Artigo

Comunicação – CNMP – Tem recurso!!!

Oi pessoal!!!

Vamos analisar a parte de conhecimentos específicos do cargo C03 – Analista do CNMP – Comunicação Social. Para isso, usaremos a prova tipo 04 aplicada pela FCC no último domingo (01/03/2015). Incluirei os enunciados das questões, para que você saiba sobre o que estamos falando.

De modo geral, preciso destacar algumas questões que, embora sejam mais ou menos comuns nas provas da FCC, ocorreram, ao meu ver, em excesso. Estou falando daquelas que avaliam mais a “decoreba” do que o conhecimento técnico do assunto, aquele que vai contribuir nas atribuições do candidato como servidor.

Logo no início da prova nos deparamos com uma sequência de questões desse tipo, que deve ter deixado o clima “tenso” para o candidato. Depois, as questões prosseguem um pouco mais “normais”, intercalando o nível entre básico e mais aprofundado, sem muito equilíbrio. Não considero que tenha sido uma prova bem elaborada, mas também não foi das piores que já vi…

Você vai ver que visualizei 3 oportunidades de recurso, nas questões 31, 41 e 54. Vamos às questões…

21. No momento em que um telejornal está sendo apresentando a sala de controle na qual se encontram o editor-chefe e o sonoplasta recebe o nome de

(A) cue.

(B) feature.

(C) switch.

(D) teaser.

(E) travelling.

GABARITO: C

 COMENTÁRIOS: Infelizmente, nos concursos públicos, principalmente os elaborados pela FCC, estamos sujeitos a esse tipo de questão, que pega a particularidade da particularidade, que avalia mais a memória do que o conhecimento técnico. Em inglês, switch quer dizer “interruptor”, essa sala onde ficam o editor-chefe e o sonoplasta tem vários botões/interruptores.

22. O teórico Marshall McLuhan em seu Os meios de comunicação como extensões do homem divide os meios entre quentes e frios. Ele sintetiza que Um meio quente é aquele que prolonga um único de nossos sentidos, acrescentando também que Um meio quente permite menos participação do que um frio. Segundo o próprio McLuhan, são meios frios o

(A) telefone e a televisão.

(B) rádio e o telefone.

(C) rádio e a televisão.

(D) cinema e o telefone.

(E) rádio e o cinema.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Vimos em nossa segunda aula sobre Teorias da Comunicação que McLuhan faz essa classificação dos meios. Segundo os exemplos do próprio autor, televisão e telefone são exemplos de meios frios.

23. A chamada Escola de Frankfurt revelou grandes estudiosos e teóricos da comunicação tais como Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Jürgen Habermas e Walter Benjamin. Alguns dos textos desses autores são considerados capitais para o estudo da mídia. Entre eles podemos destacar Razão e Revolução, Eclipse da razão e A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica, respectivamente escritos por

(A) Marcuse, Horkheimer e Benjamin.

(B) Habermas, Adorno e Marcuse.

(C) Benjamin, Habermas e Adorno.

(D) Adorno, Marcuse e Benjamin.

(E) Horkheimer, Habermas e Benjamin.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Essa é uma daquelas questões em que a banca perdeu a oportunidade de avaliar o conhecimento técnico do candidato… Na minha opinião, cobrar autor de livro empobrece o certame. A Escola de Frankfurt foi uma das linhas teóricas mais abordadas em teorias da comunicação. “Razão e Revolução” é um livro escrito por Marcuse, em 1941, no qual foi destacado o papel da tecnologia e a expansão da produção de bens de consumo na manutenção da estabilidade do capitalismo.

“Eclipse da razão” foi escrito por Max Horkheimer, em 1927. Nele o autor faz uma análise da forma ocidental de pensar e que limitações foram fruto da segunda guerra.

“A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica” é uma obra de Walter Benjamin. Nela, o autor fala sobre a reprodução mecânica da arte.

24. O Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre foi implantado no país pelo Decreto no 820/2006. Esse padrão brasileiro de televisão digital teve como base o japonês, também conhecido por

(A) IBOC.

(B) DRM.

(C) DVB.

(D) ISDB-T.

(E) ATSC.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Tanta coisa mais relevante para ser cobrada sobre esse assunto… enfim, a tv digital é a evolução da tv analógica. Ela usa uma modulação e compressão digital para enviar vídeos, áudio e sinais de dados aos aparelhos compatíveis com a tecnologia. Esse novo formato de transmissão proporciona melhoria na emissão e recepção de conteúdo em temos de quantidade (mais dados numa mesma frequência) e qualidade (alta definição de som e imagem).

A origem desse recurso tecnológico foi na década de 1970, no Japão. O padrão japonês para a TV digital é chamado de ISDB-T (Integrated Service Digital Broadcasting Terrestrial – Serviço Integrado de Trasmissão Digital Terrestre), ao passo que, na década de 1980 foi desenvolvido o padrão europeu: DVB-T (Digital Video Broadcasting Terretrial – Transmissão digital de vídeo Terrestre). O padrão norte-americano foi projetado a partir de 1987 e ficou conhecido como ATSC (Advanced Television System Committee – Comissão de Sistema Avançado de Televisão).

O Brasil tomou como base o padrão japonês.

25. As empresas de rádio possuem em seu quadro funcional um profissional chamado radioescuta. Entre suas várias funções, destaca-se, como a principal, a audição das

(A) sugestões enviadas pelos ouvintes da emissora.

(B) matérias veiculadas pela sua própria emissora.

(C) entrevistas realizadas pelos repórteres da emissora.

(D) várias músicas utilizadas como BG na programação.

