Aprovado em 6º lugar no concurso da PRF
“Lembre-se que essa fase é passageira, e que ela só está te preparando para algo muito maior que está por vir. Se for preciso, pare por alguns dias, relaxe, esfrie sua cabeça, mas em momento algum desista do seu sonho”
Confira nossa entrevista com Marco Aurélio da Silva Mendes, aprovado em 6º lugar no concurso da PRF:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Marco Aurélio da Silva Mendes: Sou graduado em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade Federal de Goiás – UFG e tenho 28 anos. Sou natural de Ceres – GO, residindo atualmente no município de Rubiataba – GO, situado a cerca de 200 km de Goiânia – GO.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Marco Aurélio: O que me levou a iniciar os estudos para concursos públicos foi a instabilidade no emprego, bem como o baixo salário, pois logo que me graduei, tive dificuldade para conseguir empregos com salários razoáveis, e a maioria das empresas se negavam a pagar o piso salarial do profissional. Sendo assim, percebi que o concurso público poderia me dar uma estabilidade no emprego e também um bom salário.
Estratégia: Por que a área Policial? Tem alguém que te inspirou?
Marco Aurélio: Na verdade, eu sempre fui um grande admirador da carreira policial, mesmo não sendo minha escolha inicial. Desde criança eu ficava bastante empolgado quando avistava uma viatura passar, além de me sentir em segurança. Depois de adulto, ingressei na universidade para cursar engenharia, e pelo fato de ter dificuldades para conseguir um bom emprego, pois a realidade que vivemos hoje são empresas exigindo cada vez mais experiências profissionais e um bom currículo, e não dão oportunidade para quem está iniciando na carreira, além de oferecerem salários que não alcançam muitas vezes nem metade do piso salarial do profissional. Por esse motivo, despertei meus olhares para a carreira policial, pois vi uma oportunidade de conseguir minha estabilidade, receber um bom salário, podendo utilizar meu curso superior como requisito de ingresso e fazer algo que admiro desde criança.
Estratégia: O fato de lidar com o crime no dia a dia gerou algum tipo de medo em você ou em sua família?
Marco Aurélio: O fato de lidar com o crime gera um tipo de receio inicialmente, ainda mais para quem está ingressando na carreira. No entanto, pelo fato de já estar atuando nessa área, como servidor do sistema penitenciário, hoje já vejo com outros olhos, e não me incomoda o fato de lidar na minha rotina com criminosos. Já com relação a família, o fato de eu trabalhar nessa área os incomoda um pouco, principalmente mãe e esposa, que ficam bastante preocupadas (normal, rsrsrs).
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Marco Aurélio: Durante minha caminhada como concurseiro sempre conciliei trabalho, família e estudo. Nos primeiros meses de estudo para concursos, eu trabalhava numa carga horária diária de 7 horas, de segunda a sexta, como analista ambiental em uma secretaria municipal de Meio Ambiente, sendo assim, estudava à noite, e o estudo muitas vezes não rendia muito, pelo fato de já estar bem cansado mentalmente.
Depois de um certo tempo, consegui alterar minha carga horária de trabalho, e passei a trabalhar somente meio período, e foi a partir daí que comecei a mergulhar mais fundo no mundo dos concursos, e meus estudos começaram a render mais, conseguindo estudar durante mais tempo e reter mais o conteúdo.
Quando passei a trabalhar meio período, inicialmente trabalhava no período da tarde, então já passei a acordar bem cedo (por volta das 4 horas da manhã) e já iniciava os estudos. Então fui me adaptando ao estudo no período da manhã, estudando até por volta das 11:00 (tirava intervalos de pausa para alimentação, descanso e necessidades básicas), depois almoçava e me organizava para ir ao trabalho, iniciando às 13:00. Saía do trabalho às 17:00, buscava o filho na escola, chegava em casa e me alimentava, tirava um descanso de alguns minutos e já iniciava novamente nos estudos, permanecendo até por volta das 22:00.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Marco Aurélio: Fui aprovado no concurso da SANEAGO para o cargo de Técnico em Sistema de Saneamento no ano de 2018, alcançando a 5ª colocação, no entanto, fiquei no cadastro de reserva, não sendo convocado até o momento. Em 2019, fui aprovado dentro das vagas, alcançando a 46ª colocação no concurso de Agente de Segurança Prisional do estado de Goiás – ASP.
