Aprovado no concurso CGE CE
“Cada ser humano é especialmente único e cada um de nós possui um tempo diferente para alcançar objetivos e sonhos. Se você desistir de prosseguir caminhando rumo ao alcance de suas aspirações, provavelmente, seu tempo de colheita não chegará nesta vida; mas se você prosseguir estudando, procurando dar o melhor de si, sua hora irremediavelmente chegará. Se ainda não chegou a sua aprovação, levante, retorne a estudar e esteja pronto para, se cair, levantar-se novamente e seguir, porque esta é a fórmula do sucesso: sua capacidade de resignar-se e de perseverar”
Confira nossa entrevista com Samuel Colares, aprovado no concurso CGE CE no cargo de Auditor de Controle Interno:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Samuel Colares: Em 2007, tornei-me bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e tenho especialização em Direito Constitucional, concluída em 2019. Nasci em Fortaleza, Ceará, em 01/11/1983, tenho 36 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Samuel: É uma história um pouco longa. Diferentemente da maioria de meus amigos, colegas e conhecidos da Faculdade de Direito, quando terminei a graduação, não desejava fazer nenhum concurso público. Meu objetivo era advogar e ler o máximo possível de obras jurídicas e de áreas afins, como Sociologia e Filosofia, visando a aperfeiçoar minha formação acadêmica e humana e qualificar minha atuação profissional. Em 2008, tornei-me advogado, tendo obtido, no Ceará, a maior pontuação no Exame de Ordem e mantive minha amada rotina de leituras diárias sem qualquer direcionamento para concursos. Fixei um prazo de 5 anos para realizar um balanço de minha vida profissional e decidir se faria um mestrado, continuando com a advocacia, ou se partiria para fazer algum concurso público.
No final de 2013, após 5 anos de rotina de 4 horas diárias de leituras, das quais 30 minutos eram para leituras da Bíblia e outros 30 minutos eram para leituras literárias, decidi que tentaria o mestrado em Direito, mas que passaria 2 anos estudando para a seleção, visando a ler o máximo possível de livros do edital e a fazer um bom projeto de pesquisa. Acontece que, no começo de 2014, fui surpreendido com um edital de concurso para o Tribunal de Justiça do Ceará e, pensando na raridade que era um concurso daqueles, decidi estudar para o certame e suspendi os estudos para a seleção do mestrado. Minha preparação para referido concurso, para o cargo de oficial de justiça, foi toda por conta própria. Estudei muito, obtive pontuação, na prova objetiva, para ter a prova dissertativa corrigida, mas não consegui a nota mínima nessa avaliação, o que resultou em minha não aprovação.
Fiquei enormemente decepcionado, principalmente porque, no auge da preparação, cheguei a estudar 10 horas diárias, porém, logo retomei os estudos para a preparação para o mestrado. Em 2015, participei da seleção do mestrado em Direito da UFC, mas, apesar de aprovado em boa colocação na primeira fase, em prova dissertativa, não passei na prova oral. Sem dúvidas, essa reprovação foi a mais dura que experimentei em toda a minha vida, notadamente, porque a leitura que fiz das considerações dos membros da banca foi a de que, com meu perfil profissional, sendo Advogado particular, não teria como me dedicar adequadamente às atividades da pós-graduação nem muito menos seria aceito no programa.
Pensei muito se deveria voltar a tentar a seleção no ano seguinte, mas, com o auxílio de minha esposa, decidi não tentar, porque precisaria antes mudar meu perfil profissional, adequando-o ao que o programa do mestrado queria. Por causa disso, resolvi tentar concursos públicos para cargos de Advogado, Procurador ou Assessor Jurídico, de 20 horas, dentro do Estado do Ceará e, uma vez que fosse aprovado, depois de assumir e obter a estabilidade, voltaria a tentar o mestrado e, durante o curso, tiraria uma licença para poder dedicar-me totalmente à pesquisa.
Em consequência da decisão, em 2016, passei na seleção pública para Advogado da SETRA-Fortaleza, no concurso para procurador autárquico da Agência Municipal de Meio Ambiente do Município de Amontada, no concurso para Advogado do Município de Quixadá e no concurso para Assessor Jurídico do Município de Marco. Trabalhei por cerca de 10 meses como Advogado de CREAS e de Centro Pop no Município de Fortaleza e, em 2017, assumi o cargo de assessor jurídico no Município do Marco, onde trabalho até hoje, já tendo sido cedido para laborar no Poder Judiciário local, trabalhado na Procuradoria do Município e estando, atualmente, desempenhando minhas funções no CREAS.