(E) emissoras concorrentes daquela em que ele trabalha.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: O radio-escuta é o jornalista encarregado de apurar os assuntos de “última hora”. Ele checa as fontes oficiais, mídias ou denúncias. Geralmente é ele quem faz a ronda nas delegacias de polícia. No passado, ele ficava atento ao rádio da polícia e bombeiros para saber das ocorrências que teriam potencial de virar pauta.

Atualmente, as funções desse profissional se adequaram às novas tendências, fazendo com que ele procure outras fontes para monitorar, como rádios, sites e canais de notícias 24h. Ou seja, o radio-escuta precisa estar “corujando” a concorrência sempre.

26. As redações dos veículos recebem diariamente centenas de sugestões de pautas de inúmeras assessorias de comunicação. Para certificar-se de que o material enviado foi recebido pelo pauteiro, o instrumento da comunicação organizacional que deve ser utilizado é o

(A)  clipping eletrônico.

(B)  follow up.

(C)  mailing list.

(D)  press kit.

(E) clipping.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Essa é uma questão simples. Para monitorar o recebimento dos releases, o assessor deve utilizar o follow up.

27. A redação de uma chamada requer cuidados especiais, pois ela figurará na primeira página do jornal, residindo aí muito de sua importância. NÃO constitui parte de suas características

(A) incentivar o leitor a comprar a publicação.

(B) valorizar o conteúdo editorial da publicação.

(C) apresentar informações sobre matéria interna.

(D) esgotar o assunto da notícia em poucas linhas.

(E) convidar o leitor à leitura da notícia completa.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Um pouco de bom senso nos ajuda a responder à questão. A chamada de uma notícia é apenas um resumo para motivar o receptor da mensagem a continuar lendo a matéria. Sendo assim, a única alternativa que está errada sobre a redação da chamada é a letra D, já que ela serve para incentivar o leitor (A), valorizando o conteúdo editorial da publicação (B) com informações sobre a matéria interna (C), convidando o leitor à leitura completa (E). Tudo isso SEM esgotar o assunto da notícia… Se fosse assim, só de ler a capa do jornal, o leitor saberia tudo, sem nem comprar o exemplar (nada lucrativo, não é mesmo?)

28. O jornalismo digital ampliou o conteúdo de sua produção, indo muito além do conhecido trinômio utilizado pelo jornalismo impresso: texto, fotos e gráficos. Há uma série de outros elementos que foram e estão sendo incorporados ao webjornalismo, tais como áudios, vídeos, animações e até informações vindas de e-mails. Isso fez com que o texto no jornalismo digital deixasse de ser

(A) imparcial.

(B) analítico.

(C) informativo.

(D) isento.

(E) definitivo.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Mais uma vez, o bom senso ajuda… Já que uma reflexão mais atenta sobre os novos meios nos permite concluir que o texto do jornalismo digital precisa ser constantemente atualizado e renovado, deixando de ser definitivo. No entanto, não podemos pensar que o texto jornalístico perde suas características básicas, como imparcialidade/isenção, análise e informação.

29. Entre os vários gêneros jornalísticos, este se caracteriza por ser um texto assinado que reflete a opinião de seu autor ou um determinado ponto de vista. Trata-se

(A) do editorial.

(B) do artigo.

(C) da notícia.

(D) da suíte.

(E) da reportagem.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Como vimos em nossas aulas, dentre as opções apresentadas, o artigo é o que melhor se encaixa nessa descrição, já que é sempre assinado e oferece uma análise de determinado assunto segundo a opinião do autor.

30. As assessorias de imprensa, no seu dia a dia, exercem inúmeras atividades técnicas. Dentre elas:

I. Realizar visitas pessoais e contatos telefônicos com os vários veículos de imprensa.

II. Cuidar da organização e convocação das entrevistas coletivas que forem necessárias ao assessorado.

III. Sugerir temas para elaboração de artigos ou matérias que despertem o interesse da imprensa.

IV. Fazer a cooptação de profissionais da mídia usando artifícios não retóricos.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II e III, apenas.

(B) I, II, III e IV.

(C) II e IV, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I e IV, apenas.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Por estarmos falando do profissional que faz o vínculo com a imprensa, só podemos afirmar o que é determinado pelas alternativas I, II e III. O assessor de imprensa realmente faz visitas pessoais e contatos telefônicos com os vários veículos da imprensa, cuida da organização e convocação das entrevistas coletivas que considerar necessárias e sugere, através do press release, os temas para elaboração de artigos ou matérias que despertem o interesse da imprensa.

Qualquer forma de cooptação de profissionais da mídia que não envolva a adequação das questões do assessorado em relação ao discurso para a imprensa, ou seja artifícios retóricos, não podem ser usados.

31. O house-organ é uma das publicações internas das em- presas ou instituições. Segundo Gaudêncio Torquato:

A publicação interna é o único veículo de comunicação que traz mensagens cujas fontes podem ser os próprios funcionários. Mensagens que interessam também às famílias. Lendo a publicação, o trabalhador pode formar um estado psicológico favorável ao bom desempenho de suas atividades operacionais. E a empresa tem em mãos um instrumento para estímulo funcional, transformando-o no porta-voz de benefícios, promoções, serviços sociais e no melhor meio para o estreitamento das relações humanas.

(Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning)

Segundo Torquato, a publicação interna deve aproveitar diferentes conteúdos e vários tipos de matérias. Aquelas que tratam de regulamentos, normas, avisos, portarias são consideradas matérias

(A) orientação profissional.

(B) institucionais.

(C) associativas.

(D) educativas.

