Aprovado no Concurso SEFAZ SP
Olá caros(as) amigos(as),
Segue abaixo entrevista com o Hugo Colombo, recentemente aprovado no concurso do ICMS SP. O Hugo, desde cedo, estudou para concursos e conseguiu aprovação em um concurso de nível técnico. Durante os estudos para o ICMS/SP, conseguiu conciliar os estudos com o trabalho, o que é algo sempre difícil para quem tem que trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Espero que gostem da entrevista ;-)
Heber Carvalho: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos?
Hugo Colombo: Boa noite Héber, tenho 25 anos, sou formado em Tecnologia em Alimentos, pela FATEC-Marília. Antes de prestar o concurso do ICMS-SP, fiz estágio em uma indústria da minha cidade e também trabalhei no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, concursos que prestei em 2010. Durante toda minha preparação para o ICMS SP eu trabalhei na Caixa Econômica Federal, só larguei o emprego uma semana antes de entrar na SEFAZ-SP.
Heber Carvalho: Como era sua vida social e familiar durante a preparação para concursos? Você é casado? Tem filhos? Costumava sair com amigos? Praticava esportes, fazia atividades físicas? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Hugo Colombo: Meus pais sempre me apoiaram nos estudos, desde a época em que prestei os concursos bancários. Na época do estudos para o ICMS eu estava noivo da minha atual esposa, e ela também sempre me apoiou muito, já que também é concurseira. Nossa vida social mudou um pouco após eu começar os estudos, afinal eu sempre ia até tarde da madrugada estudando, pois trabalhava durante o dia. Não pratiquei nenhum esporte nem fiz atividades físicas durante minha preparação, o que hoje considero um erro, pois tinha muitas dores de cabeça e cansaço, que com certeza aumentaram, entre outros fatores, pela falta de atividade física. Nós costumávamos sair, mas sempre voltando cedo para casa, para que eu pudesse estudar; lembro que no dia que a pedi em noivado depois que ela foi dormir eu voltei a estudar (já era pós-edital); as únicas exceções eram a sexta-feira à noite, quando saíamos para jantar e geralmente eu não estudava na volta, e nos jogos do meu Corinthians.
Heber Carvalho: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Hugo Colombo: Durante a preparação prestei 2 concursos: TJ-SP (fui acompanhar minha noiva, que graças a Deus acabou passando), e ICMS PR, apenas para testar como era um ‘dia de prova’ da área fiscal. Este concurso do PR foi fundamental, pois obtive o pífio desempenho de 30% em Contabilidade, e percebi que se eu continuasse estudando do mesmo jeito esta matéria, com certeza eu não passaria em SP, pois ela vale muito na P3.
Então digo, com toda certeza: vale à pena prestar outras provas.
Heber Carvalho: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação. Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Hugo Colombo: Minha preparação focada no ICMS SP durou 9 meses. Antes disso, por 6 meses, estudei para a AFRFB, mas o edital saiu cedo demais e percebi que não teria condições de passar na prova. Mudar o foco após seis meses de preparação foi uma decisão difícil, mas agradeço a Deus sempre por ter me iluminado a fazer isso.
Manter a disciplina sem edital não é uma tarefa fácil, entretanto sempre procurava pensar nas coisas boas que a aprovação me traria, como ajudar meus pais, que tanto me ajudaram, poder proporcionar uma vida tranquila para minha esposa e futuros filhos, fazer excelentes viagens, etc. Nessa hora vale qualquer motivação para não desanimar
Heber Carvalho: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Hugo Colombo: Usei diversos materiais na minha preparação: vídeo-aulas, livros, PDF, sites de questões, etc. Todo material tem suas vantagens e desvantagens. Pessoalmente acredito que livros e vídeo-aulas sejam melhores para o longo prazo, enquanto aulas em PDF são mais ‘diretas’. No pós-edital, usei apenas PDF, com exceção de Contabilidade, matéria que estudei por vídeos sempre.
Heber Carvalho: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?
Hugo Colombo: Procurei estudar apenas as matérias principais no começo (Legislação Tributária, Português, Direito Tributário e Contabilidade), uma por dia, sempre fazendo resumos e exercícios. Geralmente antes de começar a estudar eu lia todo o conteúdo estudado da última vez por uma ou duas vezes. Sempre que terminava um determinado assunto eu fazia exercícios. Após alguns meses nesse esquema, inseri as outras matérias em meus ciclos de estudo, sempre estudando de 2 a 4 matérias por dia.
Heber Carvalho: Uma das coisas mais certas para quem estuda para concursos de alto nível é o fato de que o edital sempre trará algumas novidades. São temas novos, com os quais nunca se teve contato anteriormente. Com o concurso do ICMS/SP , no qual você foi aprovado, não foi diferente! Entraram diversos temas que as pessoas não esperavam (Economia, Tecnologia da Informação, Raciocínio Crítico). Qual foi a sua estratégia para dar conta de tantos assuntos e/ou disciplinas novas, em um curto espaço de tempo, entre a publicação do edital e a prova?
Hugo Colombo: Primeiro, analisei friamente quais matérias novas eu deveria estudar, ponderando a questão dos mínimos necessários e o quantos pontos cada matéria valia, pois eu não havia estudado o necessário em Contabilidade (não tinha começado Custos nem Avançada antes do edital). Acabei percebendo que das 3 principais novidades (Economia, TI e Raciocínio Crítico) eu precisava mesmo era de um bom desempenho em Economia, para ajudar a conseguir o mínimo na P1. Raciocínio Crítico, pelo que eu havia me informado nos fóruns e discussões da Internet, deveria girar em torno de Interpretação de Texto, e eu tenho uma opinião de que não é necessário estudar interpretação de texto, então acabei não estudando nada dela, e mesmo assim consegui um bom desempenho.
