Aprovado no concurso SEFAZ GO
“O segredo está na preparação de longo prazo. Por pior que seja o panorama atual, uma hora sairá um bom concurso e os aprovados serão aqueles que começaram a preparação quando tudo parecia incerto. Durante a preparação é comum bater um certo desespero, mas é só continuar firme que uma hora a aprovação chega!”
Confira nossa entrevista com Afonso Luís Souza Faria, aprovado em 16º lugar no concurso da Secretaria de Estado da Fazenda de Goiás (SEFAZ GO) para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Afonso Luís Souza Faria: Olá! Meu nome é Afonso Luís e tenho 25 anos. Sou formando em engenharia mecânica pela Unicamp e sou do interior do Mato Grosso do Sul.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Afonso: Eu decidi estudar para concursos durante meu estágio, no último semestre da faculdade. Eu não gostei de morar na cidade de São Paulo (descobri isso durante o estágio, que era lá) e a maioria das oportunidades do setor privado estava lá. Além disso, o mercado não estava bom para engenheiros e os salários eram baixos. Eu soube de um concurso para perito da PCDF e resolvi estudar. Larguei o estágio e comecei minha preparação.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Afonso: Eu me dediquei somente aos estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Afonso: Após não passar no concurso para perito da PCDF (estudei apenas dois meses, começando do zero), eu decidi focar no concurso da Receita Federal. Devido a falta de concursos para a área fiscal, eu acabei prestando alguns outros concursos.
Fui aprovado fora das vagas para Analista Administrativo do TRT 24; Auditor de Controle Externo do TCE-PE; Analista de Gestão do TCE-PE (38º); e Auditor do ISS Criciúma (15º). Após o ISS Criciúma, eu decidi estudar para os fiscos estaduais, pois não havia expectativa de concurso da Receita Federal.
Finalmente, após dois anos de preparação, fui aprovado no concurso para auditor fiscal da SEFAZ GO, em 16º lugar, e espero o resultado final do concurso da SEFAZ SC, no qual devo ficar bem classificado (fiz cerca de 87% dos pontos).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Afonso: Foi uma sensação de alívio. Senti que os dois anos que passei estudando, abrindo mão de muita coisa, tinha finalmente valido a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Afonso: Eu mudei para a casa dos meus pais, em uma cidade de 10 mil habitantes no interior do MS. Lá não havia praticamente nada para fazer, então não tive muito do que abrir mão. Eu costumava passar os domingos com minha família, mas sempre dava uma estudada, mesmo aos finais de semana. Essa rotina me cansou muito, mas agora percebi que não precisava ser assim. Se fosse para começar hoje, do zero, estudaria apenas de segunda a sexta.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Afonso: Sou solteiro e voltei a morar com meus pais durante esses dois anos de preparação. Minha família sempre me apoiou, tanto financeiramente quanto moralmente. Isso foi fundamental!
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Afonso: Durante minha preparação, foram dois anos praticamente sem concursos para a área fiscal e sem expectativa quanto ao futuro. Por isso acabei me desviando um pouco, mas não recomendo que as pessoas façam isso.
O ideal é escolher aquilo que você realmente quer e focar até conseguir a aprovação. Uma possível exceção é em relação a pessoas que, por razões financeiras, precisam de uma aprovação mais rápida. Daí recomendo um concurso menos concorrido, talvez de nível médio, para depois focar no concurso dos sonhos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Afonso: Somando Receita Federal, TCE PE e concursos para Analista Administrativo de Tribunais Federais, estudei cerca de um ano. Depois estudei mais um ano focado nos fiscos estaduais, até ser aprovado.
Para a Sefaz GO, em específico, foram cerca de seis meses. Três meses estudando as matérias do projeto base (que foi divulgado pela comissão do concurso), depois três meses no pós edital. Foram praticamente seis meses de revisão (que foram fundamentais para consolidar o conteúdo), pois já tinha visto a maioria das matérias anteriormente.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Afonso: Sim, quase o tempo todo estudei sem ter edital na praça. Para concursos de alto nível, como os da área fiscal, a preparação precisa ser feita pensando a longo prazo. Não adianta esperar sair o edital, pois será tarde demais para começar. A maioria dos concurseiros dessa área estuda toda a matéria no pré edital e usa o período do pós edital para revisar e estudar a legislação local.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Afonso: Usei principalmente materiais em PDF. No meu segundo ano de estudo, utilizei videoaulas para Contabilidade e Língua Portuguesa e um livro para Direito Tributário. Cada um tem uma preferência e deve utilizar aquilo que melhor atende suas necessidades.