Em setembro de 2018, eu e minha esposa, Ana Cátia Silva de Lemos Colares, tornamo-nos pais de Sofia Laura. Isso mudou particularmente meus objetivos. Por estar cansado de fazer, semanalmente, viagens de Fortaleza para o Marco e de Marco para Fortaleza e para poder ficar mais tempo com minha família, eu e minha esposa decidimos ficar mais tempo no Marco que em Fortaleza. Isso foi ótimo, entretanto, em minha cabeça, foi acesa uma luz de alerta: pouco depois de minha filhinha completar 2 anos, ela começaria a estudar, e eu gostaria que ela estudasse em dois turnos e em colégios tão bons quanto os em que eu tive a oportunidade de estudar. Para proporcionar isso a minha filha, eu e minha esposa precisaríamos voltar a morar em uma cidade grande, como Fortaleza, e a nossa renda teria que melhorar e tornar-se menos instável.
Eu pus em minha cabeça que teria até fevereiro de 2021 para conseguir passar num concurso para um cargo público com o qual eu me identificasse e que me remunerasse adequadamente pelos serviços prestados. No final de novembro de 2018, quando minha filha tinha pouco mais de 2 meses, foi lançado o edital do concurso da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE-CE), organizado pelo CESPE. Decidi, após mais de 2 anos sem estudar para concursos, participar desse certame e disputar uma das 4 vagas para o cargo de auditor de controle interno, mais precisamente na área de Fomento ao Controle Social.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Samuel: De dezembro de 2018 até o dia da prova do curso de formação, segunda fase do concurso da CGE-CE, além de exercer as atividades inerentes ao meu cargo de assessor jurídico no Município do Marco, ainda assessorava juridicamente uma empresa distribuidora de medicamentos, realizava minhas atividades de advogado particular, essas últimas com o apoio inabalável de meu sócio, Pedro Paulo Silva de Oliveira, e executava os afazeres de um pai ativo de uma bebê.
Tive que conciliar esses 4 trabalhos com uma pesada carga horária de estudos. Para tanto, geralmente, começava a estudar às 4h, mas, muito frequentemente, iniciava o rojão às 3h. Eram raros os dias em que conseguia estudar todas as horas em sequência, terminando-as ainda pela manhã; frequentemente, por conta dos trabalhos, tinha que completar as horas que faltavam em outros momentos do dia, sendo, quase sempre, 1 ou 2 horas, à noite.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Samuel: Em 2008, obtive a maior nota no Exame de Ordem, no Estado do Ceará, no processo de habilitação para o exercício da Advocacia. Em 2016, passei em todos os concursos e seleções públicas de que participei: sexto lugar na seleção pública para Advogado da SETRA-Fortaleza; primeiro lugar no concurso para procurador autárquico da Agência Municipal de Meio Ambiente do Município de Amontada; sexto lugar no concurso para Advogado do Município de Quixadá; e primeiro lugar no concurso para Assessor Jurídico do Município de Marco. Já em 2019, obtive meu mais recente êxito, tendo passado em segundo lugar, dentro das 4 vagas, no concurso público da CONTROLADORIA E OUVIDORIA GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (CGE-CE) para o cargo de auditor de controle interno (fomento ao controle social).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?
Samuel: O resultado de cada uma das etapas do concurso da CGE-CE foi ansiosamente esperado e, cada um, trouxe-me, de modo geral, uma sensação mesclada de recompensa com gratidão. O resultado da primeira fase (prova objetiva), em que estava na terceira colocação entre os 12 que iriam para a próxima fase, deixou-me com a sensação de que todos os meus esforços valeram muito a pena e renovaram meu ânimo de persistir estudando na fase seguinte. O resultado da segunda fase (curso de formação), em que subi para a segunda colocação, fez-me sentir uma vontade enorme de começar a trabalhar no meu cargo, inclusive, porque, matematicamente, independentemente da futura prova de títulos, já estava garantido dentro das 4 vagas, restando superar a fase eliminatória da avaliação psicológica.
