Aprovado no concurso MPU
“Não desista! Ainda que doa, ainda que se decepcione. A aprovação está reservada para os persistentes e não só para os inteligentes. Com certeza você pode ser o próximo a dar esse depoimento!”
Confira nossa entrevista com Felipe Garcia Gama de Jesus, aprovado no concurso do Ministério Público da União, em 12º lugar (cotas) para o Rio de Janeiro, no cargo de Técnico na Especialidade Administração:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Felipe Garcia Gama de Jesus: Tenho 35 anos, sou do Rio de Janeiro e militar do Exercito há 17 anos. Fiz faculdade de Matemática por algum tempo, mas desisti do, até então, sonho de lecionar para mudar radicalmente de área: Gestão Pública. Mas espero um dia terminar esse curso, já que passei a focar na vida de concurseiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: Não houve uma causa específica, mas uma soma de fatores. Até porque, a estabilidade te amedronta de sonhos maiores. Cria uma “falsa” sensação de satisfação, mas muito aliada ao medo de perder esse ou aquele benefício ou privilegio. Mas, sem vergonha alguma de dizer isso, o fator financeiro influenciou bastante. A família aumentou (e muito! risos) e era a única forma de tentar “melhorar”, mesmo que fosse para um degrau apenas.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Felipe: Conciliava a minha rotina de estudos entre a alucinante rotina de trabalhar, ser pai de família com 3 filhos e liderar uma igreja na função de pastor (que faço por amor e gratuitamente, mas exige muito de mim). Todos os meus planos de estudo furavam (risos). Não era possível prever horas disponíveis para me dedicar a esse projeto. Eram literalmente garimpadas. Sendo assim, cada minuto era extremamente importante. Descobri que a única forma de estudar “tranquilamente”, era sacrificando 90% do meu horário de almoço, ficando após o expediente para estudar, ou lendo pdf no metrô lotado. Era o meu melhor.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Felipe: Foi espetacular e emocionante. Esse resultado do MPU estava previsto para às 19h e eu tinha que ministrar um culto na nossa igreja. E nada do bendito resultado sair! A expectativa era enorme, minha e da família. Tentei esquecer e fomos para a Igreja. Abri o resultado antes de entrar no carro. E surgiu aquela pergunta: “e aí, pai… passou?”. Foi uma explosão de alegria dentro do carro. Um sonho alcançado.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Felipe: Como disse, sou casado e pai de três filhos. E esse virou nosso projeto familiar. Devia isso a eles, pelo apoio e pela sensação de tentar oferecer para eles uma sensação maior de bem-estar. Eles foram essenciais para que tudo isso desse certo. Ligava para casa e avisava: ”… amor, vou ficar até às 20h no trabalho para estudar”. Eu confesso que pensava mais neles do que em mim enquanto esperava por esse resultado.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Felipe: Desde que isso não atrapalhe a assimilar o núcleo básico de matérias, acho que vale muito. Creio que a aprovação não é adquirida e, sim, construída. Essas provas são para ajustes nos erros ou melhorar nossa percepção. Posso dizer que fui até bastante conservador, pois minhas tentativas giraram, quase que sempre, em torno de Tribunais e Ministério Público. Foi aí que surgiu a área de Controle Externo (Concurso TCM RJ) e, estudando a parte específica, foi paixão à primeira vista, e se tornou meu farol.
Meu objetivo final é o TCM-RJ (Auditor), mas eu precisava de uma resposta mais imediata e urgente, por isso esse resultado de Técnico do MPU foi tão comemorado por nós (embora não tenha saído, ainda, as nomeações). Por isso, creio que tudo vale, desde que não atrapalhe.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Chegou a estudar sem ter edital na praça?
Felipe: Vida de concurseiro mesmo, tem uns 3 anos. E, para o MPU, se não tivesse começado antes do edital, dificilmente teria conseguido algo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Felipe: De tudo um pouco. O desespero, às vezes, faz você mudar de tática sem necessidade. Dependia muito da minha disposição para o dia. Tinha vezes que cansava do PDF, aí optava pelo vídeo, resumo e etc. Mas o PDF foi o principal meio de estudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Através de amigos do trabalho, que estão nesta luta também.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Felipe: Dou graças a Deus por cada prova. As reprovações se tornaram aprovações sem classificação, até se tornar algo mais concreto. Tudo isso se dá pelo seu contato contínuo com determinadas disciplinas. Ao meu ver, é muito difícil pegar um edital e tratar todas as disciplinas com o mesmo grau de importância, porque se tudo é prioridade, nós não temos prioridade. Você vai evoluindo em algumas matérias e se torna possível encaixar mais disciplinas quando outro conhecimento já está consolidado.
O meu método “kamikase”(risos) era leitura, resumo para o que não entendia bem e questões até não aguentar mais.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Felipe: O meu calcanhar de Aquiles é LRF, na Disciplina AFO. Pretendo um dia entender bem (risos), pois ainda não consegui.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Felipe: Pedi adiantamento de 5 dias das minhas férias na última semana de prova e fiz o máximo de questões que pude. O que errava demais, lia uns resumos e voltava para questões.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Felipe: Cometi muitos erros. O principal foi a procrastinação. Abrir o PDF e tratar como estudado aquilo que ainda não estava bem firme. Ficar literalmente pensando na “morte da bezerra”. Aí eu entendi que o motivo que deveria nos fazer estudar, é o que nos faz ter o pensamento dividido. Se é por dificuldade financeira, ela te faz perder o foco. Se é a vontade de passar, ela te faz perder o foco…
Meu acerto foi não desistir, mesmo nos tropeços e decepções que essa vida de concurseiro nos reserva
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Felipe: Deus, minha esposa e meus filhos. Não tenho muitos caprichos pessoais. Até porque, quando se casa e tem filhos, tudo vira coletivo, inclusive os sonhos. Por isso, disse pra eles: “nós passamos!”
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Companheiro, não desista! Ainda que doa, ainda que se decepcione. A aprovação está reservada para os persistentes e não só para os inteligentes. Com certeza você pode ser o próximo a dar esse depoimento!
Estratégia: Obrigada Felipe pela entrevista e, mais uma vez, parabéns pela aprovação. Que venham mais conquistas!
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Me mande um e-mail! [email protected]
Grande abraço!
Thaís Mendes