Aprovado em 11º lugar no concurso SEDUC CE como professor de física:
“Primeiro, buscar ajuda especializada, que é o que o Estratégia fornece, tanto na ferramenta como no método; depois, só depende do candidato. Para começar, você precisa de um sonho grande, para continuar, você precisa ser lembrado desse sonho grande continuamente e guardar a convicção de que você vai alcançá-lo. Viva esse sonho e imagine-se vitorioso; Por último, entenda: de maneira geral, não passa em concurso quem sabe mais, mas sim quem está melhor treinado”.
Confira nossa entrevista com Ramon André Mesquita Teixeira, aprovado em 11º lugar no concurso SEDUC CE como professor de física:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Ramon André Mesquita Teixeira: Sou formado em Física pela UECE e Engenharia Civil pela UNIFOR e tenho mestrado em Engenharia Mecânica, pela UFC. Tenho 33 anos e sou de Fortaleza.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ramon: Acho que essa decisão tem mais a ver com meus instintos. Gosto de estudar e gosto desse tipo de competição. É o que eu sei fazer. Na Física, praticamente não há mercado de trabalho, então o assunto entre nós (graduandos) era somente sobre estudos e pós-graduação. A possibilidade de aumentar minha renda e uma boa estabilidade também foi um atrativo vital.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Ramon: Comecei minha trajetória em concursos em 2006. Quando comecei a estudar para a PRF, costumo dizer que foi quando eu virei gente (risos). Infelizmente, não pude prestar esse concurso, devido a localização e o período da seleção, mas eu estava pronto. No ano seguinte, passaria no concurso da INFRAERO, mas abri mão para fazer medicina. Nesse período, eu só estudava. Esqueci concurso público até 2015, quando voltei do Canadá. Voltei à Fortaleza determinado a passar em um concurso público, buscando uma renda muito boa. Era meu segundo ano de mestrado. Comecei a pesquisar concursos e decidi fazer para AFRFB. Até metade de 2016, eu fazia o mestrado e cursava engenharia civil ao mesmo tempo. Vivi de bolsa até 2016, quando passei na seleção para professor temporário da UECE. No final desse ano, comprei meu tablet e conheci o Estratégia, foi quando voltei a estudar para concursos.
No final de 2016, prestei seleção para professor efetivo do IFCE, onde sou professor até hoje. A partir de dezembro de 2016, passei a estudar e trabalhar. Desde então, meu tempo era dividido em estudar para concurso, ser professor da UECE, estudar para as recorrentes seleções para temporário da UECE e pesquisa. Acordava 5 ou 6 horas da manhã para ir para a biblioteca da universidade estudar e ficava até a biblioteca fechar. Só parava para dar aula e para fazer uma horinha de caminhada três vezes por semana. Quando em casa, estudava de sete da manhã até 4 horas da tarde. Sempre que eu tinha que fazer outra coisa (como cozinhar ou dirigir), ficava escutando os áudios das aulas ao mesmo tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Ramon: O último que fiz, acho que foi o da SEDUC-CE, que foi em 2018, para professor efetivo, fiquei na posição 11. Hoje sou professor efetivo do IFCE, devido ao concurso que fiz em 2016, fiquei na posição 22, fui chamado em 2019.
Fiz o do IFGO em 2017, fiquei em 5º lugar. Fiz o do IFRN em 2017, mas não passei. Passei nas seleções para temporário na UECE em 2016, 2017 e 2018 (acho que não fiz em 2019). Em 2016, fiquei em 4º lugar; em 2018, fiquei em 2º lugar, mas não lembro minha colocação em 2017. E passei no concurso da INFRAERO em 2007, acho que fiquei entre os 30 primeiros.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Ramon: No da SEDUC-CE, foi particularmente incrível, porque eu havia passado por um problema de saúde seríssimo em julho. Tive uma crise de labirintite grave, que me derrubou por um mês. O mês de julho inteiro fiquei de cama e minha recuperação levaria dois anos e meio para acontecer. Mas eu precisava voltar a trabalhar, eu era professor da UECE e da Amar Educação.
Ou seja, eu tive que voltar a trabalhar e a estudar ainda extremamente debilitado, muitas vezes pensando em desistir. Começava a estudar, e logo tinha que parar; saía para trabalhar, e por vezes tinha que voltar para casa, porque eu não aguentava, eu ainda estava muito mal. Mas não desisti, eu continuei e tive que dominar temas que eu não tenho qualquer habilidade ou talento, que é a parte pedagógica da seleção (meu calcanhar de Aquiles até hoje). Isso exigiu de mim muito esforço e dedicação.
Então me destacar em um concurso público, com uma concorrência monstruosa, indo bem no que eu menos sei e dada a minha condição física à época… é sem palavras! Com certeza é um dos troféus que mais brilham na minha estante de vitórias.