(E) de motivação.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Alguém pode ter se confundido e tratado a questão como se estivesse falando de “comunicação institucional” ou “comunicação administrativa”. No entanto, esta questão vai mais fundo na classificação das matérias de publicação interna, segundo Torquato. Para esse autor, a mensagem na publicação interna deve abranger os mais diferentes tipos de matérias, envolvendo áreas do jornalismo, educação, lazer, entre outros.

Segundo ele temos:

– Matérias institucionais: normas, regulamentos, portarias, avisos, produtos, serviços, projetos de expansão, recordes de produção etc.

– Matérias de motivação: planos assistenciais, benefícios, promoções, concursos, prêmios e planos de sugestões.

– Matérias de orientação profissional: segurança, higiene, saúde, conselhos úteis, programas de treinamento.

– Matérias educativas: história, geografia, conhecimentos gerais.

– Matérias associativas: esportes, festas, concursos, bailes, casamentos, nascimentos, falecimentos.

– Interesse feminino: culinária, conselhos de beleza, moda.

– Entretenimento: cruzadas, quadrinhos, curiosidades, adivinhações, testes.

– Matérias operacionais: processos de fabricação, inovações técnicas.

– Família do empregado: além das matérias de interesse feminino, concursos infantis etc.

32. O media training é um instrumento utilizado para o preparo dos assessorados no seu trato e relacionamento com a imprensa de modo geral, sendo fundamental essa formação principalmente nos momentos de gerenciamento de crises. Indica-se que ele seja feito assim que se inicia um novo trabalho de assessoria de comunicação. O media training deve ser feito

(A) só pelo porta-voz escolhido da empresa.

(B) só pelo principal dirigente e porta-voz da empresa.

(C) somente pelo principal dirigente responsável pela empresa.

(D) somente pelos principal dirigente, diretores e gerentes.

(E) por membros do corpo dirigente e staff de recepção.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: O media training é um treinamento específico oferecido pelas assessorias aos clientes, com a finalidade de prepará-los para responder à imprensa. Devem passar por esse treinamento todos os colaboradores que lidam diretamente com o público e podem ser abordados para falar em nome da empresa. Apesar da questão não ser bem elaborada, já que o assessor pode constatar necessidade de treinar qualquer um, a única alternativa que não exclui ao deixar de dizer “só” ou “somente” é a letra E, considerando, inclusive, o staff de recepção.

33. Uma entrevista coletiva atrai repórteres de jornais, revistas, rádios, tevês e internet. Sobre o tratamento dispensado aos profissionais dos vários veículos é correto afirmar que, embora ele tenha de ser igualitário,

(A) os pertencentes aos grandes veículos devem receber atenção especial, pois dão mais audiência.

(B) os membros de pequenos veículos devem se contentar em apenas registrar o evento, sem fazer perguntas.

(C) os integrantes de jornais e revistas devem ser privilegiados, pois são, por excelência, formadores de opinião.

(D) os profissionais de rádio e tevê devem receber tratamento diferente, pois preparam o conteúdo da entrevista in-loco.

(E) os jornalistas de internet são atendidos antes, pois trabalham praticamente online.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Veja bem, segundo o manual de assessoria de imprensa da Fenaj, “por questão de tempo os profissionais de rádio e TV podem pedir para gravar logo a entrevista. Atenda ao pedido, mesmo que o pessoal de jornal proteste. Considere que os repórteres de jornal têm mais tempo para trabalhar a notícia, além do que precisam sempre de mais detalhes”.

Apesar de não ter encontrado na literatura outra consideração sobre essa questão, compreendo que a afirmação da alternativa D está adequada, já que o material que será usado na televisão e rádio é exatamente o vídeo e o áudio coletado na entrevista (mesmo sendo editado, é esse o material que será usado de fato, não uma transcrição, como ocorre em outros meios).

34. O instrumento utilizado pelas assessorias de comunicação, direcionado para o jornalista e não para o veículo, que traz, geralmente, as formas de contato com uma fonte, é chamado de

(A) convocação.

(B) sinopse.

(C) nota oficial.

(D) súmula.

(E) comunicado.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Discordo desse gabarito! Cabe recurso aqui, sim! Comunicado é um veículo de comunicação interna. Se a questão perguntasse qual é o instrumento que a empresa envia para o seu próprio jornalista, aí sim seria comunicado. Em geral, o que acontece é que o próprio release contém as informações de contato da fonte para o jornalista.

35. O merchandising pode ser definido como a ação feita no ponto de venda com o intuito de

(A) destacar a imagem do produto não visando, essencialmente, sua venda.

(B) oferecer aos consumidores todas as marcas existentes de um determinado produto.

(C) melhor expor o produto, destacando-o dos concorrentes, fazendo com que o consumidor realize a compra.

(D) valorizar o preço do produto em comparação aos que são apresentados pela concorrência.

(E) eliminar todos os outros produtos oferecidos pelas marcas da concorrência.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Essa é outra questão bem simples, que pede a definição de merchandising. Como vimos na aula, por ser uma ferramenta de promoção de marketing, o principal objetivo do merchandising é incrementar as vendas do produto ou serviço, destacando a marca do cliente (nada de oferecer todas as marcas existentes!) através da melhor exposição do produto.

A alternativa D fala em valorizar o preço… Preço é um outro P do mix de marketing, o merchandising faz parte da Promoção. Por fim, a alternativa E fala em eliminar todos os outros produtos oferecidos pelas marcas da concorrência… Isso seria um absurdo! Imagina se, para forçar o cliente a comprar o seu produto, fosse possível retirar das gôndolas todos os outros..!

36. A elaboração de boas pautas garante o sucesso de uma publicação. Nos jornais diários elas são marcadas pelos acontecimentos cotidianos que despertam o interesse dos seus leitores, que acompanham os desdobramentos dos fatos que as geraram. Já no caso das revistas, como a periodicidade é diferente, influencia diretamente a forma como é tratada a pauta, que deve buscar um enfoque que ainda não foi dado pelos outros veículos, principalmente os diários. Dessa forma, a pauta da revista deve

(A) investir exclusivamente na informação.

(B) ocupar-se em demonstrar a sua opinião.

(C) ser diversificada e equilibrada.

(D) circunscrever-se somente a uma visão.

(E) simplesmente resumir os fatos.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Devido à segmentação específica dos vários públicos das mais diferentes revistas, a pauta desse veículo deve ser equilibrada e diversificada.

37. Em uma instituição, a comunicação exerce um papel fundamental no gerenciamento de situações de crise que podem trazer problemas não só para a instituição como também atingir terceiros ou a coletividade. Nesses casos, a empresa ou instituição envolvida, juntamente com sua assessoria de comunicação, devem atuar para dar as respostas impostas pela situação. Entre as possíveis causas de situações de crise descritas acima, NÃO se inclui

(A) a adulteração de produtos produzidos pela empresa.

(B) a política de preços mais altos que os da concorrência.

(C) a concentração de mercado com a fusão de duas empresas.

(D) o vazamento de produtos químicos em um rio de uma cidade pequena.

(E) o sequestro do CEO ou de outro dirigente da empresa.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: As situações de crise de que trata a questão estão relacionadas à imagem institucional. São eventos que podem alterar a ideia que o público tem do cliente, ou que precisam ser rapidamente elucidados, levando em consideração a relação da empresa com seus públicos. A política de preços mais altos que os da concorrência é uma decisão que pode até interferir na identidade da empresa, mas não na imagem. Lembre-se de exemplos como o da Apple, que já é conhecida por operar com preços mais altos do que os da concorrência, mas isso não caracteriza uma crise, apenas um posicionamento de mercado.

38. Os eventos, sejam eles empresariais, culturais ou esportivos, requerem por parte da assessoria de comunicação um cuidado especial com a utilização de certos instrumentos como press kit, releases e boletins. O envio do último deles, segundo a Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), deve

(A) ser divulgado periodicamente, de acordo com a necessidade.

(B) ser fornecido somente quando for solicitado pela imprensa.

(C) ser feito somente nas semanas que antecedem o evento.

(D) ocorrer somente ao final, mostrando um balanço do que aconteceu.

(E) ser feito todos os dias em que for realizado o evento.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Não há muito o que dizer sobre essa questão. O boletim é divulgado periodicamente, de acordo com a necessidade da empresa.

39. De acordo com Margarida Kunsch em As interfaces das Relações Públicas e da Comunicação Organizacional no Brasil, (portal-rp.com.br), as Relações Públicas no Brasil são entendidas de duas formas:

I – Parte integrante da macroárea da comunicação organizacional, ao lado do jornalismo, da publicidade, da propaganda e da editoração, entre outras sub- áreas possíveis que devem interagir com vistas à construção do conceito institucional para a organização.

II – Vinculação das Relações Públicas à administração, atribuindo-lhes a peculiaridade do uso de técnicas de comunicação no desenvolvimento de sua missão.

A tendência que se configura atualmente é no sentido de as Relações Públicas serem

(A) gerenciadoras da comunicação nas organizações.

(B) tomadoras de decisão no que se refere ao core business da organização.

(C) organizadoras de campanhas voltadas ao incremento direto de vendas.

(D) compradoras de espaço para divulgação das qualidades positivas dos produtos e serviços de uma em- presa.

(E) elaboradoras das políticas internas de relacionamento entre colaboradores.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: O que observamos na comunicação organizacional como um todo é a valorização das capacidades técnicas do profissional de RP, que se tornam cada vez mais gerenciais.

40. A respeito da atuação dos lobistas, conforme Paulo Nassar e Rubens Figueiredo em O que é comunicação empresarial, é correto afirmar:

I. É legítimo empresas, instituições ou pessoas pressionarem aqueles que fazem nossas leis ou as executam.

II. Não é ético, nem legal, oferecer ou dar e receber propinas para obter favorecimentos.

III. Se a pressão é legítima, não há necessidade de divulgar para a sociedade que um lobby está sendo realizado.

IV. O chamado lobby escuso se materializa em pagamentos de viagens e contas de restaurantes, além de outros presentes dado àqueles que são pressionados.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e IV.

(B) I, II e IV.

(C) I e III.

(D) II e III.

(E) III e IV.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Como vimos na aula, o lobby consiste no relacionamento com legisladores, autoridades e demais personagens do poder público para criar ou alterar legislação, para incentivar novos conceitos, novas ideias, novos projetos e novas tecnologias. De certo modo, podemos dizer que as empresas, instituições ou até mesmo pessoas pressionam os legisladores por meio da influência que têm em seus relacionamentos. Veja bem, a questão não está dizendo que o lobista pode usar qualquer meio para pressionar. Ele não pode, por exemplo, oferecer propina. Para que não haja dúvidas sobre os mecanismos usados no lobby, é preciso divulgar a forma como ele está sendo feito, ou será considerado escuso, ou seja, ilícito

41. É certo que o que chamamos de opinião pública não nasce por geração espontânea. É provável que muito dessa opinião chamada pública seja construída pelos veículos de comunicação na seleção e veiculação das notícias. Ao profissional responsável por essa seleção e a essa situação hipotética da-se o nome, respectivamente, de

(A) copydesk e agenda setting

(B) gatekeeper e agenda Washington.

(C) gatekeeper e agenda setting.

(D) gatekeeper e Consenso de Washington.

(E) copydesk e Consenso de Washington.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Esse é um gabarito do qual eu discordo categoricamente! De fato, o profissional responsável por essa seleção é o gatekeeper, mas a situação em que a opinião pública é construída pelos veículos de comunicação na seleção e veiculação das notícias não é agenda setting, já que essa hipótese não considera que os veículos são capazes de determinar a opinião pública em si, mas apenas pautar os assuntos que serão discutidos. Acho, sim, que cabe um recurso para anular essa questão

42. Considere as afirmações abaixo sobre imagem e identidade institucional.

I. A identidade institucional é uma declaração da própria organização sobre como ela se apresenta à sociedade, com visão, missão, valores, compromissos etc.

II. A imagem institucional é a forma como os diferentes públicos de uma organização a percebem, assim como seus produtos e/ou serviços.

III. Alcançar a sintonia entre a identidade e a imagem institucional é um objetivo tático do planejamento cuja persecução é opcional e de pouco impacto.

IV. A imagem institucional é uma parte integrante do planejamento de comunicação institucional, podendo as formas de sua persecução ser definidas em planos específicos.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e III.

(B) I e IV.

(C) I, II e III.

(D) I, II e IV.

(E) I, III e IV.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Essa é uma das poucas questões “interessantes” desta prova. A identidade institucional é a forma como a empresa pretende ser vista pelos públicos. Essa pretensão está resumida e exposta nos documentos de visão, missão, valores e compromissos da empresa. Do outro lado, temos a forma como a empresa é realmente vista e percebida, que é sua imagem institucional. Sintonizar ambas, imagem e identidade, deve ser um objetivo estratégico do planejamento, de grande impacto, e suas formas de execução devem ser bem definidas em planos específicos. Uma vez identificadas as variações entre o pretendido e o constatado, o planejamento deve se articular para trabalhar os fatores que contribuem para essa variação.

43. Os públicos de uma organização são definidos como internos, externos e mistos, com referências em áreas como a sociologia, psicologia social e até em ciências militares. Segundo Fabio França, autor de Públicos Como identifica-los em nova visão estratégica Business Relationship, na busca de um conceito elaborado a partir da perspectiva da organização e do seu negócio, os públicos podem ser definidos como

(A) constantes, que são os clientes e fornecedores fidelizados, variáveis, que são os membros de instituições integrantes de projetos esporádicos, e circulantes, que são contatados sazonalmente.

(B) nucleares, ou os clientes da organização, periféricos, que são os acionados em situações específicas, e semiperiféricos, que são os fornecedores e prestadores de serviços para a organização.

(C) primários, formados pelos colaboradores, secundários, do qual fazem parte os clientes e fornecedores de itens essenciais à produção, e de apoio, formado pelos prestadores de serviços e parceiros não econômicos.

(D) essenciais, dos quais a organização depende, e não essenciais, que não participam das atividades fim, e de redes de interferência, que podem exercer influências no desempenho da organização.

(E) principais, que são os consumidores de produtos e serviços, secundários, que são a comunidade ao redor da organização, e de apoio, ou os colaboradores.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: A conceituação de Fábio França sobre esse assunto é bastante simples, nem sempre salientada pelos acadêmicos. Para ele, há uma categorização natural de públicos: os essenciais e ou não essenciais. Os essenciais são prioritários para a organização, ao contrário dos não essenciais.

44. O planejamento de comunicação institucional tem caráter essencialmente

(A) tático.

(B) estratégico.

(C) interno.

(D) externo.

(E) local.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Essa é uma questão bastante simples, mas que, por ser tão simples, pode acabar confundindo o candidato, fazendo-o pensar que está “fácil demais para ser verdade”. Qualquer planejamento, para ser eficiente e de longo prazo, como se pretende com a comunicação institucional (que formula a imagem institucional), precisa ser de caráter estratégico.

45. A comunicação pública se refere ao fluxo de informações e de interações entre agentes públicos e atores sociais. Nesse sentido, em atendimento ao interesse público, ela ocorre

(A) apenas entre entidades governamentais, com participação esporádica do cidadão recebedor de ser- viços específicos.

(B) no universo restrito entre os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, suas instâncias de escalões inferiores e o cidadão.

(C) de forma restrita na relação entre entidades governamentais e cidadãos.

(D) de forma parcialmente restrita entre entidades governamentais e cidadãos.

(E) em um composto por entidades governamentais, privadas, do terceiro setor, representativas, imprensa e o cidadão.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Essa também é uma questão relativamente simples. Vimos em nossas aulas que a Comunicação Pública acontece entre todas as instituições da sociedade de forma equilibrada, desde que seja de interesse público. A participação do cidadão é constante e compõe o cenário comunicacional juntamente com o governo, as organizações privadas, o terceiro setor etc.

46. O principal item que diferencia uma enquete de uma pesquisa quantitativa é

(A) o formato do questionário.

(B) os objetivos do levantamento.

(C) o intervalo de confiança.

(D) a definição do problema.

(E) a composição da amostragem.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: As pesquisas quantitativas partem de uma amostra probabilística, em que os respondentes têm a mesma probabilidade de serem selecionados. Na enquete, comum nos programas de televisão que pretendem mensurar a opinião do público em relação a um assunto, a pergunta é “lançada” e a adesão do público é voluntária e sem previsibilidade quanto a seu perfil. Sendo assim, temos como principal diferença a composição da amostragem.

47. O ambientalismo apresenta novos padrões sociais, os quais precisam ser entendidos para que a ecopropaganda seja eficaz, já que tanto as empresas como os governos e entidades ambientais só terão êxito na formulação de ideias em comunicação se conhecerem as pessoas e atenderem a suas necessidades, respeitando seus valo- res. Não se pode ignorar a força das crenças, ideias, há- bitos e valores, caso contrário a resistência de pessoas ou grupos poderá determinar o fracasso de qualquer ação empreendedora.

