Aprovado no concurso SEFAZ GO
“Não se desanimem com os momentos de insegurança na caminhada. Nem deixe dias ruins nos estudos determinarem a desistência no projeto; que é passar em um concurso público. Não fique fazendo-se de vítima. E nem procure nos outros ou em circunstâncias alheias as causas de suas falhas. Simplesmente, reconheça suas dificuldades e trabalhe para superá-las!”
Confira nossa entrevista com Bruno Banhado. Aprovado em 15º lugar no concurso da Secretaria de Estado da Fazenda de Goiás (SEFAZ GO) para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você. Assim, nossos leitores poderão conhecê-lo melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Bruno Banhado: Eu não tenho uma formação acadêmica muito sólida. Eu fiz um curso de tecnólogo em processos gerencias para me habilitar aos concursos de nível superior. Pois já ocupava um cargo de nível médio.
Tenho 29 anos, sou de Londrina-PR. Mas acabei tendo que me mudar para ocupar os cargos públicos em que fui aprovado.
Estratégia: O que o levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruno: Meu primeiro cargo público foi na Polícia Militar do Paraná. Quando prestei, não tinha muita noção do que era uma carreira dentro do setor público. Estava buscando apenas um emprego com um salário melhor do que eu tinha na época.
Depois de ingressar na carreira de soldado, acabei conhecendo pessoas que estavam mais engajadas com o mundo dos concursos. E isso estimulou-me a melhorar minha situação. Acabei fazendo a prova para Agente Penitenciário Federal. Fui aprovado e assumi o cargo. Lá, acabei decidindo-me a tentar ingressar nas carreiras de nível superior, mais precisamente na área fiscal.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava? Como conciliava trabalho e estudos? Ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Bruno: Eu trabalhava. Nas carreiras das áreas de segurança pública, você acaba trabalhando em regime de escala. E isso acabou me ajudando. Havia dias em que eu conseguia estudar 8 horas. Apesar de ter o regime de plantões, em que você trabalha nos finais de semana e durante períodos noturnos (prejudicando a rotina), acredito que esse tipo de regime de trabalho me favoreceu.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado?
Bruno: Para área fiscal, fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal de Cuiabá em 2016; Auditor Fiscal em Teresina, prova em 2016 e resultado final apenas agora em 2018; e Auditor Fiscal no Maranhão, concurso de 2016. Para as carreiras de nível médio, eu fui aprovado para Soldado da Polícia Militar do Paraná e para Agente Penitenciário Federal.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Bruno: Eu fiquei muito feliz! A “vida de concurseiro” é bem desgastante. A pessoa precisa de muita dedicação nos objetivos que pretendem alcançar. E, para isso, é necessário abdicação de tempo de lazer com a família/amigos principalmente. Então, ao ver seu nome numa lista de aprovados, você percebe que tudo valeu a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Bruno: Não adotei uma postura radical não. Tentava separar algum tempo para fazer coisas que me divertiam. Contudo, eu precisei mudar alguns hábitos para poder encaixar tempo de estudo na minha rotina.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Bruno: Sou casado. Minha esposa está comigo desde sempre. E tenho certeza que consegui obter resultado graças à ajuda dela e à compreensão que ela teve nesse período. Esteve sempre me apoiando e me acompanhando nas decisões que tivemos que tomar nessa jornada.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Bruno: Essa questão é bem pessoal. Mas eventualmente acho válido sim. Às vezes, queremos um concurso. Mas ele não acontece e não há perspectiva de ele ocorrer. Então, acho válido tentar outros durante o período de preparação. Desde que não seja muito diferente no conteúdo programático.
Não pretendo estudar mais para concurso não. Agora, que estarei num bom cargo, com um bom salário, pretendo colocar em prática projetos pessoais que ficaram parados nesse período de concurseiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Bruno: Para Goiás, eu comecei quando saiu a minuta do edital. Já tinha uma boa bagagem, mas estava enferrujado em algumas matérias e precisa aprender outras. Acredito que estudei com foco uns 3 ou 4 meses. Porém, dentro desse período e já com o edital aberto, tive que fazer uma viagem de 15 dias. Mas, por sorte, não me atrapalhou tanto.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Bruno: Acho que isso é fundamental. Manter o estudo em períodos sem edital aberto, é o que garante uma preparação sólida para passar nas provas. Desde quando comecei a estudar para fiscal, eu estudava sem edital. Obviamente, eu mantinha uma rotina mais tranquila de conteúdos. Estudava com mais profundidade e tranquilidade. Sem me preocupar muito com a quantidade de matéria.
Quando o edital era publicado, eu já estava bem em 70% das matérias. Nisso, ficava muito mais tranquilo à reta final. A motivação vem naturalmente quando você pretende conquistar os benefícios dos cargos públicos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Bruno: Nunca frequentei cursos presenciais. Ao meu ver, o ensino presencial não é feito de forma individualizada. E você não consegue adaptá-lo às suas necessidades. Eu optei por cursos em PDF, livros e videoaulas.