Para mim, as aulas em PDF foram a melhor alternativa, pois me permitiam estudar no meu ritmo. O material era focado no edital (mesmo que fosse em edital passado) e havia questões para consolidar o conhecimento.
Um erro que cometi foi o de fazer poucas questões. Minha sorte foi que, seis meses antes da prova da Sefaz GO, conheci os sites de questões (usei o TEC). Isso fez toda a diferença na minha aprovação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Afonso: Conheci o Estratégia através de uma busca no Google. Foi logo que decidi estudar para o concurso para perito da PCDF, sem ter a menor ideia de como era o mundo dos concursos. Eu nem ao menos sabia se existia algum material específico para concursos no mercado. Comprei o pacote completo do Estratégia e gostei bastante.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Afonso: Eu comecei dividindo o conteúdo em blocos. Primeiro estudei direito administrativo, direito constitucional, direito tributário e contabilidade. Fazia uma aula de cada matéria, na sequência, e revisava com 24 horas, 7 dias e 1 mês. Depois fui acrescentando as demais matérias do concurso da RFB.
Eu focava mais na teoria e fazia os exercícios que estavam no PDF. Meu erro, no início, foi não ter dado a devida atenção à resolução de questões (através de sites de resolução), nem ter elaborado resumos (revisava pelo próprio PDF, uma leitura mais rápida).
Quando saiu o edital do TCE PE eu mudei o foco e estudei as matérias que estavam no pacote completo. O fato de não ter feito muitos exercícios me atrapalhou bastante, além de não ter treinado para a discursiva. Não fosse isso, poderia ter sido aprovado um ano antes de Goiás. Depois da prova, eu tive um mês para estudar para o ISS Criciúma e depois disso eu decidi focar nos fiscos estaduais. Acrescentei economia, direito civil, direito empresarial, português (que ainda não havia estudado) e legislação do ICMS aos meus estudos, além de revisar contabilidade (dessa vez por videoaulas) e direito tributário (videoaulas e livro).
Em abril de 2018 eu decidi contratar uma consultoria, para me ajudar no planejamento, e assinei o TEC. Foram cerca de 3 meses de pré edital e 3 meses de pós edital. A consultoria me ajudou bastante, principalmente no pós edital, pois eu era um tanto desorganizado com o meu planejamento.
Durante esses dois anos, eu costumava estudar de seis a oito horas por dia, dependendo da época. Cheguei a estudar dez horas durante o pós edital, mas não consegui manter esse ritmo por muito tempo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Afonso: No começo eu tive um pouco de dificuldade em contabilidade. Se eu tivesse começado pelas videoaulas (que utilizei depois), teria sido melhor. Também senti alguma dificuldade nas matérias de direito, pois não tinha nenhum conhecimento da área. Ouvia falar em “lei complementar” e eu não tinha a menor ideia do que seria aquilo. Depois de certo tempo tudo começa a se encaixar e o estudo fica mais fácil.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Afonso: Em Goiás, nos dois dias anteriores à prova, eu revisei a legislação tributária do estado e isso fez muita diferença para mim. O ideal é terminar a matéria pelo menos algumas semanas antes da prova e usá-las para revisar, fazer exercícios e ler a “lei-seca”.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Afonso: Cometi vários erros durante minha preparação, o que é bastante comum. Meus maiores erros foram não elaborar um material de revisão; não assinar um site de questões mais cedo; mudar o foco algumas vezes (pela falta de concursos); e não descansar nos fins de semana, comprometendo o meu rendimento durante a semana.
Meu maior acerto foi não ter desistido quando não havia perspectiva de concursos, pois quando eles chegaram eu estava preparado. Ter contratado uma consultoria também foi um acerto. Gostaria de tê-lo feito no início dos meus estudos.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Afonso: Durante esses dois anos eu pensei várias vezes que tinha feito uma escolha errada, principalmente pela falta de perspectiva da abertura de concursos. Eu tinha um currículo muito bom e pensei várias vezes que deveria ter seguido carreira no setor privado. Mas nunca pensei seriamente em desistir, pois já tinha investido muito tempo na minha preparação. Finalmente, quando eu já estava bem preparado, surgiram vários editais e tudo valeu a pena.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Afonso: A relativa estabilidade e os altos salários iniciais foram o que mais me motivaram.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Afonso: O segredo está na preparação de longo prazo. Por pior que seja o panorama atual, uma hora sairá um bom concurso e os aprovados serão aqueles que começaram a preparação quando tudo parecia incerto. Durante a preparação é comum bater um certo desespero, mas é só continuar firme que uma hora a aprovação chega!
Estratégia: Obrigada Afonso pela entrevista e, mais uma vez, parabéns pela aprovação!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Me mande um e-mail! [email protected]
Grande abraço!
Thaís Mendes