O último concurso que fui aprovado foi a tão sonhada Polícia Rodoviária Federal – PRF, alcançando a 5ª colocação no resultado preliminar, ficando em 6° lugar após a fase de recursos da prova discursiva.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Resposta: Foi uma sensação indescritível, momento de muita alegria e emoção, ainda mais pelo fato de ter conseguido uma ótima classificação em um concurso tão concorrido, e em uma prova que a maioria dos candidatos achou com um nível alto de dificuldade. Ver meu nome no Diário Oficial da União foi uma sensação de dever cumprido, e naquele momento percebi de fato que todo meu esforço dedicado na minha fase de preparação valeu a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Marco Aurélio: A postura que tomei com relação a minha vida social durante a fase de preparação para concursos, no início, foi um pouco radical. Inicialmente me privei basicamente de tudo, festas, saídas e aniversários. Depois de algum tempo fui me permitindo mais, pois como sou casado e tenho um filho, comecei a perceber que não poderia ser tão radical assim, tendo que dedicar um tempo a minha família. Enfim, não me permitia sair do foco, mas também não adotei uma postura tão radical, deixando alguns dias livres para poder fazer algo com a família.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Marco Aurélio: Sou casado e tenho um filho. Moro atualmente com minha esposa e meu filho. Minha família sempre me apoiou na minha trajetória nos estudos, mesmo às vezes não entendendo o fato de ter que ficar por várias e várias horas fechado dentro de um quarto estudando, se privando de muitas coisas, com o passar do tempo começaram a entender que tudo aquilo era necessário para quem realmente queria ser aprovado em um concurso público, e que aquela fase seria passageira. Quando perceberam que eu realmente tinha definido que eu queria ser aprovado em um concurso público, me deram total apoio. Meus pais me ajudaram financeiramente, na aquisição de cursos, livros, apostilas, entre outros materiais, minha esposa também contribuiu muito financeiramente, me deu total apoio moral, além de se privar juntamente comigo da vida social.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Marco Aurélio: Eu acredito que o concurseiro inicialmente deve definir qual área quer realmente seguir (fiscal, policial, jurídica etc). No meu caso, inicialmente defini a área policial, depois defini meu concurso alvo, que seria o meu objetivo final a ser alcançado, no meu caso a PRF. Dessa forma, comecei minha preparação com base no último edital disponível. Durante minha fase de preparação, foi publicado o edital do concurso de Agente de Segurança Prisional do Estado de Goiás, com vagas próximas da minha cidade, foi aí que decidi deixar o edital da PRF um pouco de lado e focar nesse concurso, que felizmente consegui ser aprovado dentro das vagas. Enfim, acredito que o concurseiro deve escolher a área e o concurso alvo, mas nada impede que ele faça outros concursos que tenham disciplinas em comum e que esteja na mesma área de atuação, pois o candidato pode conseguir a aprovação e garantir sua estabilidade em um concurso menor, e nada impede que o mesmo assuma o cargo e continue estudando para o cargo que ele realmente deseja ocupar. No mundo dos concursos o céu é o limite, e o candidato que define o cargo e a instituição que ele se sentirá realizado pessoal e profissionalmente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Marco Aurélio: Prestei o concurso da PRF de 2018, não conseguindo ser aprovado. Sendo assim, após o fracasso no concurso de 2018, descansei por alguns dias para me recompor, e logo após comecei a estudar novamente direcionado ao próximo concurso da PRF. Em julho de 2019 foi publicado o edital do concurso de Agente de Segurança Prisional de Goiás, sendo assim, direcionei meus estudos para esse concurso durante cerca de quatro meses, porém não deixava as matérias da PRF de lado, conciliando o estudo para os dois concursos simultaneamente, mesmo que o foco maior naquele momento fosse para o concurso de agente prisional, que já estava com o edital aberto. Enfim, para o concurso da PRF 2021, estudei por aproximadamente 2 anos.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Marco Aurélio: Sim, estudei a grande maioria do tempo sem ter o edital aberto. Para manter a disciplina nos estudos, gostava muito de assistir vídeos motivacionais, acompanhar o trabalho da instituição pelas redes sociais, também passei a seguir nas redes sociais vários Policiais Rodoviários Federais, e aquilo me inspirava diariamente, ainda mais quando, no ano de 2020, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou publicamente sobre a abertura de mais 2.000 vagas para a instituição, notícia essa que serviu para mim como uma maneira de impulsionar ainda mais nos estudos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Marco Aurélio: Utilizei na minha preparação para o concurso da PRF o curso online do Estratégia Concursos, assinatura policial anual. Utilizava os PDF’s na grande maioria das disciplinas, e nas que eu tinha um pouco mais de dificuldade (Português e Informática), bem como nas disciplinas de exatas (Raciocínio Lógico Matemático e Física) utilizava as videoaulas. Enfim, conciliei o estudo com leitura de PDF e assistindo as videoaulas. Vale ressaltar que também utilizei bastante os resumos e mapas mentais para fazer revisões dos conteúdos estudados. Também utilizava uma plataforma online para resolução de questões e adquiri um pacote de simulados direcionados para o concurso da PRF.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marco Aurélio: Conheci o Estratégia Concursos pelas redes sociais, pois devido ao fato de eu seguir muitos PRF’s nas redes sociais, muitos indicavam o preparatório do Estratégia, e foi pela indicação de um grande número de aprovados que eu decidi adquirir o preparatório.
