“Os PDFs são excelentes, por tornar a preparação mais célere e aumentar o desempenho em um curto espaço de tempo, porque não haverá a necessidade de realizar pausas para anotações, basta simplesmente ler o conteúdo, grifar o que for mais importante e partir para as questões.”
Confira nossa entrevista com Marco Augusto da Silva Filho, aprovado em 7º lugar no concurso PC-PA no cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Marco Augusto da Silva Filho: Chamo-me Marco Augusto, tenho 26 anos, sou natural da cidade de Cáceres no Mato Grosso, vou me formar no ano de 2021/02, no curso de Direito, da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Marco Augusto: A decisão foi tomada por inúmeros fatores. Primeiramente, nos semestres iniciais da faculdade, tive contato com alguns amigos servidores, que puderam me detalhar os benefícios da iniciativa pública, como a estabilidade, a remuneração e, em certa medida, a flexibilidade na rotina de trabalho, a exemplo de alguns cargos que possuem jornada de vinte e quatro horas por setenta e duas.
Além disso, acreditei, e acredito, não ter perfil, nem poder aquisitivo para me ascender profissionalmente na advocacia. Então, vi no mundo dos concursos públicos uma oportunidade. Após, foi o momento de escolher a área, optei pelas carreiras policiais, apesar dos seus desafios, em lidar com situações que, muitas vezes, envolvem a violência, a atividade investigativa e operacional desenvolvidas por esses profissionais sempre me instigaram, ao ponto de me imaginar fardado e exercendo as funções do cargo, isso me inspirou, e me inspira.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Marco Augusto: Iniciei minha preparação no ano de 2019. Depois da frustação de não ter atingido o mínimo na prova da PRF, resolvi mudar. À época, eu estagiava na subseção da Justiça Federal em Cáceres, conversei com uma das servidoras que tinha sido nomeada a pouco tempo no TRF1. Ela me mencionou os benefícios do estudo por livros digitais (.PDFs), e, ainda, que utilizava o Estratégia Concursos.
Nesse momento, eu observei alguns materiais gratuitos do Estratégia e pude constatar que tinha muita qualidade, as aulas eram bem completas, com mapas mentais e, inclusive, questões ao final do .PDF filtradas pelo próprio professor, o que já encurtava um grande passo, pois não precisava procurar por materiais e questões com filtros inadequados.
No início de 2020, eu saí do estágio e resolvi me dedicar integralmente aos concursos e à faculdade, recebi o apoio financeiro da minha companheira que, aliás, foi um forte alicerce nessa caminhada. Eu estudei para o concurso do DEPEN, quando foi publicado o Edital da Polícia Civil do Pará, então, migrei meus estudos, começando do “zero” matérias como contabilidade e estatística.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Marco Augusto: Em 2019, fui aprovado em um concurso da Prefeitura de Pontes e Lacerda/MT, no cargo de Fiscal de Tributos, fiquei na 3ª colocação.
Após o longo ano de 2020 sem provas, em 2021, fui aprovado no concurso da Polícia Civil do Estado do Pará, na 7ª colocação, no cargo de investigador de polícia.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Marco Augusto: Eu fiquei muitíssimo feliz. Foi recompensador ver que todo o esforço em me dedicar por longas horas e fazer milhares de questões valeu muito a pena. Além do alívio da pressão de ter que ser aprovado, a sensação foi a de um caminhão ter saído das costas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Marco Augusto: Acredito que cada um tem seu perfil, não há problema em sair com amigos e familiares, desde que se comprometa seriamente com os estudos. Em verdade, a pandemia propiciou o afastamento social, mesmo entre os familiares mais próximos. Contudo, sempre tive o perfil de ser “caseiro” e antissocial, de modo que visitava a família eventualmente, mas sempre mantendo como prioridade absoluta os estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Marco Augusto: Vivo em União Estável, minha companheira, após o estágio, me deu o apoio financeiro e psicológico para que eu pudesse me dedicar ao concurso, ajudando a superar alguns transtornos, como a ansiedade e o estresse. A família entendeu minha escolha e me incentivou a trilhar esse caminho.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Marco Augusto: Hoje, os concursos estão muito acirrados, notas de corte altíssimas e candidatos bem preparados. É imprescindível que se seja profissional, “fechar o edital” não se tornou privilégio, mas necessidade, pois, em muitos casos, aquelas matérias com menos peso, mais negligenciadas, colocar-te-ão dentro das vagas.
Nesse sentido, a escolha de focar em outros concursos precisa ser bem pensada, por exemplo, vale a pena estudar para alguns editais que tenham matérias parecidas com seu objetivo principal, com semelhança em, pelo menos, setenta por cento. Acredito que, abaixo desse percentual, não valeria a pena.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Marco Augusto: No concurso da PCPA, após a publicação do Edital, decidi migrar meus estudos, de modo que me preparei durante, aproximadamente, cinco meses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Marco Augusto: Para outros concursos, sim. Tentei sempre me motivar de algumas maneiras, com áudios e vídeos motivadores, bem como me imaginar vivendo uma vida melhor, mais estável. Além disso, eu adaptava as matérias que eu ia bem nos horários que rendia menos e vice-versa, afim de tornar o estudo mais dinâmico.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Marco Augusto: Na preparação, eu utilizei, preponderantemente, os PDFs, as videoaulas somente para matérias que sentia dificuldade ou as quais eu estava tendo o primeiro contato, como estatística e contabilidade. Eu lia e grifava os PDFs, depois resolvia as questões nele contidas. Para revisão, em alguns assuntos e matérias, usei também os PDFs simplificados e mapas mentais. Por fim, recorri-me ao sistema de questões do Estratégia Concursos, resolvendo várias questões de diversas matérias, principalmente na reta final.
As videoaulas são interessantes no sentido de proporcionar ao aluno um conhecimento completar à matéria e, ainda, uma espécie de reforço para memorização do conteúdo. Contudo, é uma ferramenta que demanda maior tempo do aluno, ela seria boa, por exemplo, para quem estuda a médio e longo prazo.
Os PDFs são excelentes, por tornar a preparação mais célere e aumentar o desempenho em um curto espaço de tempo, porque não haverá a necessidade de realizar pausas para anotações, basta simplesmente ler o conteúdo, grifar o que for mais importante e partir para as questões. Entretanto, caso o aluno não esteja acostumado a leitura, terá que dispensar um tempo até poder se adaptar.
O sistema de questão do Estratégia pode ser usado para treinar os conhecimentos obtidos, resolvendo inúmeras questões. É interessante notar as questões inéditas, que tratam sobre assuntos como as inovações legislativas e outros que ainda não foram explorados pelas bancas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marco Augusto: Eu conheci o Estratégia em canais de redes sociais, como o Youtube. Mas tive verdadeiramente o contato com o material através indicação de alguns conhecidos que eram servidores. E, depois de selecionar alguns materiais gratuitos, pude observar que o PDF era muito completo, com conhecimentos legais, doutrinários e jurisprudenciais, além de esquemas e mnemônicos, que, certamente, auxiliavam na memorização de tantas regras e exceções.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Marco Augusto: Eu estudava ao menos três matérias por dia. Como rendia mais pela manhã, colocava as matérias mais “complicadas”, como contabilidade, constitucional. E, à tarde, estudava matérias que eu rendia mais, como direito penal e processo penal.
Eu fazia resumos somente após galgar certa maturidade na matéria, pois assim poderia ser mais objetivo e não perderia tempo com aquilo que eu já sabia. Portanto, em assuntos como afastamento de sigilo bancário, telefônico ou ato administrativo e delegação do pode de polícia, entre outros, que eu sentia certo grau de dificuldade, fazia resumos.
No mais, meu foco foi reler os grifos, a “lei seca” e, principalmente, resolver muitas questões. fazer questões seja da banca do concurso ou de outras bancas foi o foco quase absoluto. Isso me auxiliou bastante, pois o Instituto AOCP – banca do concurso da PCPA – não cobrava tão profundamente doutrina e jurisprudência nas áreas policias, ainda mais nos cargos de investigador e escrivão, a prova da PCES (2019) nos mostra esse fato. Contudo, a banca inovou na PCPA, cobrou entendimentos sumulados e jurisprudenciais, bem como doutrina, o que seria mais a “pegada” do Cebraspe. Logo, resolver questões de diversas bancas foi essencial para não ser surpreendido.