Os livros não são fundamentais. Mas, nos períodos sem editais, gostava de ler alguns para diversificar. E porque me identifiquei com algumas matérias. Por isso, li livros sobre esses assuntos.
Videoaulas: Optei no começo dos estudos para área fiscal, mais precisamente contabilidade. Eu não conseguiria aprender essa matéria apenas pela leitura. Depois consegui adotar, na minha rotina, materiais em PDF.
Agora, PDF é a base fundamental. É ali que você torna o estudo eficiente. Pois ele é direcionado para resolver questões de prova. E trata apenas daquilo que é essencial saber. Então, gastei boa parte das minhas horas de estudo nesse tipo de material.
Outra coisa que acredito ser essencial, é a resolução de questões. Hoje, existem sites que se especializaram em organizar questões de concursos anteriores. São muito práticos e têm excelentes qualidades. Vale a pena investir nisso também.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: O Estratégia é bem conhecido entre os concurseiros. Eu o conheci, acompanhando o blog do site. Ali, conseguia manter-me atualizado das informações dos concursos. E sempre havia alguns artigos bacanas sobre assuntos que caem em prova.
Conversei com pessoas que usaram os materiais. E eles indicavam alguns professores; entendendo que eles eram excelentes na matéria.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Bruno: Pré-edital: estudava as matérias principais. Dedicando mais peso na carga horária nas seguintes matérias: português, direito tributário, constitucional, administrativo, contabilidade, auditoria, matemática financeira. Mas sempre estudando um pouco de direito civil, empresarial e legislação tributária.
Quando o edital é publicado, foco nas matérias que são diferentes do básico.
Pré-edital: colocava como meta estudar 30h na semana. Assim, adaptava minha rotina para isso, balanceando a carga entre os sete dias da semana. Quando não conseguia estudar num determinado dia, compensava em outro.
Dentro dessas 30 horas, eu distribuía as matérias que eu iria estudar. Quando sai o edital, é estudar o máximo que der. Mas controlando para não fadigar e não conseguir manter até as proximidades da prova. Por dia, não consigo estudar mais do que 8h líquidas.
Cheguei a usar a técnica dos resumos. Acho muito eficiente para consolidação do estudo. Mas acaba gastando tempo. Então, acabei adotando outras técnicas. Por exemplo: nas matérias do direito, eu imprimo as leis que são a base da disciplina. E nela vou anotando jurisprudências relevantes e doutrinas que realmente caem. Depois, as revisões são feitas pela leitura seca da lei com as anotações. E utilizo também muito a resolução de questões.
Para contabilidade, já penso que a resolução de questões é a melhor maneira de manter-se afiado. Ainda mais quando a banca é a FCC.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Bruno: Acho que o maior problema é a quantidade de matérias e informações que precisam ser aprendidas. Para superá-lo, precisa de paciência e persistência. Eu reconheço minhas limitações. Sei que não sou nenhum gênio ou alguém fora da média. Então, para conseguir adquirir um conhecimento denso, precisei estudar muitas vezes o mesmo assunto. Para cada vez mais consolidar o conhecimento.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Bruno: Eu sempre tive dificuldade de estudar com produtividade nas semanas que antecediam a prova. Mas em Goiás, conscientizei-me que precisava dessas últimas semanas para “afiar o machado” em legislação tributária. Sabia que faria a diferença para mim. Então, fiz uma rotina que incluiu o estudo de LT todos os dias. Essa estratégia foi o diferencial para mim. Nas outras matérias eu mantive a resolução de questões como forma de revisão.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Bruno: O maior acerto foi focar nas matérias que tinham peso maior. Erro?! É difícil apontá-lo.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Bruno: Às vezes, bate a insegurança e a ansiedade. Essas coisas atrapalham demais o concurseiro. Tem que superar sabendo que a prova não é a última coisa da sua vida. Que outras oportunidades aparecerão. Mas que é necessário estudar o máximo possível. E isso deve ser a única preocupação na preparação.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Bruno: Para o ICMS-GO, foi por causa da vontade que eu tinha de morar mais perto dos meus familiares. E por entender que Goiás seria um lugar melhor para mim e minha esposa.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: Eu aconselharia a todos que estão iniciando, que não se desanimem com os momentos de insegurança na caminhada. Nem deixe dias ruins nos estudos determinarem a desistência no projeto; que é passar em um concurso público. Não fique fazendo-se de vítima. E nem procure nos outros ou em circunstâncias alheias as causas de suas falhas. Simplesmente, reconheça suas dificuldades e trabalhe para superá-las.
Estratégia: Obrigada Bruno pela entrevista e, mais uma vez, parabéns pelas aprovações!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Me mande um e-mail! [email protected]
Grande abraço!
Thaís Mendes