Aprovado no concurso TRT-15
“A minha grande motivação para concursos sempre foi a paixão pelo estudo, pelo conhecimento e sempre adorei aprender coisas novas e me aprimorar nelas. Penso também que o serviço público quando prestado com qualidade é motivo de enriquecimento nacional, aumenta a qualidade de vida das pessoas e sempre quis fazer parte disso. Além desses pontos, a qualidade de vida e estabilidade são ativos estratégicos nesses tempos de ‘’modernidade líquida’’ em que vivemos”
Confira nossa entrevista com Diogo Vivaldini, aprovado no concurso Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região em 1º lugar no cargo Técnico Judiciário Área Administrativa (TJAA) e em 2º lugar no cargo Analista Judiciário Área Administrativa (AJAA):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Diogo: Sou formado em Engenharia, tenho 31 anos e vivo no interior de SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diogo: Comecei a estudar para concursos quando me desiludi com a carreira acadêmica nas universidades, saí logo após iniciar o doutorado. Vi na carreira publica uma opção muito vibrante e cheia de oportunidades.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Diogo: Inicialmente, prestei os concursos do BB e da CEF. Passei nos dois e escolhi o BB. Foi realmente um ‘’concurso escada’’, pois eram 6h por dia de trabalho, eu continuei morando na casa de meus pais e segui estudando para alçar voos maiores. Apenas saía com amigos para tomar um açaí ou jogar papo fora uma vez na semana, nada de baladas ou outras festas. Também nunca abdiquei de fazer exercícios físicos, sempre foquei em musculação ou corrida, no mínimo 30min por dia (conselhos na internet do Guru William Douglas…rsssrs).
Nesse período de trabalho e estudos eu procurava usar cada momento do meu dia pros estudos, chegava a levar resumos em papel dobrado nos bolsos pra ler na hora do almoço no trabalho, etc…rssrssr… Finais de semana eram recheados de revisão, exercícios e aulas. Só parava no início da tarde de domingo pra descansar um pouco e visitar os parentes. Foi uma época de muito esforço. Lembro bem dos natais e viradas de ano em 2015, 2016 e 2017 que passei estudando.
No início de 2018 tive a sorte do BB lançar um PDV, plano de demissão voluntaria, ao qual aderi sem hesitar. Então, de Janeiro de 2018 até Julho estudei ‘’full time’’, manhã, tarde e noite. Nessa reta final, percebi que a dedicação de tempo integral faz MUITA diferença sim, mas isso se você estiver apenas revisando e exercitando a matéria.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Diogo: A minha trajetória de concurseiro foi a seguinte:
BB, Escriturário, 2 lugar (2014)
CEF, Técnico Bancário, 1 lugar (2014)
TCU, TEFC REPROVADO (2015)
CGM SP, Auditor Municipal, REPROVADO (2015)
ANAC, Analista Adm, 19 lugar (2016)
TRF 2, AJAA 37 lugar (2017)
TRT 24, AJAA 9 lugar; TJAA 81 (2017)
TRT SC, AJAA 6 lugar (2017)
TST, AJAA 15 lugar; TJAA 52 (2017)
STM, AJAA 18 lugar, TJAA 11 (2018)
TJ SP, Escrevente, 7 lugar (2018)
STJ, AJAA REPROVADO (2018)
TRT 2, AJAA 1 lugar; TJAA 18 (2018)
TRT 15, AJAA 2 lugar, TJAA 1 (2018)
Foi uma trajetória longa, cheia de percalços e adaptações, acredito que como a maioria dos candidatos nesse tempo de crise orçamentária. Inicialmente, como todo bom engenheiro fora de seu aquário, comecei a estudar para a área fiscal. Nessa época com poucos concursos, tive que me adaptar e prestar o concurso do TCU em 2015 para TEFC. Foi um choque de realidade, fui muito mal, mas também vi que eu tinha o jeito pra coisa.
No mesmo ano, a Prefeitura de SP lançou edital para Auditor Municipal de Controle Interno, para seu recém criado órgão, a CGM. Fiquei dentro das vagas na objetiva mas caí fora com a discursiva, foi uma grande decepção. Cheguei até a cogitar questionar os critérios de correção da banca na justiça, mas desisti e segui em frente. No começo de 2016 prestei o concurso da ANAC para Analista. Na objetiva fiquei em 5 lugar! Achei que era a minha vez… mas na discursiva caí para 19, fora das vagas… foi outra grande decepção e dessa vez não havia nada a questionar perante a banca.