Eu estudava oito horas por dia, de segunda a sexta-feira, aos sábados de manhã fazia os simulados e o restante do final de semana descansava, assistia uma série ou um filme, como válvula de escape.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marco Augusto: Eu tinha dificuldade nas disciplinas de estatística e contabilidade, afim de superar isso, eu as adicionei com mais frequência durante a semana e estudava também por videoaula para reforçar a leitura dos PDFs. Em estatística, recorri-me aos resumos, pois há alguns detalhes e fórmulas bem no estilo “decoreba”.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Marco Augusto: Eu intensifiquei na resolução de questões, meu tempo de estudo foi dedicado quase exclusivamente a elas. Mantive os mesmos períodos de oito horas diárias, e simulava a prova e redação que teria no dia, além de cronometrar meu tempo, para não passar certos apuros no dia do certame. Apenas, na última semana, eu aliviei o fardo e me concentrei no meu emocional, buscando evitar o estresse e a ansiedade.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marco Augusto: Primeiramente, saiba a estrutura da redação, se será expositiva ou argumentativa, conheça alguns conectivos. Depois, pegue os temas que os professores preparam os PDFs e redija sua redação. Após, estude e leia o comentário teórico acerca do tema, anote os dados em flashcards, e, principalmente, compare seu texto com o modelo que o professor redigiu. Depois de algumas redações, você verá sua evolução. O conselho pode ser resumido em “escreva”. Não há melhor remédio para quem quer escrever bem, senão fazê-lo.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Marco Augusto: Eu treino de segunda a sexta-feira, uma hora por dia Um dia eu treino exercícios para os membros superiores e outro para membros inferiores, neste último, eu aproveito para correr. Procuro me manter em índices superiores aos dispostos no edital, a exemplo da corrida, são 2 mil metros em 12 min, eu faço em 10 minutos ou abaixo desse tempo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marco Augusto: O maior erro foi não ter migrado os estudos tão rapidamente, de modo a poder aproveitar o tempo e me dedicar a algumas matérias específicas desse edital.
O maior acerto foi ter mudado os estudos principalmente para PDFs, ter focado na resolução de questões e treinado para a redação. Com certeza, meus estudos ficaram mais dinâmicos e céleres. Logo, eu fazia da minha rotina um treino para a prova.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Marco Augusto: O mais difícil foi cuidar da saúde mental e lidar com a ansiedade e o estresse. Para controlar isso, eu praticava meditação, tomava chás, conversava com pessoas próximas a mim sobre o assunto.
Sim, já pensei em desistir, pois estava vivendo com poucos recursos financeiros, tendo que restringir muito o que ter ou o que comprar. O apoio da minha companheira foi crucial para continuar nessa jornada. Além disso eu pude observar diversos relatos, no canal do próprio Estratégia, de pessoas que mudaram a sua vida através de cargos públicos e viviam, anteriormente à posse, uma vida parecida com a minha.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Marco Augusto: Foi poder viver uma vida melhor, sem preocupações, com estabilidade, com uma boa remuneração. Esses foram os principais fatores da minha motivação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marco Augusto: Não desista. A sua vida pode não estar boa agora, seja por dificuldade financeira, emocional ou por qualquer outro motivo, mas se houver persistência e garra a sua aprovação chegará, mais cedo ou mais tarde, e, quando olhar para trás, verá que todo o seu esforço valeu a pena.
Caso não tenha um coach para orientar sua preparação, experimente as diversas ferramentas dispostas ao estudo, videoaulas, PDFs, mapas mentais.
Meça seu desempenho, cronometre o tempo de estudo, resolva inúmeras questões, simule a prova, treine para a discursiva, e, não subestime sua banca. Seguindo esses passos, você será aprovado.