O resultado da terceira fase (avaliação psicológica) tirou enorme peso de minhas costas e causou-me maravilhosa sensação de alívio e de gratidão ao Pai, porque, depois dali, realmente, era só uma questão de tempo obter a confirmação de que estava aprovado. O resultado da quarta fase (prova de títulos) trouxe-me a ansiedade pela divulgação do resultado final, com o somatório das notas de todas as fases. Quando veio o resultado final, pude finalmente me sentir voltando a Fortaleza, exercendo as funções de auditor interno na área de fomento ao controle social, contribuindo para a boa aplicação dos recursos públicos, para a melhoria da qualidade dos serviços públicos e garantindo melhores condições de vida à minha família.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Samuel: Vou falar em relação ao concurso da CGE-CE. Durante os 5 meses de preparação para a primeira fase do aludido certame, tendo que conciliar atribuições profissionais, familiares e estudos, minha diversão era estar com minha esposa e minha filha curtindo a paternidade. Durante 3 desses 5 meses de preparação, mantive horário de estudo de segunda a segunda, sem descansos. Nunca antes estudara nos finais de semana, mas, diante de minha carestia de tempo e do pouco tempo para estudar algumas matérias que nunca estudara, foi o jeito. Porém, nos sábados e domingos, conseguia, acordando cedo, 4h, concluir os estudos ainda pela manhã.
Assim, de segunda a sexta, em algumas janelas de tempo e, nos finais de semana, às tardes e às noites, divertia-me com minha esposa e filhinha, assistíamos a filmes, séries e muito Mundo Bita. A prova objetiva teve sua data adiada por 2 vezes, com 3 meses de estudos sem dias de descanso, resolvi dar-me o domingo livre para poder recarregar as energias. Deu muito certo, porque passei a estudar sentindo menos cansaço. Conto nos dedos as saídas para diversão durante esses 5 meses.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Samuel: Sou casado há 6 anos, tenho uma filhinha de 1 ano e pouco mais de um mês. Moramos em 2 casas, uma em Fortaleza, outra no município de Marco. Temos passado mais tempo em Marco que em Fortaleza, e isso, a tranquilidade do interior, também me ajudou muito em meus estudos.
Meus pais e sogros moram em Fortaleza e apenas quando estamos por lá, recebemos alguma ajuda com minha filha, de minha sogra e, principalmente, de minha mãe. O grande apoio familiar que recebi na preparação para o concurso da CGE-CE foi de minha esposa, que, tomando a frente nos cuidados com as casas e com nossa alimentação, permitiu-me conciliar minhas atividades profissionais, minha rotina de estudos e estar disponível, juntamente com nossa filha, nos meus momentos de folga.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Samuel: Se forem aproximadas as matérias a serem estudadas nesses concursos com outros focos, acredito que seja bom os fazer, no mínimo, como treino, para tentar pegar ritmo de resolução de questões, para aprender a administrar o tempo de prova e até mesmo para desenvolver a capacidade de chutar, quando se tiver dúvida entre 2 ou 3 itens, e de marcar as respostas no gabarito de forma rápida, mas cuidadosa.
Já estou estudando para uma seleção de mestrado que deve ocorrer no segundo semestre de 2020. Para tanto, peguei os editais anteriores, cataloguei os livros que têm sido cobrados e organizei uma rotina de estudos de 3 horas diárias, de segunda a sexta, visando a ler as 9 obras do referido edital e outras 9 que utilizarei preferencialmente na elaboração de meu projeto de dissertação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Samuel: Comecei a estudar para o concurso da CGE-CE, no início de dezembro de 2018, logo após o edital ter saído. A prova objetiva seria inicialmente em 17/02/2019, mas houve um primeiro adiamento para o dia 17/03/2019 e, por fim, um segundo adiamento para o dia 28/04/2019. Inicialmente, estudaria por 3 meses e meio para esse concurso, mas por conta dos 2 adiamentos estudei por quase 5 meses. A cada adiamento, senti um misto de tristeza com alegria: tristeza porque teria que prolongar por mais um tempo a conciliação entre carga pesada de estudos e as atividades profissionais e familiares; alegria porque teria mais tempo para ver e/ou revisar conteúdos.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Samuel: Sim. Fiz isso, após virar advogado, por mais de 5 anos, período no qual lia livros visando ao aperfeiçoamento de minha formação humana e profissional e, depois, por 2 anos, em relação à seleção de mestrado de que participei em 2015 e voltei a fazer agora, momento em que estou estudando para uma seleção de mestrado cujo edital deve ser lançado no segundo semestre de 2020. Para concursos, nunca cheguei a estudar antecipadamente à publicação do seu edital de regência.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Samuel: Quando pus em minha cabeça que teria até fevereiro de 2021 para conseguir passar num concurso para um cargo público com o qual eu me identificasse e que me remunerasse adequadamente pelos serviços prestados e me lembrando da minha não aprovação no concurso para o TJ-CE de 2014, quando estudei por conta própria, e totalmente consciente das enormes dificuldades que teria por estar há mais de 2 anos fora do ritmo e das práxis de concursos públicos, pesquisei, pela internet, sobre cursos on-line preparatórios para concursos e conversei com alguns colegas e conhecidos que estavam imersos nesse mundo sobre as experiências que tiveram com a qualidade e a metodologia de diversos cursos preparatórios.