Durante 2016, passei o ano todo estudando para a área fiscal, sem qualquer edital lançado, mantive a disciplina pensando que não havia mais a opção de retorno à atividade de engenharia, a única opção era seguir estudando, ou como diria Júlio César, eu já havia ‘’queimado os barcos’’: não haveria mais retorno para minha área. Daí, no final de 2016, resolvi tomar o rumo dos concursos de tribunais, pois o TRF2 e o TRT24 haviam acabado de lançar seus editais. A partir daí fui melhorando meu desempenho em concursos para AJAA e TJAA até culminar no TRT2.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Diogo: A sensação de ficar entre os primeiros lugares num concurso desse tamanho é indescritível… um misto de surpresa e incredulidade, muito estranho…rssrsr… mas também uma sensação de liberdade e final de etapa completada….Entendo que jamais teria conseguido sem a benção de Deus (saúde, paciência e paz), sem a compreensão da família e dos amigos, inclusive aquelas pessoas maravilhosas que conheci durante o caminho (até mesmo aquelas que conheci nos dias de provas…rssrrs)
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Diogo: Entendo que valeu a pena tirar o foco da área fiscal e olhar para áreas correlatas/parecidas, foi o que me manteve estudando em 2017 e 2018. Além disso, encontrei nas carreiras dos Tribunais uma profissão bem remunerada, bastante valorizada, com ampla possibilidade de deslocamento (considerando a possibilidade de permutas entres cidades) e enorme qualidade de vida. Portanto não pretendo mais seguir estudando para a área fiscal ou de tribunais de contas. Planejo agora terminar a faculdade de Direito e, mais pra frente, prestar concursos maiores na área jurídica mesmo. Isso se Deus continuar me dando saúde, paciência e disposição.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diogo: Durante os estudos, usei diversos materiais, inclusive do Estratégia Concursos. Livros, aulas telepresenciais, aulas em vídeo, PDFs, sites de resoluções de questões etc. Acredito que o material do Estratégia é singular: aquela combinação ideal entre teoria aprofundada e dicas práticas votadas para a banca específica. Sem dúvida, não teria passado sem esses materiais, embora não tenha utilizado apenas o Estratégia. E, inclusive, sei que irei utilizar novamente os serviços do Estratégia daqui a alguns anos quando estiver estudando para cargos de Juiz, Promotor, Procurador, etc.
Vou sempre lembrar com carinho dos materiais do professor Daud, simplesmente excepcional; o Carlos Xavier em Administração também me ajudou demais; o Sergio Mendes sempre será o Guru máximo em AFO…srrssrssr; e os vídeos do Herbert Almeida me ajudaram muito mesmo, além de tantos outros professores.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Diogo: Meu método de estudo, o qual fui aprimorando durante o passar do tempo, baseou-se nas dicas do falecido professor Pierluigi Piazzi. Comprei um livro dele em 2014 chamado ‘’Inteligência em Concursos’’. Nele, o professor comentava os principais erros de estudantes no processo de aprendizado. Levei as dicas dele durante todo o período: Ler em material Impresso (nada de telas eletrônicas), escrever e resumir muito (devido à alta conexão mão-cérebro), tentar revisar as coisas vistas no dia antes de dormir, etc.
Um ponto nos estudos que para mim foi fundamental é o controle de revisões. Esse ponto, pra mim, é NEVRÁLGICO. Ora, os conhecimentos que caem em concursos são, em sua maioria, informações superficiais (comparadas à profundidade de um artigo científico em ciências exatas) e, por isso, eu não errava questões por não as compreender, mas sim por não lembrar de todos os detalhes. Assim, ao longo desses anos, aprimorei ao máximo o controle de revisões, para saber quantas vezes eu havia revisado cada um dos pontos do Edital, isso me fez ir absorvendo e decorando os detalhes.
Costumava revisar pelos resumos que fazia, mas as vezes utilizava os próprios PDFs impressos ou mesmo os livros. Nunca me preocupava com % de acertos em cada matéria e tal, eu sempre fui mais pelo ‘’feeling’’, não ligava muito se estava acertando muito ou pouco, focava mais em aprender com os erros do que contabilizar questões certas e erradas.
