Aprovado no concurso da SEAD-AP
“Quanto mais as pessoas acreditam em uma coisa, quanto mais se dedicam a ela, mais podem influenciar no seu acontecimento”, Dov Eden.
Confira nossa entrevista com Diego Tardelly, aprovado em 15° lugar no concurso da Secretaria de Estado da Administração do Amapá:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Diego Tardelly: Sou formado em Engenharia da Computação e tenho 32 anos. Souatural de Belém do Pará, mas moro faz uma vida em Macapá-AP (a cidade que meu coração adotou como natal).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diego: Vamos lá… Minha jornada nessa “vida bandida”, começou em 2014. Eu precisava dar um sentido e um horizonte para mim, pois tinha fracassado em projetos pessoais.
Não era só uma questão de necessidade, era uma questão de provar pra mim que eu poderia chegar longe nos estudos (pelo fato de ter uma família muito ligada à vida acadêmica e acostumada com provas e superação). Há muitos bons exemplos dentro dela e eu tinha que ser mais um.
Fora que eu queria ter a tão sonhada estabilidade profissional. Não consegui isso na área privada e só o cargo público poderia me proporcionar isso.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Diego: Em meados de 2016, eu resolvi largar meu emprego e focar totalmente nos estudos. Precisava arriscar mais, para lograr êxito na minha jornada.
Estava me preparando para o concurso da Receita Federal (naquela época, os rumores eram fortes de que iria sair o edital), passei um ano e meio estudando com afinco, tinha uma boa carga horária líquida de estudos. Consegui fechar o edital, fiquei só revisando e fazendo simulados no decorrer do tempo.
Por questão financeira, resolvi voltar a trabalhar em 2018. Nesse ano, enfrentei 3 provas (ALE-RR, MPU e SEAD-AP). Tive que planejar bem meu plano de estudos e ter tempo para cumprir minha carga horária no trabalho.
O lado bom é que tinha uma boa base por conta dos estudos para o concurso da RFB, assim consegui aproveitar bem meu tempo estudando para as provas (no caso, apenas fazia bastante questões).
Adiantava o meu serviço na empresa e passava o resto do tempo estudando tudo o que podia (seguindo todo o meu cronograma para cada prova).
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Diego: Fiz diversos concursos no decorrer desses 5 anos. Levei bomba em muitos (isso é normal na caminhada) e consegui entrar na lista de classificados nos concursos de: Agente Adm (Policia Federal 2014); Analista Judiciário (TJAP 2014); ATA (Ministério da Fazenda 2014); Analista e Técnico (TRT11 2017). Porém, não fui chamado em nenhum desses mencionados.
Fui aprovado no concurso da SEAD-AP nos cargos de Analista Administrativo (15º) e Assistente Administrativo (87°). Graças a Deus, estou no número de vagas ofertadas em ambos os cargos (vou optar pelo cargo de Analista). Agora só espero a convocação do órgão.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Diego: Olha, foi um alívio. É uma sensação única, não dá para descrever direito. Eu não sabia se gritava, se chorava, se pulava. Foi uma salada de frutas de emoções.
Eu estava no trabalho na hora que recebi a notícia, quando abri o pdf com a lista dos aprovados e vi meu nome. Eu comecei a chorar muito, foi uma verdadeira cachoeira (rsrs).
Pensei em tudo que tinha ocorrido comigo, tanta coisa que tive que fazer para poder ver meu nome naquela lista. E a ficha caiu fazendo eu perceber o quanto tudo aquilo valeu a pena.
Lembrei também do meu falecido avô, que sempre acreditou em mim, um dos grandes incentivadores para enfrentar esse caminho dos estudos.
Enfim, foi um momento muito especial e que jamais vou esquecer (meu 12 de fevereiro de 2019).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Diego: Eu passei por duas etapas nesse período, a primeira foi de se isolar de tudo. Quando não trabalhava mais, eu mergulhei exclusivamente nos meus ciclos de estudo e evitava sair. Foi necessário. Só largava para me dedicar à família e as pessoas mais próximas nos fins de semanas, mas era algo bem leve.