No do IFCE, eu estudei muito, estava muito bem preparado. Na verdade, eu estava pronto para uma prova muito mais difícil, só não soube apenas uma questão. Mas errei bobagem e para aquele nível de prova, eu estava certo de que não passaria. Mas passei para a segunda fase com a nota mínima. Era possível 40 candidatos passarem para a segunda fase, todavia em torno de 30 passaram. A segunda fase era uma aula e, apesar de eu ser professor, tinha colegas cujas aulas eram muito melhores do que as minhas, então, na minha cabeça, a minha aula era horrível e eu não conseguiria a vaga.
Mas me dediquei muito, treinei minha aula por um mês e fiquei entre os primeiros, inclusive com nota melhor do que alguns desses colegas. No geral, fiquei na posição 22, no cadastro de reserva, fui chamado em 2019. Foi uma alegria incomensurável, porque cargo melhor do que esse só o de Auditor Fiscal ou talvez o de juiz. E eu não tenho dúvida de que foi Deus que me colocou onde eu estou.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Ramon: Depende da situação. Na primeira seleção para professor da UECE, como a prova ocorre cerca de um mês depois da publicação do edital, eu estudei por esse mês. À época, eu fazia engenharia civil e o mestrado (minha dissertação estava muitíssimo atrasada – 25 meses – e eu estava com muito medo de ter que devolver a bolsa de R$36 mil), ou seja, ou eu passava, ou eu ficava sem dinheiro. Então eu passei um mês só me preparando para a UECE, deixei de lado a UNIFOR e a UFC. Levantava 6h da manhã para estudar e só parava 2h da madrugada. Eu fazia só isso. Foi um pouco parecido com isso nos concursos da SEDUC-CE e do IFCE. Mas, no da AFRFB, eu me permitia sair uma vez por semana, assistir a um jogo uma vez por semana… era mais tranquilo, mas com disciplina rígida, até porque não se tinha ideia de quando sairia o edital.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Ramon: Minha família entendeu sim e me apoiou muito. Devo tudo o que tenho, em primeiro lugar, a Deus e depois a minha família. Sou muitíssimo grato por isso. Atualmente moro com minha namorada, Hiza.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Ramon: Meu objetivo maior é atingir uma boa qualidade de vida. O concurso público é uma boa ferramenta para isso. Sei que para alcançar grandes rendas devemos empreender. Atualmente dedico boa parte do meu tempo em investimentos no mercado de capitais, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal. Provavelmente, serei empreendedor no futuro, mas, por agora, estou muito satisfeito onde eu estou. Gosto de ser professor, o dinheiro é bom, o trabalho é bom, o ambiente é bom e o que eu faço me é familiar. Como eu disse, melhor do que isso só auditor fiscal ou juiz.
Com certeza não vale a pena você fazer outros concursos que não da área do seu objetivo maior, a menos que o candidato encontre familiaridade ou habilidade, algo que o candidato considere fácil e que exija apenas poucas horas de estudo.
Gosto de guardar a possibilidade de ser auditor fiscal da SEFAZ-CE ou de Fortaleza. Quem sabe no futuro, em vez de empreender… talvez para daqui a 10 ou 20 anos.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Ramon: Para AFRFB, sim. Para os outros, não. Eu crio um cronograma com metas menores, mas sou muito disciplinado. Seguia meu cronograma à risca até quando precisasse ser readaptado, pois precisava trabalhar também. Quando perdia horas de estudo por alguma razão, dava um jeito de recuperar nos horários livres. Eu me via vitorioso, por isso eu nunca me sentia cansado, eu estava convicto de que eu conseguiria. Para mim, era uma diversão estudar.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ramon: Pela internet. Pesquisei cursos on-line e gostei muitíssimo da proposta do Estratégia. Para mim, casou perfeitamente.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Ramon: Principalmente livros e cursos em PDF, com algumas videoaulas, para a primeira fase; e as videoaulas foram vitais para a segunda fase.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Ramon: Aprendi com o Estratégia o poder das disciplinas intercaladas e das revisões de 24 h, 1 semana e 1 mês. Mas o grande gatilho do aprimoramento de meus estudos foi a primeira seleção da UECE. A prova escrita é dissertativa, sorteado 1 dentre 10 tópicos na hora da prova. Então, o candidato teria de ser capaz de dar uma aula completa e perfeita sobre os 10 tópicos. Primeiro preparei os meus materiais, aquilo que eu queria escrever na prova, depois treinava muito. Acho que o grande segredo do sucesso é esse: treinar, treinar e depois treinar mais. Dedicava 8h por dia de estudo para o concurso de AFRFB religiosamente, para os outros, tudo que podia, afinal o edital já havia sido publicado.
Eu entendo que se você puder dar uma aula completa e perfeita, tanto escrita como expositiva, sobre determinado assunto, então você domina esse assunto. A partir desse ponto, é só treinar. Então, eu usava tanto os materiais do Estratégia, com anotações e marcações, como criava meus próprios materiais, quando necessário. Os exercícios eram mais para medir o percentual de acerto. Porque comprovei, por experiência que se, por exemplo, acerto em média 80% das questões de exercícios, então, com certeza, acertarei em torno de 80% da prova. Então eu usava os exercícios como instrumento de métrica.