Estratégia: Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Marco Aurélio: Utilizei na minha preparação o método de estudos por ciclo. Iniciei os estudos com 5 disciplinas, e quando finalizava o conteúdo previsto no edital de alguma dessas disciplinas, inseria uma disciplina nova no ciclo de estudos, e aquela(s) que eu havia finalizado o edital, reduzia a carga horária e continuava com revisões e resolução de questões. Continuei dessa forma até conseguir cobrir todo o conteúdo previsto no edital.
No pós-edital, as matérias que já estavam previstas no antigo edital eu fazia leitura de resumos e resolução de questões, retornando na leitura da teoria quando o desempenho na resolução de questões sobre determinado assunto não era bom.
Com relação às novas disciplinas que foram inseridas no edital novo, inseria no ciclo de estudos até finalizar por completo todo o edital previsto. De forma breve, no pré-edital estudava de 2 a 3 matérias por dia, em média, já no pós-edital, como o estudo era mais corrido, na maioria das disciplinas fazendo somente a leitura de resumos e resolução de questões, estudava de 4 a 5 matérias por dia. Não fazia geralmente resumos próprios, ao meu ver tomava muito tempo, sendo assim, eu costumava utilizar os resumos e mapas mentais disponíveis no curso do Estratégia. Fazia alguns post-it, geralmente de conteúdos de resoluções do CONTRAN, fórmulas, ou certos conteúdos que tinha dificuldade em memorizar.
No pré-edital, focava muito na teoria e fazia a leitura de todo o PDF, posteriormente partia para a resolução de questões. Conforme terminava o conteúdo, fazia revisões dos conteúdos que meu desempenho não era tão bom na resolução de questões, e se fosse necessário, até retornava na teoria novamente. Já no pós-edital, fazia mais leitura de resumos e mapas mentais, e resolução de questões, com exceção nas novas disciplinas inseridas no novo edital, que foi necessário ver toda a teoria inicialmente.
Com relação a carga horária diária de estudos, procurava estipular uma meta de 6 horas líquidas diárias, é claro que isso não era engessado, alguns dias fazia menos, outros mais, mas sempre procurando manter a média de 6 horas diárias. Já teve dia de fazer 8 horas líquidas diárias, ou até mais, nos dias próximos à prova. Como eu trabalhava em regime de plantão (24 hrs por 72 hrs de descanso), trabalhava 2 dias na semana, e o restante dos dias eu utilizava para estudar. Geralmente aos domingos, quando não estava de plantão, deixava para fazer um simulado e algumas revisões, deixando a maior parte do dia livre para poder ficar um tempo junto da família.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marco Aurélio: As matérias que tive mais dificuldade foram Português e Informática. Para superar as dificuldades nessas disciplinas, primeiramente via a teoria completa por videoaulas e fazia meu próprio caderno de anotações dessas matérias. Conforme ia finalizando uma aula, seguindo normalmente a ordem prevista no curso, partia para a resolução de questões. Fazia também muitas revisões pela leitura do meu próprio material, também aumentei um pouco a carga horária de estudo das matérias que tinha mais dificuldade, para aumentar o tempo de contato com a disciplina e tentar absorver mais o conteúdo.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Marco Aurélio: Na semana que antecedeu a prova, a minha rotina era muito intensa, iniciando os estudos bem cedo, período que eu tinha um rendimento maior, estudando até o máximo que conseguisse, é claro que verificando sempre se eu realmente estava absorvendo o conteúdo, caso verificasse que não estava rendendo mais o estudo, optava por descansar. Na véspera da prova foi também dia de estudo, sendo que estudei praticamente o dia todo no sábado, optando por fazer algumas revisões de conteúdos que tinha mais dificuldade e releitura de alguns resumos e mapas mentais de resoluções do CONTRAN.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marco Aurélio: No meu caso, não tive uma preparação específica para a prova discursiva. No pós-edital assisti a algumas videoaulas sobre escrita de redação, também sempre procurava ficar ligado nas notícias mais relevantes sobre a instituição, para estar informado sobre possíveis temas de redação. Já com relação à escrita da redação, no meu caso particular, nunca tive dificuldade em escrever, pois trabalhei bastante com confecção de relatórios, pareceres técnicos, ofícios, estando de certa forma sempre em contato com a escrita, fato que muito me ajudou nessa prova.