(GIACOMINI FILHO, Gino. O consumidor e sua inserção eco- lógica. In: Ecopropaganda. São Paulo; Senac, 2004. p. 63)

Para realizar uma comunicação no sentido de promover preceitos ambientais, como a responsabilidade social, o consumo sustentável, e as relações da instituição com a comunidade, é necessário dar atenção a duas figuras da sociedade que podem ser encarnadas pelos mesmos indivíduos, a saber, o

(A) comprador e o vendedor.

(B) produtor e o reciclador.

(C) cidadão e o consumidor.

(D) comprador e o eleitor.

(E) político e o cidadão.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Para implantar uma gestão de verdadeira responsabilidade social, assimilando os preceitos ambientais e a questão do consumo sustentável, a organização precisa perceber o consumidor não só como um potencial cliente, mas como um cidadão, titular de direitos e deveres.

48. As fases de uma campanha publicitária são

(A) criatividade, pertinência, interesse, emotividade e compreensão.

(B) análise de SWOT, objetivos de comunicação, táticas de comunicação, planejamento de mídia e orçamentos.

(C) briefing, planejamento, criação, mídia, execução e avaliação.

(D) pesquisa, planejamento, assessoria de imprensa, marketing e anúncios.

(E) publicidade, propaganda, assessoria de imprensa, advertising e marketing.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Para elaborar uma campanha publicitária, partimos do briefing (resumo sobre o cliente e o que ele pretende em termos de comunicação), de onde tiramos os dados para o planejamento. Com base nesse planejamento, temos a criação e o planejamento de mídia, depois do que partimos para a execução propriamente dita e a posterior avaliação.

49. Considere as seguintes informações de um órgão ou entidades integrantes da Administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo (incluindo Cortes de Contas), Judiciário e do Ministério Público:

I. Registro de competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;

II. Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;

III. Registros das despesas;

IV. Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;

V. Dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e

VI. Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

Estas informações devem ser disponibilizadas ao cidadão

(A) independente de requerimento, com a garantia de que o cidadão não a divulgará a terceiros.

(B) independente de requerimentos, em local de fácil acesso.

(C) mediante requerimento.

(D) independente de requerimento, na sede do órgão ou entidade.

(E) mediante requerimento, com a garantia de que o cidadão não a divulgará a terceiros.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Como vimos no nosso curso, o art. 8o da Lei de Acesso à Informação determina que é dever dos órgãos e entidades públicas prover as informações de que trata a questão independente de requerimentos, em local de fácil acesso. É a famosa transparência ativa.

50. No que tange à comunicação com os diversos setores (executivo, administrativo e operacionais) de uma organização, os departamentos de Recursos Humanos − RH e Relações Públicas − RPs atuam

(A) de forma independente, tendo as RPs como apoio ao RH para estabelecimento de relações harmoniosas entre os setores.

(B) hierarquicamente, com a terceirização completa do departamento de comunicação subordinado ao setor de RH.

(C) de forma independente, com atuação secular e planejamentos estratégicos diversos.

(D) hierarquicamente, tendo as RPs subordinadas ao departamento de RH.

(E) hierarquicamente, tendo o departamento de RH subordinado ao de Comunicação.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Não podemos dizer, de forma alguma, que a área de RP é subordinada ao departamento de RH, nem o inverso. Elas têm funções distintas que se interceptam em alguns pontos, e nesses momentos é preciso que as duas estejam atuando de forma harmoniosa.

51. O tipo de campanha mais adequado para destacar um órgão, como o Conselho Nacional do Ministério Público, perante a sociedade é uma campanha

(A) política.

(B) institucional.

(C) de oportunidade.

(D) de sustentação.

(E) promocional.

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: A campanha institucional é capaz de promover o “nome” do órgão, semelhante à marca da instituição.

52. Mais recentemente, um estudo sobre o comportamento da dona de casa brasileira de classe média encontrou na maioria das casas visitadas a seguinte situação: A mulher entrevistada declarava enfaticamente que comprava as coisas para seu lar pela qualidade, em primeiro lugar, pela confiança que tinha no fabricante, em segundo, e pelo preço, em terceiro, sem que a propaganda tivesse uma participação maior em sua decisão do que (onde, quando e como) comprar. Em seguida, pedia-se para que a dona de casa mostrasse sua casa, os eletrodomésticos existentes e os produtos de consumo estocados ou em uso. Pois bem, quase todas as mulheres que tinham se declarado pouco influenciáveis pela propaganda haviam comprado grande parte daquilo que possuíam em casa por razões essencialmente idênticas às difundidas pelas campanhas publicitárias então veiculadas, dos diversos produtos e utilidades domésticas. E pode-se ter certeza de que isso foi muito mais do que apenas mera coincidência.

(SAMPAIO, Rafael: Propaganda: Arte, Ciência ou Técnica? In: Propaganda de A a Z. São Paulo: Campus, 2003. p. 24)

Uma campanha pode ser responsável pelo sucesso ou fracasso de um produto, uma organização, ser inútil ou gerar malefícios. Diante da sua capacidade de persuasão, a propaganda deve ser usada

(A)  na veiculação dos produtos e serviços que já são de interesse do público.

(B) com alertas sobre todos os pontos negativos do produto ou serviço anunciado.

(C) da forma que o cliente deseja para atingir seus objetivos com a campanha.

(D) com cautela, bom senso e cuidando de cada detalhe.

