluída para a lista seguinte e atualizava o lembrete com a nova data de revisão. Descrevendo por extenso pode parecer um pouco complicado, mas na verdade é algo muito fácil e prático e que me ajudou muito com o agendamento e controle das revisões.
Quando terminava uma apostila, fazia toda a bateria de questões de uma vez só. Criei no computador um caderno de erros para cada matéria. Se errava a questão, colocava a informação lá e revisava periodicamente. Também gostava muito de fazer tabelas no editor de texto, comparando informações parecidas ou contrastantes. Acessava também um site de questões e procurava resolver entre cinquenta e cem por dia.
Não montei um plano de estudos, pois já possuía um bom panorama da matéria e sabia quanto tempo mais ou menos cada assunto demoraria para ser estudado, então somente fazia o ciclo de estudos com todas as disciplinas.
Por fim, passava entre sete e oito horas e meia líquidas por dia estudando, o que controlava pelo contador regressivo do celular, em blocos de 1h20min.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Ricardo: Senti muita dificuldade em aprender Direito Previdenciário. Lembro que no meu primeiro contato com a matéria, estudando para o TRF 4, era comum ler apenas 15 minutos e já querer levantar para tomar água ou ir ao banheiro. Eram muitos detalhes e tudo parecia extremamente maçante. Como era uma matéria muito importante e não havia para onde correr, aos trancos e barrancos a aprendi, aos poucos, com o auxílio de diversos resumos que criei e sempre revisava no computador.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Ricardo: Estudei muito e quebrei meu recorde absoluto de horas estudadas em uma semana: 55 horas líquidas (possuía uma tabela no computador onde registrava quanto havia estudado em cada dia e o total de horas da semana). A ansiedade não me deixou descansar.
Estudei muito também na véspera da prova, em torno de nove horas. No dia acordei às quatro da manhã e ainda espremi uma horinha antes da prova de técnico, revisando algumas coisas de Direito Previdenciário.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, a prova discursiva. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ricardo: No último semestre da faculdade comecei a ler muito e me apaixonei pela literatura clássica. Lembro que passei alguns anos lendo, em média, um livro por semana. Autores como Dostoiévski, Tolstói e Thomas Mann me marcaram profundamente. A leitura constante dos grandes clássicos contribuiu para que eu desenvolvesse um senso mais aprimorado da linguagem e melhorasse minha expressão.
Por outro lado, o gosto pela literatura nessa fase da minha vida foi tão intenso que gerou uma espécie de crise vocacional e me desviou dos estudos. O que posso dizer com segurança é isto: não há atalho para a boa escrita.
Se possível, concilie a preparação para a prova objetiva com a leitura de algum livro bom, de preferência um clássico. No entanto, isso não basta. Confiante apenas na minha capacidade de expressão, fui fazer a prova do TRF 4 sem ter treinado redação e, como resultado, tirei 7,5 e caí diversas posições. Percebi que havia uma técnica específica para a redação da FCC. Nisso, as aulas do professor Raphael Reis no YouTube e seu curso de Ciências Humanas para Redação, foram essenciais. Apenas com esse material, sem sequer treinar redação entre um certame e outro (mas isso não aconselho, foi arriscado e tive um pouco de sorte) pulei de 7,5 para 10, nota que me permitiu alcançar a primeira colocação.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Ricardo: Meu maior erro foi demorar para começar a fazer questões. Achava que precisava antes estar preparado e, como essa sensação nunca chegava, postergava a resolução de exercícios. Além disso, acabava grifando na matéria muitas coisas de importância secundária, que nunca ou raramente eram cobradas. Tinha também a impressão de que precisava saber tudo para ir bem na prova, até que li algo que, para mim, foi como uma epifania: você passa no concurso acertando as questões fáceis e as médias. As difíceis compõem uma parte muito pequena da prova.
Acho que meu maior acerto foi ser muito metódico em minhas revisões. Minha memória não é das melhores (para falar a verdade, esqueço as coisas com uma facilidade que me parece maior do que a média), então as revisões do dia, da semana e do mês foram fundamentais para consolidar o conteúdo.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Ricardo: Em momento algum pensei em desistir. Passar bem, em um concurso concorrido, havia se tornado a maior pendência na minha vida, já que era um objetivo que eu tinha estabelecido ainda na faculdade.
Creio que a maior dificuldade foi lidar com a ansiedade e o isolamento, mesmo sendo uma pessoa naturalmente introspectiva. Como mencionei, gostava muito de ver filmes e sempre tive um gosto eclético, então assistia desde clássicos da década de 1950 a lançamentos. Isso me ajudou muito a aliviar a tensão.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Ricardo: Ter uma vida melhor. Trabalhar com dedicação, sem que minha vida se resumisse a isso. Sair da estagnação pessoal e profissional. Integrar um órgão em que eu pudesse crescer intelectualmente, ganhar o suficiente para viver com algum conforto e viajar nas férias sem precisar economizar demais para isso. Ter tempo para continuar estudando para concursos mais difíceis, como os da magistratura e do Ministério Público, sem precisar ter de escolher entre trabalho ou estudo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ricardo: É comum vermos entrevistas de aprovados com pessoas mais novas. Para quem já passou um pouco da casa dos vinte anos, como eu, pode parecer, a princípio, que o tempo de estudar para concursos já foi. Isso não é verdade. Se você não tomou a decisão de estudar a sério antes, não fique remoendo o passado. Mantenha a cabeça erguida e olhe para frente. Nunca é tarde para começar e concurso público é uma das formas mais democráticas para quem quer uma vida melhor. Não importa de onde você veio. Por mais que cada um enfrente suas próprias dificuldades, sejam elas intelectuais, financeiras ou de outro tipo, todos têm condições de começar a estudar, ainda que aos poucos, ainda que uma hora por dia. Estabeleça uma meta sólida e não olhe para o lado até que seja alcançada. Por fim, quero citar uma frase de Viktor Frankl de que gosto muito: “quem tem um porquê consegue suportar todos os comos”.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes