Aprovada no concurso IBGE
“Os insucessos fazem parte dessa caminhada rumo à aprovação, mas eles não determinam o final da jornada. Acreditar que é possível é fundamental e determinante para transformar nossos sonhos em realidade. Logo, façam sempre o seu melhor e os resultados chegarão.”
Confira nossa entrevista com Renata Lara, aprovada em 1º lugar para Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Bom Despacho – MG) no concurso IBGE:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Renata Lara: Meu nome é Renata, sou formada em Medicina Veterinária pela UFMG, tenho 28 anos, natural de Bambuí, Minas Gerais. Apesar de graduada em Medicina Veterinária, eu optei por não exercer a profissão. Atribuo essa decisão ao pouco autoconhecimento na ocasião de minha escolha profissional e por diversos fatores, no final das contas, não me identifiquei com o dia a dia do profissional de veterinária. Então, sob influência de meu pai, que é servidor aposentado, resolvi me aventurar no mundo dos concursos. Inicialmente, pensei em focar no concurso para Analista da Receita Federal, mas, à medida que fui me inteirando das oportunidades no serviço público, percebi que me identificava mais com área administrativa que com a área fiscal. Foi então que descobri o concurso da Câmara dos Deputados para o cargo de Técnico Legislativo, Assistente Administrativo. O foco passou a ser esse certame. Tive o privilégio de me dedicar somente aos estudos, mas, com o tempo, foi surgindo a necessidade de me tornar independente financeiramente, de ter a minha renda. Meados de 2015, diante de todo o contexto político e econômico do país, percebi que o edital da Câmara iria demorar apesar de autorizado. Nesse momento, comecei a busca por uma outra alternativa mais imediata e logo fiquei em dúvida entre INSS e IBGE. Foi quando assisti a um webnário dos professores do Estratégia sobre o concurso IBGE. Nessa ocasião, muitas pessoas perguntavam se era possível estudar para os dois, se era melhor focar em um e o professor Mário Machado opinou dizendo que aqueles que estavam necessitando muito de uma renda e sair do zero, que focassem no edital do IBGE, pois era um edital enxuto, que permitiria “batê-lo” até o dia da prova. Me identifiquei imediatamente com essa fala do professor e minha decisão foi tomada naquele exato momento: “Vou estudar para o IBGE”. Comprei o pacote completo do Estratégia e segui as dicas dadas pelos professores para montar um cronograma de estudos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos?
Renata: Eu tive o privilégio de me dedicar exclusivamente aos estudos, mas já adianto que isso nunca foi uma condição para ser aprovada. Conheço pessoas que trabalhavam e estudavam, no entanto também atingiram seus objetivos. Inclusive, essa será minha nova realidade, pois não pretendo parar meus estudos, afinal meu sonho é a Câmara dos Deputados.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último?
Renata: Até hoje, eu só fiz duas provas de concurso, uma para o IFMG e essa do IBGE. No primeiro, fiquei em segundo lugar para uma vaga. Na época fiquei bastante decepcionada, mas segui em frente, até que surgiu o edital do IBGE e obtive o primeiro lugar.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Renata: Inicialmente, eu não acreditei. Como publicaram apenas o número de inscrição e a data de nascimento no resultado preliminar, eu conferi inúmeras vezes para ter certeza. Foi uma felicidade incontida. Essa aprovação significa independência e autonomia para mim.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Renata: Como o tempo de preparo para o concurso IBGE foi curto, por volta de três meses e meio, foi fácil ficar mais focada, mais isolada. No entanto, para um preparo de longo prazo, eu não concordo com essa postura radical, acho que a vida é feita de equilíbrio, até as coisas boas podem ser prejudiciais quando em excesso. Exercícios físicos, convívio com a família e namorado, momentos de lazer, noites de sono bem dormidas, tudo isso para mim faz muita diferença no meu dia a dia de estudos. Abdicar de algumas coisas é necessário, mas é preciso diferenciar o essencial do trivial e ter bom senso para não pecar por excesso.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Renata: Eu estou solteira, mas namoro, não tenho filhos e, depois que comecei a estudar para concurso, voltei a morar com meus pais, até mesmo para ter uma melhor infraestrutura e não ter que me preocupar tanto com tarefas domésticas diárias, e, consequentemente, poder me dedicar mais aos estudos. Minha família sempre me apoiou e jamais questionou as minhas escolhas. Meus pais foram os maiores incentivadores, pois, se temos uma vida estável e tranquila, é graças ao serviço público. Meu pai comprou todo o material de estudo que tenho e minha mãe se incumbiu de toda as tarefas do dia a dia, me deixando livre para estudar. Sou muito grata por todo suporte que me deram, minha caminhada teria sido muito mais árdua sem eles ao meu lado. Em relação ao meu namorado, ele sempre foi muito compreensivo com as minhas limitações de tempo e disponibilidade, além de ser um apoio a mais em todo o processo.
Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho?
Renata: No começo, minha estratégia seria mesmo me dedicar exclusivamente ao cargo dos sonhos, porém, como já disse, surgiu a necessidade de ter uma fonte de renda, de ser mais independente e eu sabia que não seria tão rápido se eu esperasse até o lançamento do edital da Câmara. Deixo claro que foco sempre será a melhor estratégia, principalmente quando se fala de concursos muito concorridos, com altos salários. No entanto, me vi compelida a fugir desse foco.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Renata: Eu acho que vale a pena se testar em outras provas antes de tentar o tão sonhado concurso. Apenas acredito que esses outros concursos devem ter matérias com as quais a pessoa já tenha familiaridade e que sejam da mesma banca para a qual ela está se preparando, de forma que o candidato não se frustre com o resultado e isso gere uma consequência contrária ao objetivo final. O cargo que assumirei no IBGE não é o cargo dos meus sonhos, é apenas uma ponte para o concurso da Câmara dos Deputados. Creio que a pessoa que já possui algo concreto, além de poder bancar cursos, livros, ela retira toda aquela pressão de “tudo ou nada” que recai sobre quem está sem uma fonte de renda.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Renata: Considero meu primeiro ano de estudos um aprendizado sobre o universo dos concursos, foi um período de tentativas e erros. Com isso, de estudo eficiente, contabilizo um ano e meio, mas, é como eu disse, o meu foco sempre foi a Câmara. O estudo para o IBGE totalizou três meses e meio, ou seja, comecei a estudar assim que o edital foi publicado. Alerto que essa não é a melhor opção para quem quer ser aprovado. O concurso do IBGE foi um ponto fora da curva, o edital veio extremamente enxuto, apenas quatro disciplinas, o que me permitiu montar uma boa estratégia de estudos pós-edital. Reitero, para concursos maiores, com melhores salários, o correto é começar a estudar com antecedência, ainda sem previsão de edital, pois são muitas disciplinas para dominar até o dia da prova. Como motivação, sempre pensei na minha escolha inicial. Eu decidi não atuar na minha área de formação, logo a minha melhor opção passou a ser o concurso público. Eu precisava de uma renda, de me tornar independente financeiramente e por isso não podia desistir ou fraquejar.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Renata: Para o concurso do IBGE eu utilizei exclusivamente um pacote de cursos do Estratégia Concursos em PDF e videoaulas. Tenho experiência com aulas presenciais e acho infinitamente mais produtivo as videoaulas e PDFs. Estudando em casa, a pessoa não perde tempo com deslocamento, trânsito, pode fazer suas refeições mais rápido, com direito a rever as aulas quantas vezes quiser, até o pleno entendimento do assunto e a partir do momento em que há o fórum, as dúvidas serão prontamente solucionadas. Além do mais, é genial pensar que qualquer pessoa no país, desde que tenha acesso a internet, pode estudar com um material de qualidade, o que só era possível nos grandes centros até pouco tempo atrás.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Renata: Eu conheci primeiro o “Eu Vou Passar” e, graças à parceria que o site possui com o Estratégia, acabei tomando conhecimento do trabalho desenvolvido por vocês. A partir disso, pesquisei mais sobre o Estratégia e soube de ótimas recomendações.