Para quem tem dificuldades na escrita, aconselho muito a se preparar com afinco, pois a discursiva pode ser o fator decisivo para te colocar dentro ou fora da tão sonhada vaga. Essa análise deverá ser pessoal, sendo necessário o candidato conhecer suas fraquezas, e se a escrita for uma delas, deverá se preparar com uma maior intensidade, podendo até adquirir um curso específico, ou contratar um professor de português para estar auxiliando o candidato.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e demais etapas?
Marco Aurélio: A preparação para o TAF foi feita na academia, para condicionamento físico e fortalecimento de ligamentos, cuidando também da alimentação, que é muito importante para o candidato se manter em forma e não comprometer sua saúde. Já com relação à corrida, estava praticando cerca de 3 vezes por semana, ao ar livre, simulando a prova de 12 minutos, e depois correndo até atingir uns 30 minutos de corrida total, com uma menor intensidade para ganhar resistência aeróbica. Decidi nas duas últimas semanas de preparação contratar um profissional de educação física para me auxiliar, pois fiquei com receio de estar fazendo algum movimento errado, ou de até estar me preparando de forma errada, e correndo o risco de me lesionar.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marco Aurélio: Acredito que os principais erros que cometi foi no início dos estudos, que não adquiri inicialmente um material de qualidade, comprando de início apostilas de bancas, acreditando que seriam suficientes para chegar preparado em uma prova de concurso público. Outro erro acredito que foi a ausência de uma estratégia definida nos estudos, em que eu percebia estar muito perdido com a quantidade de disciplinas, muitas das vezes não sabendo o que eu ia estudar num determinado dia, perdendo muito tempo e diminuindo meu rendimento. Depois que adquiri um material de qualidade, consegui perceber o aumento gradativo do meu desempenho na resolução de exercícios, e percebia que eu conseguia aprender de forma mais fácil o conteúdo, principalmente as matérias de direito, que eu não tinha qualquer contato, e consegui aprender com certa facilidade pela linguagem simples utilizada pelos professores do Estratégia na elaboração dos livros eletrônicos, possibilitando que alguém formado em engenharia pudesse alcançar ótimos índices de acerto em matérias de direito.
Um dos meus maiores acertos, além de ter optado em adquirir um material de qualidade e investir um pouco mais na minha preparação, foi utilizar o método do ciclo de estudos, que propiciou organização da minha rotina, sendo assim, eu já iniciava o dia sabendo o que eu tinha de estudar, fazendo com que o tempo fosse aproveitado de uma melhor forma, e meu rendimento aumentasse gradativamente. Outro acerto que eu vejo, é de não ter desistido em nenhum momento, apesar de todas as dificuldades, continuei firme na preparação, conseguindo enfim a tão sonhada aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Marco Aurélio: O estudo para concursos não é nada fácil, e eu, como todo concurseiro, tive muitas dificuldades. Tinha que conciliar trabalho, estudos e família. Tive de lidar com estresse, ansiedade, emocional abalado, problemas de saúde, dor na coluna, dor de cabeça e tudo mais. Para mim, uma das maiores dificuldades foi conseguir a constância nos estudos, pois logo quando iniciei, não conseguia ficar por muito tempo estudando, devido a procrastinação. Logo que iniciava os estudos, em poucos minutos já estava desconcentrado, pensando em outra coisa, e quando eu percebia já estava utilizando o celular ou fazendo outra coisa. Depois que comecei a deixar o celular longe do local onde eu estudava, contribuiu bastante para reduzir a procrastinação e aumentar o tempo líquido de estudo.
Em alguns momentos, ficava bastante inseguro, e sim, realmente algumas vezes cheguei a pensar em jogar tudo para o ar. No entanto, quando pensava isso, eu também procurava lembrar de tudo que eu já havia feito, e o porquê de eu estar passando por tudo aquilo. Lembrava que aquela fase era passageira, e que desistir não era uma opção, pois eu jogaria todo o meu esforço e tempo por água abaixo, além passar o resto da vida inconformado e infeliz, sabendo que eu poderia ter feito mais para poder mudar a minha vida e a da minha família e não fiz.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Marco Aurélio: Minha principal motivação sempre foi minha família. Eu queria ter um emprego que me desse uma estabilidade financeira, para poder dar a minha família condições melhores de vida e poder proporcionar bons momentos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marco Aurélio: O meu conselho para você que está iniciando sua trajetória no mundo dos concursos é nunca desistir. Você terá muitas dificuldades, passará por provações, mas quando passar pela sua cabeça em desistir, lembre o porquê de você estar passando por aquilo. Lembre-se que essa fase é passageira, e que ela só está te preparando para algo muito maior que está por vir. Se for preciso, pare por alguns dias, relaxe, esfrie sua cabeça, mas em momento algum desista do seu sonho. Você só não irá conseguir alcançar seu objetivo se você desistir. Levo uma grande frase motivacional comigo: ”Se você cansar, aprenda a descansar, não a desistir”.