A segunda etapa já foi bem mais diferente. Conseguia lidar com meus estudos e com mais saídas, ia mais ao cinema e à outras atividades de lazer.Eu só me preocupava em bater minhas metas, e ter uma vida social mais ativa não me atrapalhava mais, porém eu mudei a estratégia sobre concursos, passei a não falar mais sobre eles para outras pessoas. Assim, ninguém me incomodava com aqueles tipos de perguntas chatas: “e aí, já passou?”, “tu estudas muito? logo vai passar”, “abriu tal concurso, tá estudando?”.
Pouquíssimas pessoas sabiam dos meus planos naquele momento. Para mim isso foi essencial, pois estudar tranquilo e sem preocupação é a melhor coisa.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Diego: Sou solteiro e moro com meus pais. Minha família entendeu perfeitamente essa vontade. Eles ajudaram durante a preparação, em especial meu pai (Antônio) por toda a força que me deu nos momentos de agonia.
Devo muito reconhecimento também ao meu tio (Junior), por todo ensinamento e pela paciência de horas de estudo comigo. Foram os meus portos seguros e eu só tenho a agradecer por tudo que eles fizeram por mim.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Diego: PAra início de preparação, é uma boa fazer vários outros concursos, para poder ganhar experiência na resolução de provas, bem como lidar com ansiedade/nervosismo em véspera e no “dia D”.
Entretanto, se você já tiver uma boa rodagem de provas, é melhor se dedicar a uma área, no meu caso me dediquei à área fiscal. O meu concurso dos sonhos é o da Receita Federal, o que me resta é só continuar estudando para conseguir realizar esse sonho um dia.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Diego: Estudei 5 meses (dedicação exclusiva) para esse concurso da SEAD-AP. Eu vinha com uma boa base e também já tinha visto 80% do edital. Logo ficou mais tranquilo estudar durante esses meses. Só revisei e fiz muitas, muitas questões.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diego: Usei o meu material do Estratégia (o da RFB e o específico para o concurso da SEAD) e também alguns livros teóricos para embasar mais meus estudos.
Prefiro não usar videoaulas, rendo mais lendo pdfs e resolvendo questões. Absorvo muito melhor o material dessa forma. Ah, não sou fã de aulas presenciais (cursinhos), prefiro ficar isolado no meu cantinho de estudo. Nada contra quem gosta mas, no meu caso, estudar direcionado pelo material específico é bem melhor e mais eficiente. O tempo é fundamental nessas horas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diego: Conheci na internet. Estava procurando material para estudar e achei o site. Desde então, virou rotina sempre abrir o blog do Estratégia Concursos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Diego: Bom, como eu já tinha uma boa base adquirida nesses anos, eu apenas revisei tudo o que já tinha visto e destinei algumas horas para estudar coisas mais específicas do Edital (Gestão de Pessoas e Administração Geral).
Para estudar muitas matérias, eu usava o ciclo de estudos do digníssimo Alexandre Meirelles. Isso facilitou muito a minha organização. Pude preparar bem minhas revisões e, consequentemente, memorizei mais rapidamente assuntos chaves.
Para o concurso da SEAD-AP, eu estudava 4 a 5 horas líquidas nos dias da semana. No fim de semana fazia 6 a 7h. Fiz também leitura de leis secas, isso ajuda muito a decorar.
Mas ao meu ver, o principal método de estudo, o “X da questão” é, sem dúvida, resolver questões. Eu resolvia uma enorme bateria de exercícios todos os dias e fazia simulados nos fins de semana. Era um processo repetitivo, mas muito eficaz nos resultados.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diego: Minhas maiores preocupações foram com Português e Direito Administrativo. Eu estava com medo de Português, pois já conhecia a mão de ferro que a FCC tem nessa matéria. Então tive que estudar o dobro, para não ser surpreendido.
