Aprovada em diversos concursos
“Manter o foco e o entusiasmo, não é tarefa fácil. Na verdade, isso é o mais difícil durante a preparação. Por várias vezes, pensei em desistir. Porque é muito cansativo e é um trabalho de paciência. Mas, quando decidi ser concurseira, coloquei isso como objetivo de vida”
Passar por uma dificuldade e ter essa situação como estímulo para seguir em frente. Seria o que todos nós deveríamos fazer. Mas, na maioria das vezes, os momentos difíceis são os maiores incentivadores à estagnação, à descrença e ao desânimo. Mas, a potiguar Gilvanete Morais é um exemplo de que é sempre possível dar uma guinada na vida, em busca de dias melhores.
Ela já estava desempregada há mais de um ano. Então, decidiu, mesmo sem o apoio da família, investir todas as suas fichas na aprovação em um concurso público. Foram oito meses de dedicação exclusiva, de domingo a domingo, até que os primeiros resultados viessem.
Confira o depoimento de Gilvanete Morais e veja que, com muita dedicação, fé e paciência, é possível superar os obstáculos. E, ainda, seguir em direção a um futuro promissor.
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você. Assim, nosso leitor conhecerá você melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava? Ou se dedicava, inteiramente, aos estudos? Quantos e quais concursos já foi aprovada? Qual o último?
Gilvanete Morais: Meu nome é Gilvanete, sou do Rio Grande do Norte. Tenho formação em economia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Fiquei desempregada por mais de um ano, quando decidi estudar para concurso.
Fiquei focada só em estudar. Mas, devido à limitação de recursos financeiros, tive que me planejar para alcançar meu objetivo. Eu não podia gastar tudo que tinha e não conseguir minha aprovação. Então, pesquisei bons materiais. E quando já estava com uma quantidade de materiais de estudo de boa qualidade, comecei a estudar em Julho de 2013. Fui aprovada nos concursos do Ministério Público da União; da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EBSERH/HUOL-UFRN); da Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA; e o último foi o concurso da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares do Hospital Universitário Getúlio Vargas/ Universidade Federal do Amazonas (EBSERH/ HUGV-UFAM), em 1º lugar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Gilvanete: Durante minha preparação para concursos, eu me dediquei, totalmente, aos estudos. E mantive uma rotina de estudos diários sem folga nos sábados, domingos ou feriados. Todos os dias eu tinha que cumprir um cronograma. Eu buscava um resultado rápido. As pessoas que conheci fazendo provas, diziam-me que estavam obtendo resultado, em média, após dois anos de estudos. Mas, eu precisa de resultados em curto prazo.
Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação? Ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gilvanete: Tentei apenas um concurso fora da minha área. Mas, fiz esse certame para treinar o raciocínio lógico. Prestei o da Anvisa para o cargo que era para economista e administrador. Porque esse concurso contemplou um número grande de disciplinas. Então, dedicando-me para esse, estaria ganhando muito em experiência na minha área e disciplinas. Essas não são específicas em certames de economista. Mas, elas são frequentes nas básicas; depois desses dois, apenas em provas de economista. Pretendo continuar estudando para concursos; quero ir mais longe.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante esse tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Gilvanete: Estudei, durante oito meses, até virem as aprovações. Manter o foco e o entusiasmo, não é tarefa fácil. Na verdade, isso é o mais difícil durante a preparação. Por várias vezes, pensei em desistir. Porque é muito cansativo e é um trabalho de paciência. Mas, quando decidi ser concurseira, coloquei isso como objetivo de vida. Começava pela manhã, parava para o almoço e, em seguida, retornava aos estudos. Era como um trabalho. Dava um intervalo para o jantar e voltava a estudar até altas horas da noite. Essa era minha vida. Quando o desânimo tentava aproximar-se, eu pensava: essa é minha vida daqui para frente. E eu não posso desistir! Escrevi essa frase em um pedaço de papel e a colei com adesivo no meu PC: “Treinamento difícil, combate fácil” (professor do Estratégia Concursos, Heber Carvalho). Mas, eu também contei com a ajuda de poucos amigos verdadeiros que me estimulavam. Eles diziam que eu estava perto de conseguir meu objetivo; acreditei e continuei em frente. Como eu estudava com base no meu cronograma, independentemente de haver edital, eu tinha que cumprir o meu plano.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gilvanete: Basicamente estudei por videoaulas do “Eu vou Passar” e apostilas do “Estratégia Concursos”. Não existiram desvantagens só vantagem. No “Eu vou passar” adquiri a base para concursos. E me preparou para minha área de economia com a professora Amanda Aires. Já, no “Estratégia Concursos”, eu me tornei capacitada para um nível mais alto de dificuldade nas provas específicas de economia. Meu conhecimento chegava à altura exigida pela Banca Cespe, com os cursos dos professores Heber Carvalho e Jetro Coutinho.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria?