A decisão mais dificil foi sobre abandonar ou não TI: valeria 20 pontos, com apenas 10 questões. Acabei optando por não estudá-la, pelo simples fato que sou péssimo em informática, e pelas 2 aulas que fiz de TI vi que o custo-benefício dela seria pequeno.
Gostaria de agradecer ao Estratégia nesse ponto, pois o material de Economia me fez aprender muito da matéria em apenas 3 meses, e isto foi fundamental para atingir o mínimo na P1.
Heber Carvalho: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Hugo Colombo: Eu sempre tive dificuldade com números, contas, essas coisas simplementes não entram na minha cabeça.
Antes de qualquer coisa, analise o edital anterior para ver se eu poderia abandonar algumas das matérias que eu tinha mais dificuldade. Percebi que era possível abandonar Estatística e Matemática Financeira, pois eram apenas 10 questões no edital de 2009, porém não seria possível abandonar Raciocínio Lógico, pois eram 20 questões de 100 na P1, e com certeza faria diferença.
No final, RL foi excluído do edital de 2013 (ficaram apenas algumas questões dentro de Raciocínio Crítico, pesando bem menos na composição da nota final de P1) e acabei vendo perdido quase todo o estudo que eu tinha feito. Fazer o que, todo concurseiro está sujeito a isto.
Como não gostava de contas, tive muita dificuldade com Contabilidade, porém estudei bastante a matéria, e acabei aprendendo bem. Uma dica que eu dou é: se a matéria é importante e você não tem afinidade com ela, estude o trilpo do que você estudaria em situações normais: uma vez pela normalidade do estudo, outra vez pela importância da matéria e outra vez pela sua dificuldade. Se você iria estudar 1 hora, estude 3.
Heber Carvalho: A reta final (estudo pós-edital) é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Hugo Colombo: Depois do edital o stress é inevitável: poucas horas de sono, matérias novas, dias que acabam não rendendo, terrorismo em fóruns da Internet… É normal.
Meu pós-edital foi um pouco diferente, pois ainda precisava aprender grande parte de Contabilidade, por isso acabei focando nela, em revisões das outras 3 principais matérias (Tributário, Legislação e Português) e no estudo de Economia, que seria vital para conseguir os mínimos na P1.
Com relação as outras matérias, procurava revisar o que já tinha visto fazendo exercícios e lendo meus resumos de caderno. Eu nunca lia a lei seca, apenas resumos feitos por mim (com exceção dos Artigos de 1 a 5 da CF).
Heber Carvalho: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha? Como foi seu estudo nesse período?
Hugo Colombo: Eu SEMPRE aconselho estudar até na entrada da sala, acho esse lance de mente descansada meio furada.
Nessa semana vi apenas resumos de tudo, com exceção de economia, que vi conteúdo novo até na sexta feia antes da prova (como o material era bom, apostei que conseguiria acertar as questões com esse estudo rápido; e deu certo, caíram duas questões de conteúdos que eu estudei apenas na sexta à noite e dei uma revisada no sábado de manhã).
Uma coisa que sempre conto: estudei Legislação Tributária na noite de sábado para domingo, e duas questões só acertei por conta deste estudo.
Heber Carvalho: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve ;-), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Hugo Colombo: Sempre há erros, é inevitável. Meu erro principal foi começar a estudar sem pesquisar muito sobre materiais, o que me fez gastar muito dinheiro à toa e perder muito tempo. Comprei vários livros que por fim acabei nem lendo.
Meu principal acerto foi não desistir, pode até parecer chover no molhado, mas algumas vezes pensei em desistir, devido a dificuldade de trabalhar paralelamente ao estudo, mas decidi seguir em frente.
Heber Carvalho: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?
Hugo Colombo: Atualmente coordeno um site voltado para preparação para concursos públicos, que oferece assessoria na preparação para os candidatos de concursos públicos, e sempre observo os mesmos erros:
1 – falta de foco: hoje quer ser fiscal, amanhã procurador e mês que vem analista do BACEN;
2 – desconhecimento de bons materiais;
3 – desânimo após as primeiras semanas de estudo.
Convido a todos para conhecer nosso site (www.blogciclosdeestudo.com.br
Heber Carvalho: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?
Hugo Colombo: Várias coisas foram difíceis: ter que estudar até altas horas da madrugada e acordar cedo no dia seguinte para trabalhar, separar os bons dos maus materiais, manter o foco nos finais de semana, perder horas de lazer com as pessoas que amo, e talvez a maior dificuldade de todas: aprender Contabilidade rs.
Heber Carvalho: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para um concurso de alto nível. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hugo Colombo: Primeiro de tudo, aconselho a pessoa a definir seu concurso alvo, e só mudar depois caso compense muito, quem atira para todo lado acaba errando todos os alvos.
Segundo, sugiro que faça alguma acompanhamento especializado para ajudar a escolher os materiais certos e montar o plano de estudos de forma correta, pois isto é fundamental para aprovação.
Terceiro: jamais desanime, mesmo que todos ao seu redor não te apoiem, mesmo que no serviço olhem para você com desconfiança.
Quarto: JAMAIS tenha medo da concorrência; é como eu digo: se eu chego na prova bem preparado, são eles que tem que ficar com medo que eu cheguei para fazer a prova, e não o contrário.
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