O ESTRATÉGIA CONCURSOS foi bem recomendado pelos que sondei e também era e é muito bem avaliado em sítios que colhem as opiniões de consumidores. Principalmente em decorrência do foco na apresentação do conteúdo em material escrito, em PDF, decidi confiar meus objetivos e sonhos ao ESTRATÉGIA CONCURSOS.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Samuel: 90% de minha preparação para o concurso da CGE-CE, deveras, entreguei para o conjunto de suportes que o curso que contratei do Estratégia Concursos ofertou-me. Os 10% complementares realizei com livros, para aprofundar e/ou esclarecer um ponto ou outro de algumas disciplinas.
Dentro dos suportes que adquiri junto ao Estratégia Concurso, usei 70% de meu tempo lendo as aulas em PDF, 15% assistindo a algumas videoaulas e 15% lendo resumos, slides e/ou mapas mentais. Sem dúvidas, se estivesse estudando de modo extensivo, em longo prazo, teria buscado, nesta ordem, ler as aulas em PDF, depois assistir às videoaulas e, por fim, revisar os conteúdos por meio de resumos, slides e mapas mentais. Entretanto, como o estudo era intensivo, priorizei as aulas em PDF e os resumos, slides e mapas mentais, porque faria uma prova escrita objetiva e acredito que seja mais fácil lembrar de alguma minúcia cobrada em prova escrita valendo-me da memória mais ou menos fotográfica do que li.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Samuel: Elaborei meu horário de estudos, inicialmente, de 5 horas diárias, de segunda a segunda. Dividi as 35 horas de estudos entre as disciplinas que seriam cobradas no concurso conforme o peso e a quantidade de questões de cada uma delas. Dessa forma, a carga horária disponível para as disciplinas que teriam mais peso e mais questões na prova foi proporcionalmente maior que aquela que separei para as disciplinas que teriam menos peso e menos questões na avaliação objetiva.
Fora essa carga horária registrada em horário de estudos, toda semana, estudava de 4 a 6 horas extras, durante as viagens de ônibus que fazia de Fortaleza para o Marco e de Marco para Fortaleza. Semanalmente, no domingo, fazia um balanço para saber como estava meu ritmo de leitura das aulas em PDF, de modo que calculava um percentual de quanto faltava para finalizar o conteúdo total do curso em relação a cada disciplina. Usava as mencionadas horas extras para estudar as 3 disciplinas em que estava mais atrasado, isto é, que tinha um percentual de conteúdo maior ainda para ver. Quando terminei o primeiro mês de estudos, adicionei 1 hora diária ao meu horário de estudos, de modo que passei a estudar 6 horas diárias e 42 horas semanais. Distribuí essas horas adicionais entre as disciplinas em que tinha percentualmente mais conteúdo por ver. Continuei com a sistemática das horas extras e dos balanços semanais.
Quando concluí o segundo mês de estudos, adicionei 1 hora diária ao meu horário de estudos, de modo que passei a estudar 7 horas diárias e 49 horas semanais. Distribuí essas horas adicionais novamente entre as disciplinas em que tinha percentualmente mais conteúdo por ver e prossegui com a sistemática das horas extras e dos balanços semanais.
Quando no final de fevereiro, término do terceiro mês de estudos, a data da prova foi adiada pela segunda vez, estava muito cansado e, por isso, resolvi dar-me os domingos de folga, de modo que mantive a carga horária diária de 7 horas, de segunda a sábado, totalizando 42 horas semanais, tendo reduzido as 7 horas das matérias em que estava percentualmente mais próximo de concluir os conteúdos. Mantive esse ritmo de estudos até a sexta-feira anterior à prova, quando totalizei aproximadamente 5 meses de estudos.
Quando faltavam 3 semanas para a prova, já tinha finalizado cerca de 80% do conteúdo do edital e resolvi priorizar a revisão dos conteúdos já vistos a estudar novos assuntos; não consegui, portanto, exaurir o conteúdo do edital. De toda sorte, nessa jornada, estudei, pois, semanalmente, várias matérias ao mesmo tempo, mais precisamente, a cada semana, estudei pelo menos 2 horas de cada uma das 12 disciplinas do concurso da CGE-CE. Em um mesmo dia, dentro das horas previstas no plano de estudos, não estudava mais que um horário de cada disciplina. Excepcionalmente, contudo, aconteceu de, por conta das horas extras, eu ter estudar mais que uma hora diária de uma mesma disciplina.
Não fiz resumos de meus estudos, fazia a leitura das aulas em PDF, marcando os trechos mais importantes e que seriam importantes de ser relidos em uma revisão. Na revisão, nas 3 últimas semanas antes da prova objetiva, li o máximo desses trechos que marquei juntamente com os resumos, slides e mapas mentais que o ESTRATÉGIA CONCURSOS disponibilizou. Nas disciplinas em que não consegui exaurir o conteúdo, nas referidas 3 últimas semanas, priorizei ler os resumos, slides e mapas mentais que o ESTRATÉGIA CONCURSOS disponibilizou referentes às aulas em PDF que não conseguira ler. Quando lia uma aula em PDF, lia a teoria e resolvia os exercícios e procurava já ir, inclusive, questão após questão, sempre que disponível, ler os comentários dos professores quanto a elas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Samuel: Das 12 disciplinas – 8 comuns a todos os 5 cargos do concurso da CGE-CE e 4 específicas para o cargo da área de fomento ao controle social – estudara, ao longo da vida, de forma generosa 5 matérias (Língua portuguesa, Raciocínio lógico, quantitativo e analítico, Direito administrativo, Direito constitucional e Direitos humanos e cidadania); de forma incidental, absolutamente sem o foco em concursos, 5 matérias (Língua espanhola, Administração financeira e orçamentária, Ciência política e Gestão pública, Políticas públicas e Transparência pública); e de forma insignificante, praticamente inexistente, 2 matérias (Administração pública e Auditoria governamental de processos com foco em riscos).
Minhas maiores dificuldades, sem dúvidas, deram-se em face dessas 2 disciplinas que nunca estudara antes, adicionando-se a esse grupo administração financeira e orçamentária, que continha muitos conteúdos que há muito tempo não via ou que nunca estudara mesmo. Para superar as dificuldades, notadamente com essas 3 matérias, foi fundamental tanto as horas extras ao horário de estudos quanto a análise semanal da evolução dos meus estudos, o que me permitiu dar uma atenção especial a essas disciplinas, vendo a maior parte do conteúdo de Administração financeira e orçamentária e todo o conteúdo de Administração financeira e orçamentária e de Administração pública.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Samuel: Na semana de véspera da prova, estudei de segunda a sexta-feira, as 7 horas diárias, procurando revisar o máximo de conteúdos possível. No sábado, não trisquei em nada relacionado a estudos, curti minha esposa e minha filha. E, no dia da prova, poucas horas antes dela, procurei ouvir 3 músicas (Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho; Eye Of The Tiger, música tema do filme Rocky, da banda Survivor; e Na Sua Estante, de Pitty), refletindo sobre minha trajetória de vida e, em especial, de preparação para a prova que faria, e sobre o que me fez lutar tanto para chegar à prova com chances de dar o meu melhor, que, sem dúvidas, foram o amor de e por minha esposa e minha filha e a vontade de ter meu potencial profissional e humano melhor aproveitado e utilizado para uma missão mais eficaz, eficiente, efetiva e humana.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Samuel: Acredito que o maior erro de minha preparação tenha sido não me ter dado um dia de descanso desde o início dos estudos para o concurso da CGE-CE. Dar-se um dia de descanso não é perder tempo, é recarregar as baterias e poder arejar as ideias.
Além disso, não acertei 3 questões da prova objetiva porque fazia muito tempo (mais de 2 anos) que não fazia provas de concursos e, tendo muito medo de não conseguir resolver todas as 100 questões da prova em suas 5 horas de duração, corri muito no início da avaliação, e isso me fez descuidar de 3 questões – em relação a 2, eu sabia a resposta, mas desconfiei que estivessem tão evidentemente corretas, que só podiam ser “pegadinhas”, contendo alguma “casca de banana”; e em relação a outra marquei o gabarito errado. Assim, como fazia tanto tempo que estava longe de provas de concursos e como achava pouco tempo para resolver 100 questões em 5 horas de prova, deveria ter feito 2 ou 3 simulados durante os meses de preparação.
Quanto aos acertos, acredito que os maiores deles tenham sido a realização de balanço semanal da evolução de meus estudos em relação a cada uma das disciplinas, sendo determinante na definição de quais matérias seriam estudadas nas horas extras semanais; e ter estudado, durante todo o percurso preparatório, tendo causas pelas quais estudar, minha esposa, minha filha, melhores condições de vida e de trabalho, maior valorização pessoal e profissional.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Samuel: O mais difícil, no pedregoso e turbulento percurso preparatório para o concurso da CGE-CE, foi conciliar uma carga horária pesada de estudos diários com as atividades profissionais e familiares. No Ceará, quando chove, estamos no inverno. Nos dias em que, acordando às 3h ou às 4h, deparava-me com chuva ou era surpreendido com uma chuvinha durante o decurso dos estudos diários, principalmente quando estavam ainda minha esposa e filha dormindo, tinha uma vontade extrema de desistir de tudo e de juntar-me ao aconchego delas.
Também nos dias em que as atividades profissionais ou os cuidados com minha filha exigiam muito de mim, pensava em não cumprir a jornada diária de estudos e conformar-me com a situação em que me encontrava. Mas não deixei de cumprir meus horários de estudos consoante estabeleci porque:
a) por um lado, pensava que, a cada dia de estudos efetivados, a probabilidade de minha aprovação aumentava em 1%, assim como, a cada dia de estudos programados, porém não inteiramente concretizados, essa probabilidade diminuía em 1%;
b) por outro lado, sabia que todos os meus concorrentes que estavam realmente se dedicando às suas preparações também passavam por dias ruins, em que pensavam em desistir de tudo, e a diferença entre quem é aprovado ou não em um concurso concorrido e exigente é exatamente a capacidade de superação dos dias ruins, mantendo o rumo e os planos apesar das pedras e buracos do caminho e do enorme peso que se carrega nas costas.
Além disso, também me ajudaram muito a seguir na caminhada rumo à hipotética aprovação, dando o melhor de mim, as causas pelas quais estudava: minha esposa, minha filha, melhores condições de vida e de trabalho, maior valorização pessoal e profissional. Foram, portanto, fundamentais para, num cenário repleto de incertezas, a continuidade de meus estudos: o apoio de minha família, notadamente de minha esposa, a existência das referidas causas e a racionalização de bons motivos para continuar estudando.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Samuel: A principal motivação foi proporcionar melhores condições de vida para minha esposa e para minha filha. Motivação secundária, em plano um pouco inferior, mas tão importante quanto, foi a luta por maior valorização pessoal e profissional.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Samuel: Cada ser humano é especialmente único e cada um de nós possui um tempo diferente para alcançar objetivos e sonhos. Se você desistir de prosseguir caminhando rumo ao alcance de suas aspirações, provavelmente, seu tempo de colheita não chegará nesta vida; mas se você prosseguir estudando, procurando dar o melhor de si, sua hora irremediavelmente chegará.
E é até bom que o percurso seja árduo, porque, assim, quando a coleta vier, ela será muito bem valorizada. Agora, por mais que existam pessoas que conseguem passar em concursos muito bons em relativo pouco tempo de preparação, uma prova, de uma forma ou de outra, acaba sempre por exigir dos candidatos muito mais do que apenas o que se estudou direcionadamente para ela; os estudos prévios, focados ou não em concursos, e mesmo o acúmulo de múltiplas experiências de vida, podem ser o seu diferencial na aprovação no concurso para o qual você está estudando neste momento.
Se ainda não chegou a sua aprovação, levante, retorne a estudar e esteja pronto para, se cair, levantar-se novamente e seguir, porque esta é a fórmula do sucesso: sua capacidade de resignar-se e de perseverar.
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