Gilvanete: Comecei estudando uma matéria por vez. Primeiramente, economia e depois, as demais. Fiz resumos de todas as aulas. E estudei muitas disciplinas alcançando um alto peso nas provas. Então, comecei a mesclar as disciplinas, rever as aulas, que já havia estudado, acrescendo matérias novas. E mesmo as que eu estava revendo, eu começava a fazer outros resumos. E esses últimos eu os colei com adesivos nas paredes e móveis do quarto; porque a revisão seria a todo momento. Para onde eu desviava o olhar, havia alguma teoria, exercício ou fórmula.
Estratégia: No concurso da SUFRAMA, o edital previa apenas 1 vaga para a região a qual você escolheu. De onde veio a confiança de que aquela vaga seria sua? E, ainda, de onde veio à motivação para se preparar?
Gilvanete: Não foi confiança, foi ousadia mesmo. Decidi lutar por essa vaga e não olhei para os obstáculos. Já estava estudando para concursos, quando o edital surgiu, só continuei minha rotina de estudos.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar essas dificuldades?
Gilvanete: Minha dificuldade maior foi com a matéria de economia. Pois eu me formei em 2006. E, desde então, não havia mais estudado. Tive que rever todo o conteúdo do curso. Foi difícil; mas, o que eu conquistava de conhecimento diário ajudava no meu aprendizado. Pois, aos poucos, tudo ia ficando mais claro.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos nesse período? Você se concentrava nas matérias de maior peso? Ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na releitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Gilvanete: Concentrei-me nas matérias de maior peso. Sempre deixava uma ou duas horas, por dia, para as demais matérias. Foquei em exercícios e provas anteriores e nas dúvidas recorrendo à releitura.
Estratégia: Na semana da prova, por um lado, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando, intensamente, dia e noite). Por outro, também vemos concurseiros, que preferem desalecerar um pouco, para chegar, no dia da prova, com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Gilvanete: Aconselho dedicação exclusiva até próximo ao dia da prova. Mas, no dia anterior, não estudava; deixava a mente descansar. Porque, no grande dia, é prejuízo estar com a mente sobrecarregada. É preciso raciocinar, durante a prova, e para isso, a mente precisa estar relaxada.
Estratégia: Em um dos concursos que foi aprovada, tivemos, além das provas objetivas, as discursivas. Como foi seu estudo para essa importante parte do certame? O que você aconselha?
Gilvanete: Em uma das provas que fiz, houve discursiva MPU (CESPE). E a nota de minha discursiva foi a 3ª maior, da especialidade para qual fiz a prova. Estudei técnicas de redação. Desenvolver o tema foi consequência do estudo. Escrever algo, de que se tem conhecimento, é mais tranquilo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gilvanete: Não existiram erros. Mas sim, um período de descobrir de que maneira render mais nos estudos. O importante é não desistir; isso faz parte do processo. É preciso aprender a conhecer as próprias limitações.
Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem preparar-se para concursos?
Gilvanete: O que percebo é que muitos perdem o foco e fazem concursos para diversas áreas. Acho que isso só atrapalha.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?
Gilvanete: O mais difícil foi a falta de apoio de familiares. Eles diziam: “Não sei para que tanto estudo; era melhor procurar emprego!”.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gilvanete: Ter fé em Deus e dar o seu melhor, diante dos recursos que você tem. Estar, completamente, focado e determinado. E, sempre, questionar-se: esse é o melhor que posso fazer?
Assessoria de Comunicação