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Renata: Novamente digo que o concurso IBGE foi algo excepcional quanto ao volume de matérias. De modo geral, os concursos cobram amplo conteúdo e o edital para Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas exigiu apenas português, matemática, geografia e conhecimentos específicos. Isso foi realmente atípico. Inclusive, foi esse fato que me motivou a tentar, pois sabia da viabilidade de memorização do conteúdo programático em um espaço de tempo relativamente curto. Montei meu plano de estudo baseado no ciclo de estudos que o professor Mário Machado indicou no primeiro webnário realizado pelo Estratégia com foco no IBGE. Eu estudei três matérias por dia e realizei muitos exercícios da FGV. Muitos mesmo! Apesar de gostar, eu não fiz resumo, devido ao contexto, pois não havia tanto tempo disponível até o dia da prova, eu precisava ser prática. Português e matemática, foquei mais em exercícios, pois percebi que seriam o “calcanhar de Aquiles” na preparação. Português, porque a FGV tem uma maneira bem peculiar de cobrar essa disciplina. Matemática, porque era o maior volume de conteúdo e sempre foi meu ponto fraco. Já geografia e conhecimentos específicos foram mais leitura e releitura da teoria, além das videoaulas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Renata: A minha maior dificuldade foi em matemática, mas, ao longo do preparo, percebi que só a prática é capaz de trazer mais segurança quando o assunto é essa disciplina, ou seja, exercícios e mais exercícios de provas anteriores da banca.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Renata: Como eram poucas disciplinas, eu pude distribuí-las de forma mais homogênea nesse período de revisão final. Claro que dei mais atenção a certos detalhes que eram trabalho bruto de memorização, como fórmulas matemáticas. No entanto, de modo geral, foi revisão juntamente com resolução de exercícios.
Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Renata: A vontade é de acelerar os estudos e realmente entrar nessa maratona, mas não acho que seja o melhor. Prefiro desacelerar um pouco, até mesmo na tentativa de diminuir o estresse pré-prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Renata: Acho que não cometi nenhum grande equívoco na preparação para o IBGE. Segui as dicas dos professores e isso me ajudou na escolha de uma boa estratégia para a aprovação. Manter a esperança e acreditar que eu poderia mudar minha história através dos estudos foi, para mim, o maior acerto. Os maiores obstáculos são nossas crenças, a maior batalha é travada dentro de nós contra nós mesmos.
Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?
Renata: Considero o maior erro contar demais com a sorte. Já ouvi muita gente dizer: “Vou tentar, vai que dá”. Toda prova envolve um pouquinho de sorte, mas um preparo bem feito é determinante. Acho que é por isso que não fiz muitas provas até hoje, pois creio que para ter chance a pessoa deve estar realmente preparada, caso contrário será perda de tempo. Para esse preparo bem feito, é preciso investir em material de qualidade, não adianta estudar muito, mas com material defasado, desatualizado. Eu também vejo as pessoas desistirem muito fácil. Desistir não pode ser uma opção, por mais distante que a aprovação possa parecer, é preciso buscar forças e continuar na luta.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? E qual foi sua principal motivação?
Renata: Uma das coisas mais difíceis de lidar foi com a cobrança dos conhecidos. Muita gente vê os estudos para concurso como perda de tempo, como uma forma de enganar a si próprio com algo não palpável, principalmente quando se está em dedicação exclusiva. Compreendi com o tempo que isso não poderia me afetar, que eu estava sim construindo o meu futuro e que bastava que eu, somente eu, acreditasse. Além disso, também foi difícil manter a disciplina em certos momentos, colocar na balança o que se quer no agora junto com o que se quer no longo prazo e priorizar o que é realmente importante não é fácil. Minha principal motivação para esse concurso do IBGE foi a necessidade de independência e de dar um “start” na minha vida pessoal e profissional.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Renata: Nunca, mas nunca desistam!!!! Os insucessos fazem parte dessa caminhada rumo à aprovação, mas eles não determinam o final da jornada. Acreditar que é possível é fundamental e determinante para transformar nossos sonhos em realidade. Logo, façam sempre o seu melhor e os resultados chegarão.
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