Meu plano de estudos foi baseado nas dicas dos professores do Estratégia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Ramon: Sim, a parte pedagógica, para mim ainda é um terror. Para AFRFB, tive dificuldades em contabilidade, contabilidade pública e direito previdenciário.
Mas é só insistir que você acaba se acostumando com o conteúdo e as dificuldades vão sumindo. Afinal, qual a diferença entre mim e um contabilista, por exemplo? Somente o tempo de experiência.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Ramon: Véspera de prova não é período de preparação, não vale a pena se inteirar sobre algo novo, no máximo, uma dica importante e rápida ou algumas frases pequenas. Véspera de prova é hora de treinar e consolidar o conhecimento que se tem.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ramon: Como disse, a discursiva não é novidade para mim. Perdi o medo da discursiva durante a faculdade, quando pela primeira vez, na disciplina de Física Matemática I, o professor Kleiton do Carmo Mendes nos passou uma prova dissertativa sobre espaços métricos, sem falar que sou da época do vestibular da UFC, que ostentava questões discursivas. Para se preparar para esse tipo de prova, faça uso do “e se…”, “e se isso ocorresse? e se fosse assim, e não de outro jeito?”. Durante os seus estudos, formule suas próprias questões e responda-as escrevendo; comente as questões que você resolve. Uma questão da CEBRASPE, por exemplo, que é para dizer se está certo ou errado, não se limite a isso, faça comentários escritos e falados completos na questão.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Ramon: O maior erro que tive foi começar pelos materiais errados. Perdi muito tempo com isso. Acho que o grande acerto foi contratar os serviços do Estratégia, porque está tudo lá. Depois disso, eu só precisava controlar meu emocional.
Vi muitos vídeos motivacionais e me mantive disciplinado. Acho que eu resumiria meus grandes acertos às possibilidades que o Estratégia me proporcionou e à convicção que tinha de que eu conseguiria passar. É a convicção que nos mantém de pé, não tem jeito. Como diz Ayrton Senna, o segredo para vencer em Mônaco (e na vida) é lamber a parede, não tem jeito.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Ramon: Só pensei em desistir no período em que estive doente (mas isso seria só uma pausa), mas nunca desisti. Sempre estive convicto de que um dia eu passaria em um concurso bom. Eu sabia que eu podia. Sabia que era capaz. E eu sabia que era só uma questão de tempo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Ramon: Paz. Gosto de uma história de quando eu estudava para a PRF. Eu muito novo, não sabia bem o significado das coisas. Comecei o curso preparatório sem me importar muito, assim como eu havia feito no colégio e nos cursinhos antes disso.
Em toda aula, o professor Maurício, de informática, colocava no canto da lousa o vencimento inicial do Policial Rodoviário Federal, ou seja, quanto a gente ganharia. Em uma dessas vezes, eu tive um insight, pensei “cara, se eu passar nesse concurso, a minha vida tá feita, acabou o perrengue por dinheiro pelo resto da minha vida”. Esse pensamento me fez mudar completamente.
Desde então, passei a “comer” os livros. E foi assim, a partir desse momento, que as coisas começaram a acontecer para mim. Sou de origem humilde, do subúrbio de Fortaleza e sei como a pobreza dá azar (risos). Eu busco qualidade de vida. Para mim, o concurso não é o fim, mas o meio de alcançá-la. E assim, como eu era convicto de que um dia passaria em um concurso bom, estou plenamente convicto de que um dia alcançarei minha independência financeira e a qualidade de vida que tanto almejo.
Essa é minha motivação maior. Falando de uma motivação “mais perto”, aquela que você usa para se levantar de manhã e passar o dia estudando, todos os dias, eu aprendi muito cedo a querer coisas grandes e boas para mim. Então eu almejava passar em um concurso bom por instinto. Saber que era uma coisa maravilhosa para mim, saber que eu era capaz de conquistar e saber que poderia, isso mexeu com o meu brio e os meus desejos mais profundos. Acho que essa é a resposta que você queria.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar onde você chegou!
Ramon: Primeiro, buscar ajuda especializada, que é o que o Estratégia fornece, tanto na ferramenta como no método; depois, só depende do candidato. Para começar, você precisa de um sonho grande, para continuar, você precisa ser lembrado desse sonho grande continuamente e guardar a convicção de que você vai alcançá-lo. Viva esse sonho e imagine-se vitorioso; por último, entenda: de maneira geral, não passa em concurso quem sabe mais, mas sim quem está melhor treinado; e não esqueça de lamber a parede (risos)!
Gostaria de agradecer enormemente, primeiro a Deus, segundo, a minha família e a minha namorada e ao Estratégia Concursos. Gostaria de deixar abraços e elogios especiais ao professor Décio Terror, que é um monstro de professor, fico arrepiado com as aulas dele; ao professor Ricardo Vale, de quem eu sou fã e me inspira muito como professor; e ao professor Fábio Dutra, que é de uma qualidade fenomenal. Gostaria de parabenizar ao Estratégia pela aquisição do professor Thállius Moraes, que é um monstro de profissional, é um cara que eu admiro demais mesmo, extremamente competente. O Estratégia é gigante!