(E) em benefício da produção artístico-cultural de uma sociedade.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: O bom senso é suficiente para responder a essa questão. Se você considerar a alternativa D errada, estará afirmando que a propaganda NÃO deve ser feita com cautela, bom senso e cuidado de cada detalhe, o que é um absurdo só de pensar. A alternativa A pode estar correta em algumas situações, mas não diante da capacidade citada no enunciado. Não pense também que, ao considerar a letra B errada, estaremos dizendo que todos os pontos negativos devem ser escondidos e mascarados. Estamos dizendo apenas que não é preciso alertar sobre eles. Se a campanha será feita exatamente da forma que o cliente deseja, ele não precisa de um publicitário ou assessor de comunicação, concorda? Os seus objetivos devem ser considerados, mas não a forma da campanha (embora, na prática, muitos clientes queiram ditar “seus gostos”). Também não podemos dizer que a alternativa E está completamente errada, já que as campanhas publicitárias, quando bem formuladas e produzidas, acabam atuando em benefício da produção artístico-cultural de uma sociedade, mas isso não se relaciona com a capacidade de persuasão de que trata a questão.

53. Os conceitos-chave que são elementos estratégicos básicos na elaboração de um plano de mídia são

(A) alcance, frequência, continuidade e impacto (métricas de verificação).

(B) tática de mídia, cronograma de veiculação, tática de veiculação e patrocínio.

(C) meios eletrônicos, impressos, digitais e exteriores.

(D) meios de comunicação, dados de pesquisa, propostas de veículos e preparação.

(E) situação do mercado, produto anunciado, concorrência e público alvo.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Os conceitos-chave no planejamento de mídia são alcance (capacidade de cobertura de um veículo), frequência (número de inserções programadas), continuidade (capacidade de dar sequencia a uma situação prévia), e impacto.

54. Considere as seguintes normas estabelecidas no Código de Ética dos Profissionais de Propaganda:

I. Os veículos de propaganda reconhecem a necessidade de manter os corretores e as agências como fonte de negócios e progresso dos seus empreendimentos e, por isso, a eles reservam o pagamento da comissão com exclusão de quaisquer outros indivíduos ou entidades.

II. A tabela de preços é pública e igual para todos os compradores, dentro de iguais condições, incumbindo ao veículo observá-la e fazê-la observar por todos os seus agentes ou prepostos, cujo reconhecimento como tal poderá ser cancelado por infração deste dispositivo.

III. Aos veículos de propaganda fica naturalmente reservado o direito de dar ou não crédito à agência, não sendo lícito, porém, negar-lhe a comissão ou recusar-lhe a divulgação do anúncio quando pago à vista. Excetuam-se os casos em que a matéria não se enquadre dentro da ética ou quando a agência tenha deixado de ser reconhecida pelo veículo, do que lhe deve ser dado aviso com 90 dias de antecedência.

Identifica-se que o fio condutor da atuação ética do profissional de Publicidade e Propaganda é

(A) a mobilização política em torno de uma causa considerada justa, boa e de interesse público.

(B) a circulação de verbas restrita a um grupo fechado de empresas reunidas nas associações do setor.

(C) a livre concorrência dentro de um grupo de empresas capacitadas para a atividade.

(D) o dever social de todo veículo no sentido de informar o cidadão sobre informações públicas.

(E) o entretenimento do público-alvo em momentos de lazer para renovar forças entre as jornadas de trabalho.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Esta questão pode ser resolvida por interpretação de texto mais do que por conhecimento técnico. Veja bem, as afirmativas falam de pagamento e preços e acabam ficando ligadas pela ideia da livre concorrência.

55. A comunicação organizacional integrada é formada por um mix que compreende

(A) plano de comunicação (comunicação institucional), plano de marketing (comunicação mercadológica) e plano de mídia (comunicação da marca).

(B) identificação demográfica (comunicação regional), de interesses de colaboradores (comunicação institucional) e expectativas de clientes (comunicação externa).

(C) nível estratégico (executivo), nível tático (gerência) e nível operacional (produção de bens/serviços).

(D) relações públicas (comunicação institucional), comunicação interna (ou administrativa) e marketing (comunicação mercadológica).

(E) jornalismo (comunicação com o público externo), publicidade (comunicação com o consumidor) e produção editorial (criação e impressão de material de campanha).

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Essa é uma questão um tanto confusa, pois embaralhou algumas classificações. Deixe-me explicar. Tradicionalmente, a comunicação integrada é formada pelas RPs, Marketing, Assessoria de imprensa e Publicidade e Propaganda. De modo geral, TODOS os fluxos comunicacionais dentro da organização devem atuar de forma estrategicamente integrada. É preciso dizer também que a alternativa não afirma que os componentes do mix são APENAS esses.

Dito isso, temos que, conforme com a alternativa D, as relações públicas (que trata da comunicação institucional) e o marketing (que trata da comunicação mercadológica) fazem parte dessa composição. A comunicação também fazem parte dessa composição, mas a questão deixa implícita a ideia de que comunicação interna e comunicação administrativa são a mesma coisa, o que não é verdade. A comunicação interna é o macroambiente em que se dá a comunicação administrativa, muito mais específica e delimitada.

Sendo assim, acho, sim, que essa questão merece um recurso!

56. Como é a legislação da publicidade no Brasil? A publicidade infantil no Brasil, tema da redação do Enem neste domingo, é regida por algumas normas contidas na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código de Defesa do Consumidor. No entanto, a Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), publicada em março deste ano, é a mais contundente por restringir a publicidade para crianças (até 12 anos, conforme o ECA). Suas principais decisões dizem respeito ao que é abusivo na publicidade para crianças. São elementos abusivos, conforme o texto:

Linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores;

Trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;

Representação de criança;

Pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;

Personagens ou apresentadores infantis;

Desenho animado ou de animação;

Bonecos ou similares;

Promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil;

Promoções com competições ou jogos com apelo ao público infantil.