Já Direito Administrativo, eu tive que ter um cuidado especial. Não era uma grande dificuldade entendê-lo, o problema era o nível das questões. As questões são muito ricas em pegadinhas e pequenos detalhes, então tive que ser bem atencioso com essa matéria.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Diego: Eu mantive a tranquilidade, não me deixei levar pela ansiedade. Foi bem normal. Mas isso só foi possível porque já tinha uma larga rodagem em provas, sabia como eram as semanas que antecediam o tal dia.
Na véspera, eu não queria forçar. O que tinha que ser aprendido, foi. Então eu apenas vi a revisão do Estratégia, li alguns pontos decorebas e fui correr. Fazer um exercício físico para oxigenar o cérebro, relaxar.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Diego: Eu tive que destinar muitas horas do meu planejamento à essa parte, por não ter a prática e não ter a confiança na minha escrita. Fazia muito tempo que não tinha feito uma prova com discursiva. Em vista disso, fiz inúmeras redações.
Nem no tempo de vestibular fiz tanta redações como fiz para esse concurso. Agradeço muito os ensinamentos do Prof. Raphael Reis, foi fundamental para a minha base nessa matéria.
Aconselho a todos que estão se preparando para uma prova discursiva pegar as aulas do Raphael. Elas são muito boas e as dicas são pontuais na hora de desenvolver o texto discursivo, além de ler bastante e exercitar sua escrita (refinar aquela letra horrível, no meu caso rs).
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Diego: Meu maior erro foi não ter destinado mais tempo para resolução de questões no início da minha preparação. Esse método tem que tá em sincronia com todo o ciclo de estudo, assim fica muito mais fácil assimilar todo o conteúdo. A minha sorte que identifiquei isso logo. Um erro que tive no início da jornada foi ter colocado uma cobrança exagerada sobre mim. Eu queria logo passar, assim ficava mais angustiado e ansioso com os meus resultados.
Meu maior acerto foi ter organizado bem o material. Tinha tudo sob controle e não perdia tempo em voltar em alguns assuntos, pois já estava tudo disponível na hora que precisava. Outro acerto foi ter mudado a minha estratégia: estudar no anonimato, livre de qualquer pressão.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Diego: O mais difícil é lidar com o tempo e com o medo. Medo de não consegui passar, medo de não estudar tudo, medo de não chegar a lugar nenhum.
O tempo tem que ser sempre bem aproveitado e isso te pressiona, acaba te deixando um pouco pra baixo. Apesar disso tudo, eu aprendi a lidar com os meus medos e nenhum momento pensei desistir, só tive que fazer as pessoas acreditarem que tinha desistido (fez parte da estratégia rs). Isso foi meio chato, mas foi necessário. Aproveitei o meu tempo sem pressa, deixei tudo fluir.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Diego: Eu precisava preencher minha pirâmide de Maslow (brincadeira, rs).
A estabilidade e os bons salários da carreira pública me motivaram muito, mas a principal motivação foi querer provar que eu também poderia conseguir o que familiares e amigos conseguiram. Queria ter a oportunidade de mostrar o meu valor e de conquistar todos os meus sonhos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: Amigos, tudo isso que você tá passando agora valerá a pena, tenha certeza disso. Confie sempre em seus estudos e seja humilde com eles. Tendo o pé no chão, você poderá caminhar com mais firmeza, não adianta querer correr antes do tempo, cada um tem seu tempo e sua hora. Sempre tenha fé nos seus objetivos, planos e metas.
Passar em um concurso público é muito bom e eu espero, de verdade, que você também consiga. E quando isso acontecer, escute Lua de Cristal da Xuxa, é SENSACIONAL (rsrs).
Deixo esse texto que perdurou em todo o meu caminho e quem sabe possa estimular você também: “Quanto mais as pessoas acreditam em uma coisa, quanto mais se dedicam a ela, mais podem influenciar no seu acontecimento”, Dov Eden.
Fui ensinado a sempre ter gratidão por tudo. Então, pra finalizar, preciso agradecer a Deus pela luz no meu caminho, à minha família pelo o suporte, à Jéssica por tudo o que fez por mim e ao Estratégia Concurso por me ajudar nessa preparação. Obrigado, de verdade.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Abraços,
Thaís Mendes