Aprovado em 58° lugar no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) - Bloco 8 (IBGE) para o cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Região Sudeste)
Concursos Públicos“[…] Se você não decidir correr atrás, não há ajuda que te salve. E por mais esdrúxulo que um conteúdo possa parecer, se você pegar ele do começo e voltar atrás quando se confundir ou se perder, você consegue aprender até física quântica […]”
Confira nossa entrevista com Alexandre Boutaud Valarini, aprovado em 58° lugar no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) – Bloco 8 (IBGE) para o cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Região Sudeste):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Alexandre Boutaud Valarini: Meu nome é Alexandre, tenho 37 anos, e sou originalmente de São Paulo. Tenho formação superior incompleta em Computação, licenciatura pela Universidade de Brasília.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Alexandre: Por questões pessoais, meu currículo estava muito ruim. Eu tenho confiança na minha capacidade de trabalhar bem, mas não conseguia chegar a uma entrevista para vender meu peixe, sempre era eliminado na análise de currículo. Durante a pandemia, eu me mudei para o Rio de Janeiro para morar com minha mãe, e não tinha nenhum contato na cidade para me ajudar a achar emprego. Quando saiu o edital do CPNU, eu pensei: “Perfeito! Vou ser julgado pelo que consigo fazer, não pelo meu histórico. ”
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Alexandre: Infelizmente, eu estava desempregado quando saiu o edital, então estava estudando em tempo integral.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Alexandre: Eu só me inscrevi no CPNU – Bloco 8 (IBGE) por não ter completado o ensino superior, e no concurso da CAIXA para TI.
Passei em ambos, em 58° no CPNU e em 54° na CAIXA.
Decidi ficar na CAIXA por um tempo e desenvolver meus estudos na área de TI mesmo. Mas parar de estudar completamente, hoje em dia, só aposentando mesmo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Alexandre: Eu estava morando com minha mãe, via minha irmã todo fim de semana, e os amigos de Brasília de 15 em 15 dias para nosso jogo de RPG pela internet. Fora isso, era 6 a 12 horas de estudo por dia.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Alexandre: Absolutamente. Minha mãe estava me ajudando todos os dias, me encorajando e me apoiando financeiramente enquanto eu estudava. Minha irmã também estava estudando para o CPNU, então tiramos dúvidas um com o outro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Alexandre: Eu estudei para o CPNU do penúltimo dia para inscrição, quando decidi tentar, até sair o aviso de mudança de data. Depois, foquei no conteúdo bancário CAIXA pelos 20 dias que sobraram até a prova. Tirei uma semana para descansar a cabeça depois da prova CAIXA, e voltei a estudar para o CPNU até 3 dias antes da prova. No total, foram 20 dias de conteúdo bancário e matemática específicos para a CAIXA, e 160 dias de estudo de direito, português e Realidade Brasileira para o CPNU.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Alexandre: Eu usei principalmente os vídeos, os PDFs de conteúdo, e os bancos de questões para meu estudo. A principal vantagem foi o foco em conteúdo relevante, pois buscando por fora eu teria gasto muito tempo achando o que de fato precisava aprender, e aprendendo coisas de baixa aplicabilidade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Alexandre: Eu achei o Estratégia procurando material para estudar direito constitucional. Em algum fórum pela internet, alguém tinha respondido alguma dúvida dizendo que o material do Estratégia era de ótima qualidade, então resolvi dar uma olhada no canal do Youtube. Depois de 3 vídeos, decidi comprar os módulos individuais de Direito Constitucional e Direito Administrativo. Vendo a qualidade do conteúdo, pagar uma anuidade para ter acesso completo ao conteúdo foi uma escolha óbvia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Alexandre: O banco de questões foi crucial para reconhecer onde eu de fato tinha entendido o conteúdo e onde eu precisava voltar e revisar. Isso me deu confiança para dizer “Neste conteúdo, eu já estou bem. Posso me concentrar em outra coisa agora.” As aulas de direito estavam extremamente didáticas e bem estruturadas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Alexandre: Eu montei minha grade horária em blocos de 2h cada, com 30 min de descanso entre cada bloco. Tentei alternar Direito com outras matérias, já que era em Direito que precisava de mais esforço. Então ficou algo como Direito Administrativo, Português, Almoço, Direito Constitucional, Realidade Brasileira, Dormir.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Alexandre: Eu fiz um simulado antes de começar a estudar para ver onde concentrar meus esforços. Durante o estudo, usava o banco de questões ao final de cada capítulo. Fiz um segundo simulado quando terminei o conteúdo de Direito Administrativo, e outros de duas em duas semanas a partir de então. Onde eu errava, eu revisava o conteúdo por PDF, e se ainda tinha dúvida, revia o vídeo da aula.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Alexandre: Não lembro quantas questões fiz, mas ao terminar cada capítulo eu resolvia o bloco de 20 questões relevantes que o Estratégia preparou. E depois de cada revisão, refazia as o bloco dois dias depois da revisão.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Alexandre: Eu nunca tinha estudado Direito, e senti que era muito detalhe para memorizar pro meu cérebro. Eu funciono melhor entendendo a lógica e recriando o caminho das pedras na hora H. Acabei fazendo uma imersão suficiente para entrar aos poucos, o que não parecia sair na lógica.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Alexandre: Na última semana, estudei normalmente por 3 dias, fiz e corrigi um último simulado no 4°, descansei 5° e 6° dias, e no 7° eu dei uma lida por alto dos meus cadernos de “decoreba” e “conteúdo para redação”.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Alexandre: Eu fiz o ensino básico e médio pela escola francesa, em que TUDO é uma prova discursiva. Minha maior dificuldade neste lado foi reduzir o escopo das minhas redações para caber em 30 linhas e no tempo permitido. Para quem não teve esta chance, eu sinto informar: só a prática resolve. Façam 200 redações e peçam para seus amigos e sua família lerem e passarem feedback para a próxima.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Alexandre: Eu deveria ter perdido menos tempo no começo caçando material gratuito na internet, e deveria ter organizado meus estudos em blocos de 2h mais cedo. No começo eu estudava até cair, e a minha retenção ficava muito baixa, além de ter que pegar uma tarde para descansar por aqui e por ali.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Alexandre: Não. Minha mãe estava me ajudando, e eu tinha que voltar a independência financeira para não atrapalhar o orçamento dela o mais rápido possível.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Alexandre: Não existe “ensinar”. Existem “aprender”, e “ajudar alguém a aprender”.
O Estratégia tem conteúdo muito bom, que pode dar muita ajuda, mas o trabalho é seu, e a responsabilidade é sua. Se você não decidir correr atrás, não há ajuda que te salve. E por mais esdrúxulo que um conteúdo possa parecer, se você pegar ele do começo e voltar atrás quando se confundir ou se perder, você consegue aprender até física quântica. Basta nunca dizer “Sei lá, vou passar esta parte que não faz sentido e pegar o resto.”