No início, enquanto estava no BB, acredito que estudava umas 5 ou 6 horas por dia, à exceção dos domingos que eram umas 4. Mas nunca cronometrava!! Já tentei cronometrar, mas percebi que começo a ficar paranoico com isso e perco a concentração, então nunca levei a sério a ideia de medir com precisão o tempo de estudo. Ainda assim, após sair do banco, estudava em três turnos: manhã tarde e noite. Mantinha umas duas ou três matérias de manhã, duas a tarde e somente revisão à noite.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diogo: Tive maiores dificuldades com Português, pois fazia quase 10 anos que não estudava a matéria (desde o colegial). Só com muitos exercícios e fazendo resumos dos meus erros foi que consegui superar isso.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Diogo: Na reta final do TRT2 foi muita, mas muita revisão, ao ponto de deitar e ver os meus resumos na ‘’tela mental’’….kkkkkk, explicava pros meus pais, contava pontos da matéria pros amigos, tentava relembrar as coisas o dia todo, e, claro, mantinha o uso do Whatsup restrito a períodos específicos do dia, no resto dele, celular DESLIGADO, ponto final! Rssrsrsrssssr.
O dia da prova foi ‘’sui generis’’, muito engraçado agora olhando pra trás, mas na hora foi complicado. Fui pra São Paulo e dormi na casa de um tio. No entanto, ele esquecera de me avisar que era aniversário da minha prima. Ela levou amigos e ficaram tocando violão até 4h da manhã…kkk… e eu, que sou ruim pra cair no sono, consegui dormir das 4 às 5:45 da manhã. Levantei, tomei café, comi alecrim (sempre como alecrim para melhorar a memória, dica do próprio Shakespeare em suas obras…kkk) e fui pras provas: TJAA de manhã e AJAA à tarde. Foi insano, cheguei ao final do dia esgotado como nunca imaginei.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Diogo: As provas discursivas da FCC são complexas e aprofundadas. Além do material do Estratégia, que é excelente, eu, durante as noites, assisti MUITOS (MUITOS MESMO!) vídeos no YouTube, sobre filósofos, sociólogos, cientistas políticos, etc. Eu assistia vídeos até em inglês, de vários canais aprofundados em temas filosóficos, sempre buscando argumentos de autoridade para citar na redação ou mesmo melhorar meu conhecimento histórico da filosofia e sociologia. Isso foi fundamental para ir bem na redação.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Diogo: Um grande erro que cometi na minha preparação desde 2014 foi não desenvolver aquele controle de revisões desde o início. Acho que teria me feito ser aprovado antes, mas não estou reclamando! Vivendo e Aprendendo! Rsrssrsrss.
Outro GRANDE erro foi não ter lido Lei Seca desde o início, acho que comecei a fazer isso só em 2017. Além disso, comecei a ‘’destacar’’ na lei seca os artigos de fato cobrados nas questões. Cada questão que eu via que cobrava o artigo, eu ia lá de volta na lei seca IMPRESSA e destacava, assim quando ia ler a lei depois ficavam bem aparentes os pontos que a banca mais costumava cobrar.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Diogo: Nessa longa jornada, nunca pensei em desistir. Mas me senti desmotivado várias vezes, especialmente quando chegavam aquelas notícias bombásticas do tipo ‘’´É o fim dos concursos!! Corram pras colinas!!’’’….rsrssrssr…. isso desanima demais, é preciso inteligência emocional pra superar e seguir.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Diogo: A minha grande motivação para concursos sempre foi a paixão pelo estudo, pelo conhecimento e sempre adorei aprender coisas novas e me aprimorar nelas. Penso também que o serviço público quando prestado com qualidade é motivo de enriquecimento nacional, aumenta a qualidade de vida das pessoas e sempre quis fazer parte disso. Além desses pontos, a qualidade de vida e estabilidade são ativos estratégicos nesses tempos de ‘’modernidade líquida’’ em que vivemos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diogo: Por fim, para aqueles que iniciam a jornada de concurseiro ou para aqueles que já estão nela, deixo os seguintes conselhos: 1) use o material do Estratégia e confie nas dicas dos professores, são o melhor do mercado hoje; 2) faça muitas questões, resolva provas anteriores aos montes; 3) CONTROLE AS REVISÕES!!! Saiba quantas vezes revisou cada ponto do Edital em voga; 4) Leitura de Lei Seca destacada com os pontos que a banca mais cobra 5) não pare de fazer exercícios físicos e se alimente com saúde, seu cérebro irá lhe agradecer com uma excelente aprovação.
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