(Zero Hora, 9 de novembro de 2014, disponível em <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/2014/11/como-e-a-legislacao-da-publicidade- infantil-no-brasil-4639339.html>)

Considerando os princípios éticos atualmente admitidos entre profissionais e empresas da área de propaganda, com esta resolução

(A) a aplicação integral dos códigos de autorregulamentação na área de propaganda torna tal resolução desnecessária.

(B) a Resolução 163 do Conanda complementa as categorias especiais de anúncios nos códigos de autorregulamentação em sua totalidade.

(C) a criatividade será essencial para o uso ético e legal de mensagens imperativas de consumo voltadas ao público infantil.

(D) a aplicação integral dos códigos de autorregulamentação permite o cumprimento da Resolução do Conanda.

(E) os códigos éticos consagrados e em vigor na autorregulamentação são insuficientes para atender a norma federal.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Como vimos, a Resolução 163 do Conanda é uma norma que restringe de forma até polêmica a publicidade para crianças, mas ela vem tapar algumas brechas e demonstra que o que já estava em vigor era insuficiente.

57. Em marketing, analisar o mercado e dividi-lo em grupos (demográfico, de necessidades e de comportamento, por exemplo) e/ou níveis para definir onde e como as forças de vendas atuarão é o que se chama

(A) inovação.

(B) segmentação.

(C) estratégia de crescimento.

(D) varejo.

(E) promoção.

GABARITO: B

COMENTÁRIO: Essa divisão de que trata a questão só pode estar relacionada à segmentação.

58. O Conselho Nacional do Ministério Público é o órgão responsável pelo controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. No seu dia a dia produz documentos divulgados em formato digital, tais como atas e pautas de sessões, relatórios de atividades, resoluções, legislação e arquivos de áudio de todas as sessões realizadas desde 2006. Na montagem de um ecossistema de redes, a plataforma mais adequada para abarcar este conteúdo, funcionando como uma biblioteca que pode ser replicada nas demais redes, é

(A)  Google Plus.

(B)  Tumblr.

(C)  website.

(D)  Facebook.

(E)  Twitter.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Das alternativas elencadas, a mais apropriada para montar uma biblioteca na rede é o website, já que as outras são essencialmente para comunicação.

59. Raimar Richers em Marketing: uma visão brasileira, apresenta o marketing mix como a combinação de elementos de 1) adaptação da oferta da empresa às forças detectadas no mercado com 2) a ativação, ou seja, o conjunto de medidas destinadas a fazer com que o produto atinja mercados predefinidos e seja adquirido pelos compradores na quantidade e frequência desejadas. Para atingir um marketing mix ótimo – que atinja diretamente os produtos sem precisar ser “empurrado” – são usados, segundo este autor, instrumentos que atendem a necessidades em termos de produtos/serviços, assim como da comunicação, conforme a figura abaixo.

Deste modo, o uso destes instrumentos do marketing mix deve ser realizado

(A) no intuito de fortalecer a marca junto aos consumidores da nova classe C de modo a expandir o potencial do produto.

(B) para estabelecer responsabilidades bem definidas nas atribuições de cada indivíduo da força de vendas.

(C) priorizando o efeito que o instrumento pode oferecer individualmente no mercado quando aplicado isoladamente.

(D) para gerar quedas de preço do produto de modo a garantir posição privilegiada perante a concorrência.

(E) combinando e dosando os instrumentos disponíveis de forma racional e equilibrada buscando impacto equilibrado.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Apesar do enunciado longo e do gráfico “complexo”, a questão está pedindo um conhecimento básico sobre o uso do mix de marketing. Já que deve ser considerado, em primeira mão, de modo abrangente, combinando e dosando os instrumentos disponíveis de forma racional, buscando impacto equilibrado.

60. Considere as assertivas sobre a medição de audiência em mídias distintas:

I. Em mídia impressa, a audiência é medida pelo resultado da diferença entre a tiragem e a circulação de um determinado jornal ou revista.

II. Em rádio é usado um questionário com uma amostragem urbana no qual se responde quais emissoras foram ouvidas nas últimas 48 horas.

III. Em TV é realizada com uma amostragem de domicílios em todo o país, mantidos em sigilo, que recebem um aparelho chamado Peoplemeter.

IV. Em web a audiência pode ser medida a partir de uma amostragem voluntária que recebe software de coleta de informações.

correto o que se afirma APENAS em

(A) II, III e IV.

(B)III e IV.

(C) I, II e III.

(D) I, II e IV.

(E) I, III e IV.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Vimos que audiência de um veículo é o total de espectadores que ele possui. A tiragem de um jornal, por exemplo, é o número de exemplares que serão impressos, que é baseada na própria audiência. Não podemos fazer uma diferenciação entre elas.

Abraços a todos!

Paolla Marletti

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Olá Paola, Na verdade, no livro Assessoria de imprensa de Koplin e Ferrareto, comunicado é exatamente como está na questão. Não creio que caiba recurso. " Comunicado: Contém uma informação para o jornalista e não para o veículo. Em geral, é a indicação das formas de contato com uma fonte: endereço e números de telefone e fax." pg 63"
    Amanda em 03/10/15 às 15:43
  • Sou jornalista e concursando. Gosto de estudar pelos cursos de Comunicação oferecidos pelo Estratégia. Gosto também de ler os comentários da Professora Paolla sobre questões da Comunicação Social. Parabéns professora pelo seu belo trabalho !!!
    Carlos em 21/05/15 às 15:14